Em cada um reside a fonte da partilha, e seja ela um dom ou não, deixa-me semear no teu ser o prazer da Música. Ela tem inspirado o Homem no revelar o seu pensamento, o interpretar e sentir o Universo ao longo de milénios. Bem vindo!
30 de Novembro de 2015

“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa

No “Gotinhas” desta semana, estas e outras novas que passaram.

A não perder! Aqui algumas sugestões culturais a lá dar um salto. ;)

Casa da Música – Pporto

Vamos Cantar (4€)

Workshop Música em Família [05/12/2015 - sábado | 14:30 | Sala Ensaio 2] ( Famílias (crianças a partir dos 6 anos), Público Geral ) Joana Araújo e Tiago Oliveira formadores Surpreendam-se. Bastam uns exercícios simples e os cantores de chuveiro até acertam no tom. As vozes pequenas crescem, as grandes aprendem a se controlar. Técnica à parte, canta-se alto e sem medo. E em união, que isto é família.

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A pintura de Beethoven (6€)

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música - [06/12/2015 - domingo | 12:00 | Sala Suggia] - Clássica - Concerto comentado, Leopold Hager, Agrupamentos residentes Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música Leopold Hager direcção musical Concerto comentado por Helena Marinho L.Van Beethoven Sinfonia nº2 A Segunda Sinfonia de Beethoven reflecte a afirmação de um estilo pessoal que se tornaria inconfundível. Com um primeiro andamento grandioso e pleno de contrastes dinâmicos e de orquestração, tem no Larghetto seguinte uma invenção melódica prodigiosa. Berlioz disse que “era uma pintura deslumbrante de uma felicidade inocente apenas ensombrada por alguns raros acentos de melancolia”. Através dos comentários de Helena Marinho e da direcção de um aclamado maestro do repertório Clássico vienense, Leopold Hager, partimos à descoberta desta pintura e dos seus mais preciosos detalhes.

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Ressurreição (10€)

Sinfonia nº 2 em Dó m. de Gustav Mahler [07/12/2015 - segunda-feira | 21:30 | Sala Suggia] A RESSURREIÇÃO, integrada na comemoração dos 30 anos do Instituto Politécnico do Porto, corresponde ao desejo de erguer um projeto artístico em torno de uma comunidade inteira dando resposta ao apelo polifónico da vida. Partindo da 2ª Sinfonia de Mahler – a sua primeira a usar a voz humana – a Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo (ESMAE) desafiou os seus três departamentos (Música, Teatro e Artes da Imagem) a interpretarem artisticamente o desafio de Mahler quando escreve “Ó crê, Tu não nasceste em vão!” enfatizando em todos nós a redenção humana. Tudo isto porque acreditamos que há sempre uma segunda hipótese de nos pormos perante a vida. A RESSURREIÇÃO de Mahler será apresentada no dia 7 de dezembro na Casa da Música, Sala Suggia, antecedida por uma representação dramática e questionadora que envolve alunos, ex alunos e docentes dos três departamentos num total de trezentos participantes. Também são parceiros deste projeto os coros da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto e da Universidade de Aveiro. Ao mesmo tempo e num verdadeiro exercício de antecipação e questionamento, a ESMAE colocou em cena a RESSURREIÇÃO: LINHAS DE VIDA entre os dias 25 e 29 de novembro no Teatro Helena Sá e Costa, num exercício dramático do Departamento de Teatro com a colaboração do Departamento de Música e das Artes da Imagem. Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo / Instituto Politécnico do Porto Orquestra Sinfónica e Coro Geral da ESMAE Coro da Escola Superior de Educação / IPP Coro da Universidade de Aveiro Alunos do 3º ano da Licenciatura em Teatro da ESMAE Alunos do 2º ano do Mestrado em Comunicação Audiovisual da ESMAE António Saiote direcção musical Bárbara Francke direcção coral Lee Beagley encenação Solistas a designar Sinfonia nº 2 em Dó m. de Gustav Mahler

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O Natal dos Irmãos Grimm (7,50€)

Espectáculos | Concertos para Todos [12/12/2015 - sábado | 16:00 | Sala 2] - Espectáculos ( Famílias, Público Geral ) Jorge Queijo e Maria Mónica direcção musical Ensemble de Gamelão Casa da Música e Filipe Caco interpretação É um casamento inédito entre histórias da tradição europeia e sonoridades do Oriente. A partir de contos infantis escritos pelos irmãos Grimm, desenha‑se um espectáculo original, com música criada pelo Ensemble de Gamelão Casa da Música. Na companhia de personagens encantadas, cai-se nos braços da magia até chegar o final feliz.

