“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa
No “Gotinhas” desta semana, estas e outras novas que passaram.
Ora, vamos lá ver o que há em cartaz.
Casa da Música – Porto
Spring ON! As novas tendências do Jazz, de 08 a 10 de Maio
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmkt.casadamusica.com%2Fg%2Fabf2-083d48196783439-8bbdd88a23be71d64-1a37e1LtebyehrYMe8GpegAO1&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG3gDy-jfEpV6j10UrHFxrJsSS3nwPelo terceiro ano consecutivo, o Spring ON! reúne algumas das propostas mais desafiantes do jazz actual, privilegiando os projectos de jovens músicos europeus. Com referências que circulam entre as mais variadas linguagens, sob a capa abrangente do jazz e o culto da improvisação, ao longo de um fim-de-semana ouvimos o jazz vigoroso dos noruegueses Cortex, recuperando a inventividade melódica do free jazz, as explosões de energia rock dos franceses Auditive Connection, a elegância do guitarrista norte-americano Greg Lamy no seu quarteto luxemburguês, e ainda as propostas nacionais do pianista Dan Costa, do contrabaixista João Paulo Rosado e da Big Band da Nazaré.
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Porto Cultura
Cultura em Expansão - Concertos - Entrada livre.
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmailing.cm-porto.pt%2Ffiles%2Fcultura%2F04052015_Concertos%2520ESMAE.jpg&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG2WWF1LfbgKP7jnwzF7qOCgMWilg***
LeV - Literatura em Viagem - 8 a 11 de maio - Matosinhos e Lisboa
http://blogtailors.com/lev-literatura-em-viagem-8-a-11-de-7870487No próximo fim de semana, a 9.ª edição do LeV – Literatura em Viagem chega a Matosinhos. Entre os dias 8 e 11 de maio estarão mais de 30 autores presentes, que se multiplicam por mesas de debate, lançamentos e exposições, na Galeria Municipal da Biblioteca Municipal Florbela Espanca. O arranque é dado na sexta-feira, com uma conferência inaugural a cargo de Jorge Sampaio. Ao longo de sábado e domingo, Gonçalo M. Tavares, Francisco José Viegas, Artur Domoslawski, Richard Zimler, Paloma Días-mas e os músicos Pedro Abunhosa e Luís Represas, serão alguns dos convidados desta comitiva, uma das mais internacionais de sempre da história do festival. Este ano o LeV – Literatura em Viagem ruma também a Lisboa, com uma sessão especial na Fundação José Saramago. Dulce Maria Cardoso e Rui Cardoso Martins seguem o mote do evento — Conflito, ontem e hoje — e responderão à pergunta «que conflitos para o século XXI»? Para conhecer o programa completo e acompanhar o LeV – Literatura em Viagem de perto siga o Facebook do festival, aqui.
http://booktailors.us3.list-manage1.com/track/click?u=5b25171c1377b03ec4194e685&id=b9227ec1b1&e=9161d6133a O LeV – Literatura em Viagem é uma iniciativa da Câmara Municipal de Matosinhos com produção executiva da Booktailors.
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PORTO COOL
Os piqueniques do Piquenique url q=https%3A%2F%2Foportocool… Os piqueniques do Piquenique by oportocool piquenique Os dias mais longos e mais quentes fazem aumentar a vontade de passar o tempo no exterior. Seja a passear, a ler ou mesmo a comer. Foi a pensar nisso que a marca portuense Piquenique criou um serviço especializado para trazer os piqueniques de volta aos parques e jardins. Vamos trazer os piqueniques de volta? Tal como num filme dos anos 50, o serviço do Piquenique inclui o aluguer de um verdadeiro cesto de piquenique, de verga, uma toalha, comida caseira e ainda pode incluir flores e uma câmara fotográfica descartável para imortalizar os bons momentos. Os menus disponíveis para este serviço incluem bebidas como limonada e sangria, uma salada de piquenique, salgados, doces e ainda frutas da época. As encomendas podem ser feitas presencialmente, nas lojas do Piquenique, nas Galerias Lumiére e na Rua da Fábrica Social, ou através do email o.piquenique@gmail.com ou do número 914 318 708. Mais informações no Facebook Piquenique -
https://www.facebook.com/o.piquenique ou no blogue Piquenique -
http://bloguepiquenique.blogspot.pt/*******
E porque não “poucas… mas boas”? Vamos lá às notícias.
