No “Gotinhas” desta semana, estas e outras novas que passaram.
Ora, vamos lá ver o que há em cartaz.
Na Casa da Música Em Destaque em Março Al di Meola 04 Mar
Orquestra Sinfónica 21 Mar
Morte e Ressurreição 22 a 31 Mar
Grigori Sokolov 24 Mar
Consulte a restante programação de Março www.casadamusica.pt
Março Viva Vivaldi Orquestra Sinfónica 01 Mar Trio de Piano, violino e violoncelo 03 Mar Harmos Festival 04 a 08 de Mar Al di Meola 04 Mar Orquestra Sinfónica 07 Mar
Fim de Tarde | Música de Câmara - [03/03/2015 - terça-feira | 19:30 | Sala 2] - Clássica http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2015/03/03-marco-2015-trio-de-piano-violino-e-violoncelo/39666?lang=pt
O “Trio à memória de um grande artista” de Tchaikovski é um dos pilares do Romantismo russo. O piano tem uma escrita de carácter concertante, muito próxima ao estilo de Brahms, e as cordas um papel orquestral. Escrito como uma elegia fúnebre para homenagear o pianista e compositor Nicolai Rubinstein, fundador do Conservatório de Moscovo, o Trio impôs-se desde a primeira hora como uma das maiores e mais difíceis obras dentro do género. Formado por músicos da Orquestra Sinfónica, o trio com piano, violino e violoncelo abre o programa com a peça inaugural do catálogo de câmara de Brahms, plena inspiração melódica e marcada pelo ímpeto da juventude.
***
Na Bibliotec Pública Municipal – Porto Apresentação do livro As Bibliotecas Portuguesas na Transição para a Modernidade | 27 fevereiro | 18h | BPMP http%3A%2F%2Fbmp.cm-port…
***
Casa Museu Guerra Junqueiro Conversas Travessas – Fevereiro - Entrada Livre http%3A%2F%2Fmailing.cm-…
*******
Voltando a página… Um alerta à espreita! ;)
Auscultadores estão a criar uma nova sociedade de surdos http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4408086
Há uma nova geração que põe os fones para fugir ao barulho e que corre o risco de ficar surda aos sons da natureza. Estes são um antídoto para o stress, alertam os cientistas. Onde quer que vamos, dentro e fora de portas, há um ruído de fundo permanente, demasiadas vezes, muitos decibéis acima do mero burburinho. A sociedade do barulho, com os carros a rugir nas estradas ou os aviões pelos ares, e as aparelhagens e as televisões sempre a debitar som nos espaços interiores públicos, invadiu as cidades e começa a impor-se também nas zonas naturais, perturbando os ritmos das espécies - incluindo da nossa, que deu em refugiar-se, pelo menos nas gerações mais novas, nos iPod e telemóveis com os respetivos auscultadores. "Há uma geração em risco de ficar surda aos sons da natureza", alerta o biólogo Kurt Fristrups, do serviço nacional de parques dos Estados Unidos, sublinhando que "estamos a condicionar-nos a nós próprios a ignorar a informação que chega aos nossos ouvidos". Preocupado com os efeitos do ruído crescente da civilização - até os sítios mais recônditos do planeta, como os desertos a perder de vista ou as florestas tropicais mais impenetráveis são sobrevoados por aviões -, Kurt Fristrups levou os últimos dez anos a gravar os sons em 600 locais de diferentes regiões dos Estados Unidos, incluindo no coração dos parques nacionais, e conclui que nenhum deles está imune ao ruído das máquinas criadas pelos humanos. Além disso, a poluição sonora está a aumentar mais depressa do que o crescimento populacional - pelo menos nos Estados Unidos. Daí a preocupação deste cientista com a potencial surdez das novas gerações. "Há um perigo real, tanto de perda de acuidade auditiva, uma vez que por causa da sobre-exposição ao barulho deixamos de ouvir, como de perda de hábito de escutar, o que implica que deixamos de nos envolver com a sonoridade do nosso ambiente natural", explica Kurt Fristrups, citado no diário britânico The Guardian.