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Omar Sosa Quartet (16€)

[09/12/2015 - quarta-feira | 22:00 | Sala Suggia] - World Omar Sosa piano e voz Ernesto Simpson percussão Leandro Saint-Hill saxofone, flauta e clarinete Childo Tomas baixo Influenciado pela música afro-cubana, por compositores clássicos e ainda pelos nomes maiores do jazz, Omar Sosa tem traçado um caminho musical singular. O Quarteto do pianista pauta-se pela fusão de jazz, world music, hip hop e electrónica com as raízes afro-cubanas dos seus membros. Recheado de interpretações contemporâneas de alguns dos clássicos da música cubana, o álbum Ilé, editado pelo quarteto em 2015, marca o regresso de Omar Sosa à Havana dos anos 80 e 90, com um flashback aos sons da sua infância e adolescência.

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Câmara Municipal do Porto

Inauguração da exposição “ A Felicidade em Júlio Pomar” – 5 de dezembro, 16h00 – Galeria Municipal do Porto

Última inauguração do ano na Galeria Municipal do Porto: A Felicidade em Júlio Pomar /Obras das Colecções Millennium BCP /Atelier-Museu Júlio Pomar, com curadoria de Sara Antónia Matos e Pedro Faro. Dia 5 de dezembro, às 16h00, entrada livre.

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Arca de Natal em São Bento

Nos dias 1 e 2 de dezembro, das 10 às 18,30 horas, o átrio da Estação de S. Bento recebe mais uma edição da Arca de Natal - uma exposição para venda de produtos com fim solidário. "Faça das suas compras de Natal um gesto de solidariedade" é o mote desta iniciativa organizada pela Câmara do Porto. As receitas das vendas revertem a favor de cada Instituição de Solidariedade.

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Biblioteca Almeida Garret

Visitas guiadas à exposição Agostinho Ricca – arquitetura e obra | Galeria Municipal do Porto

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E agora as novidades! PRONTOS? Bora lá a elas! He-He!! ;)

Este Natal a magia do Novo Circo acontece no Coliseu

A magia do circo está de volta ao Coliseu Porto de 11 de dezembro até 3 de janeiro. O Monumental Circo regressa à cidade, numa edição totalmente programada pelo Coliseu. A proposta é de um espetáculo de Novo Circo, mais contemporâneo e inovador, um circo que se apresenta sem animais, muito menos enjaulados, num ambiente cuidado, pensado e adaptado especialmente para este espetáculo. São muitas as disciplinas artísticas deste novo circo: equilibrismo, acrobacia, trapézio, malabarismo, trampolim, aéreo de tecidos e fitas, quick change, rola-rola, palhaços e muita magia. Esta temporada traz também uma seleção clássica e eclética que inclui escolhas como a trupe de equilibristas do Circo Nacional de Xangai, o triplo salto mortal dos trapezistas The Flying Aces, o acrobata do Cirque du Soleil Nicole Burgio, e muitos outros artistas. Em palco vão estar diferentes nacionalidades para fazer o circo ganhar vida, neste que é um evento com décadas de história e que começou nos primeiros anos de vida do Coliseu Porto.