O estado da nação na Primavera da Casa da Música
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/o-estado-da-nacao-na-primavera-da-casa-da-musica-1694814Chama-se O Rito da Primavera a terceira edição do programa com que a Casa da Música faz a radiografia da música feita por jovens na Europa, do jazz à música contemporânea.
Vai já na terceira edição o ciclo de programas com que a Casa da Música celebra as novas gerações da música, nas suas diferentes vertentes. Na edição inaugural, em 2013, o ciclo chamava-se Consagração da Primavera e reunia um primeiro ciclo de jazz dedicado a bandas emergentes e um programa de música erudita que incluía a execução da obra maior de Stravinski, A Sagração da Primavera. Desde o ano passado, viu acrescentar-se o Rising Stars, que passou a trazer ao Porto jovens intérpretes de algumas das mais importantes instituições musicais e salas de concerto europeias, sob a égide da European Concert Hall Organization (ECHO), de que a Casa da Música e a Gulbenkian fazem parte. O programa deste ano chama-se O Rito da Primavera, agrupando em sucessão cronológica, ao longo de mais de uma semana (de 8 a 17 de Maio) e de 14 concertos, as mesmas mostras das novas tendências do jazz (Spring ON), os jovens compositores portugueses (O Estado da Nação) e os jovens intérpretes europeus do Rising Stars. “A ideia foi dar continuidade ao mesmo conceito de celebração do ímpeto criativo da juventude e dos novos valores da música”, diz o director artístico da Casa, António Jorge Pacheco. E chama a atenção para o programa O Estado da Nação (12 e 16 de Maio), que vai “passar em revista todos aqueles que foram os Jovens Compositores em Residência na Casa da Música", desde que este projecto foi lançado, em 2007. Assim, em dois concertos, o Remix Ensemble e a Orquestra Sinfónica do Porto vão voltar a interpretar, agora sob a direcção de maestros diferentes, as peças compostas por Vasco Mendonça, Luís Cardoso, Daniel Moreira, Daniel Martinho, Ângela da Ponte, Igor C. Silva, Marco Barroso e Ana Seara. O concerto do segundo dia, 16 de Maio, será antecedido de uma mesa-redonda com todos os compositores, moderada pelo musicólogo Rui Pereira. “Trata-se de tirar o pulso ao estado da composição contemporânea mais recente, dando também a oportunidade de uma segunda audição das obras compostas pelos jovens compositores que residiram na Casa”, diz António Jorge Pacheco. “É difícil um compositor jovem evoluir, se não lhe forem dadas ocasiões de ouvir a sua música tocada”, acrescenta o director artístico. E cita dois casos em que essa visibilidade ultrapassou já fronteiras: Vasco Mendonça, que teve uma ópera sua interpretada no Festival de Aix-en-Provence, França, e Daniel Moreira, com obras executadas em Viena e em Estrasburgo. Mas O Rito da Primavera começa esta sexta-feira com a terceira edição do programa dedicado às novas tendências do jazz europeu, com três dias de concertos duplos, que porão em contraste bandas portuguesas com outras vindas do Luxemburgo, França e Noruega. A primeira a subir ao palco da Sala 2 é o Greg Lamy Quartet, liderado por um guitarrista nascido nos Estados Unidos, mas radicado no Luxemburgo, onde, em 2007, fundou a sua banda, com a qual já gravou os discos I See You e Meeting. De França vem outro quarteto, Auditive Connection, que lançou o primeiro EP no início deste ano e associa a tradição do rock e do jazz com a poesia de Beckett, Éluard ou Kerouac. E Cortex é ainda um quarteto, norueguês, que já tocou em Portugal, onde no ano passado editou o seu primeiro disco, Live, com a chancela da Clean Feed. O jazz português mais jovem estará representado pelo sexteto Dan Costa Project, liderado por um pianista luso-italiano com formação também bebida em Inglaterra e no Brasil; pelo quinteto do contrabaixista João Paulo Rosado, que apresenta o projecto Sinopse; e pela Big Band da Nazaré, dirigida por Adelino Mota e com a participação especial do tubista da Orquestra Sinfónica do Porto Sérgio Carolino, num programa virado para a música funk. Finalmente, o calendário do Rising Stars (15 a 17 de Maio), que esta temporada teve, pela primeira vez, uma formação portuguesa, o Quarteto de Cordas de Matosinhos, que tem vindo a tocar em palcos que integram a rede ECHO. Na Casa da Música, a formação de Matosinhos vai encerrar o programa, a 17 de Maio, tocando Mozart, Glazunov e Vianna da Motta. António Jorge Pacheco anuncia, sem avançar ainda o nome, que uma segunda formação portuguesa irá também entrar no projecto Rising Stars para a temporada 2016-17. De entre as outras formações e músicos presentes no Porto, destaque para o regresso do violoncelista búlgaro Michael Petrov, vencedor do Prémio Suggia/Casa da Música em 2011, que agora tocará em duo com o pianista britânico Ashley Fripp, representando ambos o Barbican Centre, de Londres.