Morreu Clark Terry, músico lendário http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/morreu-clark-terry-musico-lendario-compositor-e-educador-1687097
Clark Terry, lendário trompetista norte-americano que tocou nas bandas de Duke Ellington e Count Basie, morreu no passado sábado aos 94 anos. Um dos músicos de jazz mais gravados de sempre, compositor e educador, participou em discos de Billie Holiday, Ella Fitzgerald ou Quincy Jones, tendo integrado recentemente a banda do reputado The Tonight Show. A notícia da sua morte chegou pela voz da sua mulher, Gwen, que escreveu no site do músico: "O meu marido partiu em paz, rodeado pela família, estudantes e amigos. Juntou-se à banda do paraíso onde tocará e cantará com os anjos." Clark Terry, que morreu neste sábado aos 94 anos, era uma das últimas grandes lendas do jazz. Tornara-se conhecido não apenas pelo seu virtuosismo ou por possuir um tom de trompete puro que muitos apontavam como representando a própria essência do jazz, mas também pela enorme generosidade e alegria que colocava em tudo o que fazia, fosse uma actuação, uma aula ou uma simples conversa. Tinha uma personalidade luminosa que o tornou um dos músicos de jazz mais requisitados de sempre, tendo participado em mais de 900 sessões de gravação e conquistado inúmeros prémios, entre eles um Grammy pela sua carreira ou a prestigiada distinção de cavaleiro das Artes e Letras, concedida pelo Governo francês. Numa carreira notável que atravessou sete décadas da história do jazz, destaca-se o papel determinante que teve nas duas orquestras de jazz mais famosas e prestigiadas da história, as de Duke Ellington e Count Basie, e a colaboração com inúmeras outras figuras de topo como Louis Armstrong, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Gerry Mulligan, Quincy Jones, Sonny Rollins, Thelonious Monk, Ornette Coleman, Aretha Franklin, Charles Mingus, Cecil Taylor, Dizzy Gillespie ou Ray Charles. Terry foi ainda um dos principais mentores de outra lenda do trompete, Miles Davis, o qual, cada vez que comprava um novo trompete, o entregava a Terry para fazer afinações das quais dizia serem "mágicas". Para lá do seu papel como músico, o trompetista tornou-se ao longo dos anos um dos mais influentes educadores no jazz, realizando workshops e masterclasses em muitos dos mais importantes colégios e universidades norte-americanas, e ocupando ainda o lugar de professor adjunto na William Paterson University, em New Jersey. Em entrevista afirmou que uma das principais motivações para ensinar vinha da sua própria experiência como jovem músico, nomeadamente de ocasiões em que trabalhara com músicos mais velhos que se sentiam ameaçados pelo "jovem talento", ocultando técnicas e métodos de dedilhação e induzindo em erro os jovens que procuravam conselhos técnicos. O trompetista acabaria por ser reconhecido por fazer exactamente o contrário. "O melhor do mundo" Nascido em 1920 no Sul dos Estados Unidos, em Saint Louis, Missouri, no seio de uma família numerosa (tinha dez irmãos), Clark Terry começou a tocar ainda jovem. Após uma passagem pela banda da M;arinha, durante a Segunda Grande Guerra, o trompetista progrediu através das orquestras mais populares do seu tempo, incluindo as de Lionel Hampton, Charlie Barnet ou Count Basie, tendo integrado esta última de 1948 a 1951, conquistando uma reputação de virtuosismo, rigor e sofisticação. Foi então que Duke Ellington ouviu falar de Terry através de Charlie Barnet, para o qual o trompetista era "o melhor do mundo". Incentivado por Barnet e tendo na altura um lugar vago na orquestra, decidiu então "roubar" o jovem Terry a Basie (o trompetista confessaria posteriormente que o seu maior arrependimento na vida fora ter mentido a Basie ao abandonar a orquestra para se juntar a Ellington). E o resto é História. A orquestra de Ellington era a mais inventiva e sofisticada da altura, e o facto de integrar esta superorganização musical deu a Terry as ferramentas para se tornar um poderoso solista, tendo contribuído muito para os importantes avanços que se deram na técnica do instrumento, particularmente do flugelhorn, um trompete um pouco maior do que o habitual, com um som mais grave e doce. Tornaram-se lendárias as suas actuações com a orquestra em momentos como o Newport Jazz Festival de 1956 ou em gravações como a de Such Sweet Thunder. O trompetista abandona a orquestra de Ellington em 1959, mantendo uma actividade intensa com os seus próprios projectos e colaborações, e passando a integrar a cadeia NBC como músico de estúdio, o que o levaria mais tarde a ser o primeiro músico negro a ser admitido na banda do The Tonight Show. No início dos anos 60 reforça conhecimentos como entertainer e adopta um estilo que conquista audiências cada vez maiores. É nessa altura que grava Mumbles, com o trio de Oscar Peterson (Terry refere que Peterson quase caiu do piano de tanto rir), tema que se viria a tornar na sua própria alcunha e um dos ex libris do seu repertório.