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As 10 perguntas para entender a teoria da relatividade de Einstein

“Passaram 100 anos desde a apresentação da teoria geral da relatividade de Albert Einstein. Deixamos-lhe dez perguntas para perceber a teoria. Albert Einstein desenvolveu a teoria da relatividade, um dos pilares da física moderna. No dia 25 de novembro de 1915 Albert Einstein apresentou a fórmula definitiva da teoria da relatividade, introduzindo o misterioso conceito da curvatura espaço-tempo. O professor e físico da Universidade de Barcelona (ICREA), Roberto Emparan, aprofundou e ajudou a explicar as principais curiosidades sobre essa teoria em 10 perguntas. O que é que se comemora exatamente no dia 25 de novembro de 2015? Passaram exatamente 100 anos desde o dia em que Albert Einstein apresentou e explicou na Academia Prussiana de Ciências, em Berlim, as equações definitivas da teoria geral da relatividade. Depois de uma década de tentativas para conciliar a força gravitacional com a sua teoria da relatividade especial (1905) e do matemático David Hilbert andar atrás de Einstein, este finalmente deu uma forma precisa e definitiva à teoria que foi considerada como uma das principais da humanidade. A teoria foi publicada no mesmo dia, 25 de novembro de 1915, nas atas da academia. Einstein apresentou nesse dia a equação como a conhecemos hoje? Na verdade o sistema é composto por dez equações, mas pode ser escrito de forma unificada utilizando o símbolo “=” e resumi-lo em : R μν -1/2 g μν R = 8πG T μν. Na equação original, que Einstein escreveu no seu artigo, utilizou alguns símbolos em latim em vez de grego e distribuiu os termos de uma maneira um pouco diferente, ainda assim, ela é totalmente equivalente a esta. Teoria (…)”

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Candidatura de chocalhos a Património Mundial com parecer positivo da UNESCO

“A candidatura portuguesa do fabrico de chocalhos a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, obteve parecer positivo da comissão internacional de especialistas do organismo. A candidatura portuguesa do fabrico de chocalhos a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, obteve parecer positivo da comissão internacional de especialistas do organismo, revelou hoje à agência Lusa a entidade promotora. “Trata-se de um parecer que considera exemplar o projeto que apresentámos, o que constitui para nós um motivo de satisfação e orgulho”, disse à agência Lusa o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva. Portugal candidatou este ano à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) a inscrição do fabrico de chocalhos como Património Cultural Imaterial da Humanidade com Necessidade de Salvaguarda Urgente. O processo, coordenado pelo antropólogo Paulo Lima, é liderado pela Turismo do Alentejo e Ribatejo, em colaboração com a Câmara de Viana do Alentejo e a Junta de Freguesia de Alcáçovas, mas tem âmbito nacional. O pedido de inscrição só vai ser apreciado e votado pela UNESCO na 10.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, marcada para a Namíbia, entre 30 de novembro e 04 de dezembro. (…)”

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John Malkovich e o filme que você nunca verá

“O novo filme escrito pelo actor norte-americano vai estrear a 18 de novembro de 2115. Sim, leu bem: daqui a 100 anos. Por isso, esta notícia é para os seus bisnetos.

Veja nesta fotogaleria algumas imagens dos teasers que foram revelados http://observador.pt/2015/11/19/john-malkovich-e-o-filme-que-voce-nunca-vera/#

Quando pensamos que já tudo foi feito em marketing, eis que surge mais uma surpresa: os criativos da marca mais cara de conhaque do mundo, Louis XIII, resolveram desafiar John Malkovich e Robert Rodriguez para conceberem um filme que levasse o mesmo tempo a estrear que o conhaque leva a amadurecer. Assim surge “100 Anos”. Aqui está uma longa-metragem que não tem a pressão de ser um blockbuster no seu lançamento. Ao jornal Independent, John Malkovich revela que, quando lhe fizeram a proposta, pensou: “Isto é uma grande ideia. Deveria ter sido o destino de alguns filmes que fiz!”. Já o realizador Robert Rodriguez garantiu que o filme é “muito elegante, carregado de emoção” e revela bem “a escrita de John”. O secretismo à volta do filme é muito. Sabe-se apenas que o guião foi escrito por John Malkovich e que retrata a visão que o actor tem do futuro no planeta Terra. A actriz principal é Shuya Chang. O realizador, Robert Rodriguez, é o mesmo de “Sin City”, “Machete” e “Era uma vez no México”. Se o filme é bom, nunca o saberemos: estão a ser enviados convites para a estreia a mil pessoas, que os deverão transmitir aos seus bisnetos. Então, e como é que se consegue evitar uma fuga de informação? O filme está fechado num cofre, não a sete chaves, mas com um dispositivo que só abre daqui a 100 anos. A contagem decrescente já começou, esperamos que até lá não morra de curiosidade. (…)”