Música felina. Os gatos também sabem apreciar música
http://observador.pt/2015/05/01/musica-felina-os-gatos-tambem-sabem-apreciar-musica/A Universidade de Maryland e a Universidade de Wisconsin compuseram música adequada para a audição felina, com ronronares e lambidelas, e mostraram que os gatos também gostam de música. Quando a música feita para gatos começou a ser tocada, eles mostraram sinais de contentamento e euforia. Qualquer amante de música conhece as propriedades terapêuticas que ouvir uma determinada canção pode ter. E se a música pudesse ter o mesmo efeito nos gatos? Um estudo prova que sim e até foram feitas canções apropriadas para os felinos. As universidades norte- americanas de Wisconsin e de Maryland juntaram-se para compor música apropriada para gatos e para estudarem a reação dos gatos às composições. “Nós procurámos pela vocalização natural dos gatos e combinámos a nossa música com o mesmo alcance de frequência deles, que é uma ou mais oitavas do que as vozes humanas”, disse o líder da investigação Charles Snowdon à Discovery News. Na música feita à medida do ouvido humano, o ritmo tenta imitar o do batimento cardíaco. A equipa tentou, então, criar a música feita para gatos tentando replicar o tempo das coisas que os gatos achariam interessante: ronronar ou de amamentar. “E como os gatos usam muitas frequências deslizantes nas suas invocações, a música felina tinha que ter muitas mais músicas deslizantes do que a música para humanos”, disse Snowdon. Snowdon e a sua equipa tocaram músicas apropriadas para felinos a 47 gatos domésticos e os investigadores viram como eles reagiram em comparação com o comportamento de quando estavam a escutar a “Air” em sol de Johann Sebastian Bach e o “Elegie” de Gabriel Fauré, dois temas clássicos. O estudo, publicado na Applied Animal Behavioural Science, indica que os gatos não respondem à música feita para o ouvido humano. Mas quando a música feita para gatos começou a ser tocada, eles mostraram sinais de contentamento e euforia e começaram a aproximar-se das colunas, esfregando as suas glândulas odoríferas. É possível ouvir as canções apropriadas para gatos aqui: A “Spooks ditty”, a “Cozmo air” e a “Rustys Ballad“.Enquanto compor música para gatos pode parecer desinteressante e sem relevância, Snowdon afirma que a pesquisa pode abrir portas para novas maneiras de acalmar os gatos e de os deixar mais felizes. “Os resultados sugerem novas maneiras apropriadas de usar a música para enriquecer o ouvido não-humano”, lê-se no sumário executivo do artigo. Um dos co-autores, David Teie, já tinha provado que os macacos Sanguinus também respondem de forma especial a músicas especificamente compostas para as suas características. Os investigadores esperam que este estudo se torne num incentivo para que outras melodias sejam compostas para mais espécies.