Em Leiria há um laboratório no hospital onde a música ajuda a tratar a dor http://www.regiaodeleiria.pt/blog/2015/02/22/em-leiria-ha-um-laboratorio-no-hospital-onde-a-musica-ajuda-a-tratar-a-dor/
Ajudar doentes a aliviar a dor recorrendo à música é o objetivo de um novo projeto, pioneiro a nível nacional, que nasceu no final de janeiro no Hospital de Santo André, em Leiria. A iniciativa, que resulta de uma parceria entre a SAMP - Sociedade Artística Musical dos Pousos e a Unidor - Unidade de Dor do Centro Hospitalar de Leiria, pretende dar resposta a casos em que o tratamento farmacológico não resultou ou como auxiliar de outras técnicas terapêuticas. O Laboratório da Musicoterapia irá arrancar com uma dezena de doentes indicados por recomendação médica, que passarão a usufruir de um total de 14 sessões individuais ou de grupo. As sessões, dinamizadas pelas musicoterapeutas Helena Brites e Raquel Gomes, terão uma duração de 45 a 60 minutos.
O ensino de Os Lusíadas http://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-ensino-de-os-lusiadas-1686615
Quando Vasco Graça Moura me ofereceu o seu livro Os Lusíadas Contado às Crianças (Gradiva, 2012) e eu sugeri que essa obra deveria ser estudada nas escolas, respondeu-me com um sorriso: “Não creio ser possível, Daniel. Os professores de agora estão desmotivados, dão umas aulas sobre Os Lusíadas porque fazem parte do programa e pouco mais. Os alunos vão acabar por odiar os clássicos.” Três anos depois, só lhe posso dar razão. Jovens da minha família e alunos que encontro nas escolas secundárias descrevem um cenário de tédio e um ambiente displicente à volta do estudo do poema. Os professores nem sequer levam uma edição completa para a aula, limitando-se a ler, de forma monocórdica, os estratos da obra que figuram no manual adoptado. Os alunos do 9.º ano bocejam e mexem no telemóvel, à espera que a aula acabe. Depois, algumas perguntas são colocadas no próximo teste e tudo é esquecido. Ao contrário do que fez Vasco Graça Moura (V.G.M.), nada é explicado aos alunos sobre o enquadramento histórico da elaboração da epopeia, nem sequer se esclarece que tipo de métrica Camões utilizou. Ouçamos V.G.M., como deveria acontecer nas escolas: “Para o fazer, Camões usou a oitava/Que é feita de oito versos a rimar./ Até ao sexto as rimas alternava,/ Nos dois finais a rima vai a par./Com oitavas assim, organizava/ Essa história que tinha de contar/Em cantos que são dez e a nós, ao lê-los,/ Espanta como pôde ele escrevê-los.” V.G.M., num pequeno volume de 150 páginas, intercala os verdadeiros versos de Camões, que aparecem sempre a itálico, com versos da sua autoria, nos quais é mantida a métrica da epopeia. Deste modo, as partes mais complexas são explicadas com palavras mais acessíveis, sem que o leitor perca o sentido grandioso do poema original. Vejamos este exemplo: “E vós, Tágides minhas, pois criado/ Tendes em mim um novo engenho ardente,/ Se sempre em verso humilde celebrado/ Foi de mim vosso rio alegremente/ Dai-me agora um som alto e sublimado/ Um estilo grandíloco e corrente/ Por que de vosso Tejo já se diga/ Que às Musas não inveja a fonte antiga/ (no original “que não tenham inveja às de Hipocrene”).