Onze inéditos de Sophia de Mello Breyner
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=4548889A mais recente edição de a 'Obra Poética' de Sophia de Mello Breyner traz uma novidade: onze poemas inéditos. Chega às livrarias esta sexta-feira. Esta edição não impede que num futuro a obra de Sophia não ganhe um outro estatuto ainda mais completo com a publicação de muitos inéditos que continuam a existir por divulgar, tanto sob a forma de poesia como de prosa. Sobre esta questão a editora não se pronuncia, garantindo apenas que o projeto em curso prevê a edição de todos os livros da poeta até meio do próximo ano. Que já soma nove títulos poéticos e três em prosa.
Três mil azulejos, três mil visões sobre o Porto vão juntar-se num imenso mosaico
http://www.publico.pt/local/noticia/esta-a-construirse-um-mosaico-gigante-no-porto-1694706O que é o Porto, o que representa, como se apresenta? De cada cabeça sairá a sua sentença e a proposta é reunir todas essas diferentes visões num imenso mosaico de azulejos, a inaugurar a 27 de Junho.
É a Torre dos Clérigos, um filme de Manoel de Oliveira, a francesinha, o FCP, um poema de Sophia ou um sotaque? "Quem és, Porto?" pergunta o novo projecto do Locomotiva. Todos são convidados a responder, com um desenho ou uma frase. Desde que o façam em azulejos que, no fim, vão criar um mosaico gigante de três mil peças. Tal como tem vindo a acontecer na Rua da Madeira nos últimos tempos, esta iniciativa pretende reforçar a ligação entre a comunidade e os costumes portuenses. Na elaboração dos trabalhos, ninguém está sozinho. Para além do responsável pelo projecto, Miguel Januário, alguns alunos da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto (ESE) orientam quem quer deixar a sua marca no grande mural. Maria João Lamas é uma das alunas do curso de Artes Visuais e Tecnologias Artísticas da ESE que ajuda na organização do projecto. “As pessoas inicialmente chegam aqui com o discurso de ‘eu não sei desenhar, não sei o que fazer’ mas a partir do momento em que começam a trabalhar nota-se um envolvimento muito grande, ficam muito concentradas”, relata. No início do workshop que o PÚBLICO visitou, Miguel Januário explica como podem trabalhar o azulejo “sem o danificar”. Mas esta foi uma sessão diferente da habitual pois tinha alguns convidados, como a Associação de Albergues Nocturnos do Porto que se fez representar por sete elementos. Sentados nas mesas colocadas no Armazém Sete da Rua da Madeira, ouvem, expectantes, ouvem as instruções de Miguel Januário. Para que cada um faça os trabalhos da melhor forma possível, há vários pincéis de muitos tamanhos e formatos e frascos de compotas que, agora já sem doce, contêm tintas. Os frascos que têm uma etiqueta com um “-” contêm um cinza claro, os que têm o símbolo “±” têm um tom intermédio e o “+” é o mais escuro. Depois das primeiras explicações, começam a surgir as primeiras dúvidas. Ouvem-se perguntas como “Posso fazer à minha vontade?” ou “É preciso pôr o nome?”. A esta última questão, Maria João Lamas explica que “podem fazer como quiserem, depende da marca que quiserem deixar aqui na cidade”. Para a estudante da ESE, o importante é ver o Porto “como alma e não como lugar”. Mesmo com visões próprias e algumas vezes com opiniões divergentes, foi isso que tentaram fazer as pessoas que participaram no workshop. António Silva, de 53 anos, conta que nunca saiu muito da cidade e que, consequentemente, a conhece muito bem. Por isso, no seu azulejo escreveu “O-Porto-é-uma-grande-cidade” e não foram precisas muitas explicações para perceber porquê. Já Eduardo Mateus, um ano mais novo, demora um pouco mais de tempo a decidir como quer que seja a sua marca no painel. Depois de pensar durante algum tempo, exclama: “Já sei! Quero escrever ‘Valha-me Deus’!”