Espólio de Souto de Moura vai ficar na Casa da Arquitectura em Matosinhos http://www.ionline.pt/artigos/portugal/espolio-souto-moura-vai-ficar-na-casa-da-arquitectura-matosinhos
O espólio do arquitecto Eduardo Souto de Moura, que está já está a ser tratado, vai ficar à guarda da Casa da Arquitectura, em Matosinhos, sendo assim assegurado que o acervo do Pritzker permanecerá em Portugal. Em antecipação, fonte oficial da Câmara de Matosinhos explica que a entrega do espólio já foi concretizada no final de 2014 e que em breve será formalizada com a assinatura de um contrato de depósito entre o arquitecto Souto de Moura, a autarquia e a Casa da Arquitectura. De acordo com a câmara, desta forma fica garantido que "este importante património permanecerá em Portugal", sendo o espólio do Pritzker "um património notável e que será uma pedra basilar na concretização do projeto da Casa da Arquitectura e na afirmação de Matosinhos como Cidade dos Arquitetos. O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, disse à agência Lusa ser "uma honra" para o concelho que um legado com esta dimensão cultural lhes seja entregue, para que possa ser preservado e divulgado. "Por outro lado, a confiança que o arquiteto Souto de Moura depositou em nós credibiliza mais ainda o projeto da Casa da Arquitectura, que rapidamente adquirirá a projeção internacional que a arquitetura portuguesa justifica", acrescentou.
Serrote: os cadernos que nascem de tudo. Até de toalhas de mesa http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=4410209
É um instrumento simples e rudimentar, mas dele podem sair cadernos feitos de memórias "Normalmente as pessoas usam as toalhas de mesa do restaurante para fazer desenhos, rabiscar, ou fazer contas. No fundo aquilo é transportar uma toalha de mesa mas dentro do bolso", diz ao DN Nuno Neves que, com Susana Vilela, começou em 2004 as publicações Serrote. "Aquilo" a que se refere é o Caderno toalha de mesa - um entre 30 cadernos originais - cuja conceção os dois anteviram num restaurante, justamente. Trata-se de recolher elementos do nosso mundo e fazer com que caibam em 17cm por 11,5 e em 40 folhas de 80 gramas. Para que caibam no bolso. Para que neles se possam escrever. No Caderno praia escrevemos sobre o padrão dos toldos de praia, no Caderno lenha, fazemo-lo no interior de um tronco de árvore (aí mesmo onde as linhas circulares contam a sua idade). Há ainda o Caderno estádio onde as verdes páginas são campos de futebol entre cujas linhas cada um escreverá ou desenhará o que bem lhe aprouver. No Caderno estrelado, com folhas de um azul celeste recomendado para quem - lê-se - "gosta de observar o movimento das estrelas e de desenhar linhas no céu".
A terminar… um rabisco de curiosidade.
Açúcar. O grande vilão http://www.publico.pt/sociedade/noticia/acucar-o-grande-vilao-1686739
Dizem que é um veneno e há quem queira colocá-lo ao nível do álcool. Os consumidores preocupam-se, a gigante indústria alimentar segue-lhe os passos e procura alternativas para adoçar a comida e manter as vendas.
PUB Está há séculos na despensa, mas, de repente, passou a ser alvo de perseguição. Chamaram-lhe vilão, compararam-no a uma droga, culparam-no pelo aumento da obesidade, da diabetes, das doenças cardiovasculares, das cáries que assaltam os dentes das crianças. Colocaram-lhe um imposto, em países como a Finlândia e França, ameaçaram fazer o mesmo em Portugal. O açúcar, que transforma refeições sem interesse em iguarias, actor principal de sobremesas, passou a estar na lista negra dos alimentos. Multiplicam-se os estudos, as teorias, a literatura. Os consumidores preocupam-se, a gigante indústria alimentar segue-lhe os passos e procura alternativas para adoçar a comida e manter as vendas. Na verdade, a culpa não é dele. É dos excessos. Do consumo desenfreado e camuflado através de refrigerantes, molhos processados, pão, salsichas, comida para bebés, um sem-número de produtos já preparados que usam esta matéria-prima para dar sabor e prolongar o prazo de validade. O mundo engordou, foi longe de mais. Há, por isso, cada vez mais pessoas a tentar colocar um ponto final nesta relação de longa data.
E a terminar, uma curiosidade bastante estimulante…
Deitar-se no sofá e não fazer nada pode ser bastante produtivo http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4421480
Perder tempo a descansar é uma forma de eliminar stress e fadiga. Ao mesmo tempo a criatividade e a produtividade ganham um novo nível, dizem os psiquiatras Deitar-se no sofá sem fazer nada pode parecer-lhe uma perda de tempo, mas há quem defenda que pode ser altamente produtivo. Não se trata de passar dias e dias sem fazer nada, apenas de fazer uma pequena pausa. Além de o ajudar a eliminar o stress e a fadiga, vai aumentar os seus níveis de produtividade e criatividade. Parece simples, mas a arte de "não fazer nada" requer imenso treino.
Por aqui me fico, com a promessa de voltar para a próxima semana.! Até breve!