. Depois do rascunho inicial, escreve mesmo “Vailha-me”. Mas é de propósito, porque tem de ter a pronúncia do Porto. De braço dado aparecem Zulmira Serra e Luís Morais. Ela com 44 anos e ele com 42. Apesar de serem de clubes futebolísticos diferentes dão-se muito bem, garantem, enquanto dão a mão. No seu azulejo, Zulmira Serra homenageou o Benfica num desenho alusivo ao clube. Já Luís Morais escreveu “FCP” mesmo sendo sportinguista. “Posso ser do Sporting e gostar na mesma do Porto”, explica. A variedade das respostas e das mensagens que as pessoas querem transmitir está muito presente neste projecto. Miguel Januário indica que, nos painéis realizados até ao momento, há “asneiras, frases políticas, coisas mais populares. Esse “bocadinho de tudo” resulta de uma “liberdade total” que é dada aos participantes. Quando chegar a hora de começar a organizar os trabalhos produzidos, em meados de Maio, a montagem “não vai ser aleatória”, garante Miguel Januário. O painel vai começar a ser montado fora da parede através da numeração de cada azulejo que vai criar a sensação de degradé. Como trabalharam com pretos e cinzas, “para haver alguma coerência na composição, vai começar-se com brancos e acabar-se com pretos”, adianta o responsável. Maria João Lamas adianta ainda que “todos os azulejos produzidos vão ser aplicados”, estando incluídos no mural final. O resultado final vai estar exposto no exterior de um edifício mesmo em frente ao armazém onde se estão a realizar os workshops. A ideia de Miguel Januário é preencher “toda essa parede com azulejos” e a inauguração está prevista para 27 de Junho, inserindo-se ainda nas comemorações do São João do Porto. Portuenses ou não, profissionais ou amadores, quem ainda não teve a oportunidade de participar pode inscrever-se via e-mail e aparecer num dos workshops. Os que já contribuíram com um azulejo também podem regressar. As actividades realizam-se todos os domingos até dia 17 de Maio, das 10h às 12h e das 16h às 18h. Excepcionalmente, no dia 11 de Maio, pelas 16h, a iniciativa apresenta um workshop especial direccionado exclusivamente aos comerciantes da Rua da Madeira.
Agora… algo para aguçar o apetite para o almoço. ;)
Já lá vão 600 anos de tripas à moda do Porto
http://www.publico.pt/local/noticia/ja-la-vao-600-anos-de-tripas-a-moda-do-porto-1694878No dia 14 de Maio, a Praça Gomes Teixeira, no centro do Porto, vai ser o local escolhido para um almoço que convida toda a população a experimentar tripas à moda do Porto. Conhecidos como “tripeiros”, os portuenses começaram a apreciar as tripas depois de, em 1415, terem cedido as carnes que tinham à armada do Infante D. Henrique quando esta partiu para a conquista de Ceuta, tendo apenas sobrado as vísceras para se alimentarem. A Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) vai celebrar os 600 anos deste prato com uma programação especial que inclui uma prova de degustação de “Tripas à Moda do Porto”. O programa começa no final da manhã, pelas 11h, com uma conferência no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto (UP) com o tema “600 anos das tripas”. Durante a manhã o arqueólogo e historiador Joel Cleto faz uma contextualização histórica e o especialista da FCNAUP, Vítor Hugo Teixeira, apresenta uma palestra sobre o valor das tripas na alimentação portuguesa. A degustação, na qual todos podem participar, começa pelas 12h20 na Reitoria da UP com um almoço solidário organizado pela Confraria Gastronómica das Tripas à Moda do Porto. Ao mesmo tempo, actua a Tuna Feminina da Associação de estudantes da FCNAUP. Seis restaurantes típicos do Porto, auxiliados pelos Serviços de Acção Social da UP, apresentam as suas refeições, que também vão estar disponíveis nas cantinas da universidade. Quem quiser experimentar esses sabores deve contribuir com um valor simbólico que será, mais tarde, entregue a uma instituição de solidariedade do Porto. Durante a tarde, é a cultura que vai estar em destaque com a visita “A Descobrir o Centro Histórico, Património Mundial” que vai desde a Câmara Municipal até à Casa do Infante. Nesse espaço começa o percurso cultural sobre a gastronomia típica do Porto com apresentação de tradições, documentos de arquivos e exploração de uma maquete interactiva do Porto Medieval. No centro interpretativo do museu vão apresentar-se os “Novos sabores vindos de longas viagens”. A programação encerra com uma visita ao World of Discoveries, um parque temático dedicado aos Descobrimentos portugueses.
Convidativo, não?
Por aqui me fico, com a promessa de voltar para a próxima semana.! Até breve!