Ler mais! http://observador.pt/2015/11/19/john-malkovich-e-o-filme-que-voce-nunca-vera/

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No “Pergaminho” desta semana…

O que torna os professores fortes

“A formação em serviço tem passado quase sempre ao lado das reais necessidades dos professores e das reais necessidades das escolas. António Sampaio da Nóvoa publicou em 1987 um ensaio notável e seminal sobre “O tempo dos professores” (Le temps des professeurs: analyse socio-historique de la profession enseignante au Portugal (sec. XVIII – XX). Trata-se de um livro de leitura indispensável que, além de traçar a evolução da profissão docente ao longo de 300 anos, mostra como os professores surgiram e como à custa de longos e penosos processos se puderam afirmar como uma classe profissional indispensável ao(s) desenvolvimento(s) humano(s). Mesmo recentemente não deixaram de aparecer duvidas sobre o carácter imprescindível da profissão de professor. Lembro, por exemplo, que quando surgiram as primeiras e desastradas experiências de introdução das Tecnologias Digitais na Educação, havia teóricos que profetizavam o desaparecimento a curto prazo dos professores porque seriam substituídos (e segundo eles com vantagem) pelos computadores. Dizia-se para anunciar o “admirável mundo novo” dos computadores na Educação que eles eram mais pacientes que os humanos (aqui havia uma incompreensível confusão entre ser paciente e ser repetitivo…), os computadores eram mais disponíveis, mais versáteis, etc. O certo que cedo se verificou que todas estas vantagens eram inúteis se não existisse um professor que contextualizasse as aprendizagens, que explicasse as suas dificuldades e implicações, um professor, enfim, que falasse humanamente com os alunos. Assistimos ainda hoje a outras tentativas e subalternizar o papel dos professores. Darei outro exemplo: há países em que as entidades responsáveis pela Educação compram a empresas privadas o currículo, os materiais, os livros e mesmo a supervisão do processo educativo. Este “franchising” educacional leva a que o professor se converta num mero “entregador” do currículo, tendo somente seguir e cumprir rigorosa e atempadamente os planos que a empresa fez para ele. Tem-se chamado a este modelo de “currículo à prova de professor”. Segundo o modelo planeado, o modelo só pode não funcionar se o professor não cumprir obedientemente os ritmos, os conteúdos planeados e não usar os materiais que lhe são fornecidos. Muito mais exemplos poderiam ser dados de tentativas (felizmente mal sucedidas) de substituir o professor, de acabar este “Tempo dos Professores” com lhe chamou Sampaio da Nóvoa. O facto destes exemplos caricaturais terem sido desmontados não deve esmorecer a nossa vontade de encontrar respostas para a questão de “Como se pode reforçar e valorizar o trabalho dos professores?” Os últimos anos de governação em Portugal foram um verdadeiro laboratório sobre como retirar relevo e autonomia aos professores. Muitos aspectos se poderiam evocar mas referir-nos-emos a três que nos parecem mais importantes: Os professores tornam-se mais fortes quando se reforça a autonomia e a possibilidade de gerirem o seu trabalho pedagógico. Isto quer dizer que currículos extraordinariamente extensos e complexos vão “engessar” o professor e retirar-lhe tempo e disponibilidade para usar com os alunos outros métodos que não sejam os estritamente transmissivos. Com currículos destes escasseia tempo para que os alunos aprendam a resolver questões em grupo, para apoiar os alunos que “descolem” da “velocidade de cruzeiro” a que são transmitidos os currículos e não permite qualquer veleidade de interdisciplinaridade ou mesmo de aplicação a contextos reais. A tão criticada opção governamental de reforçar os exames faz parte deste problema: as escolas usam a desculpa dos exames para justificarem práticas ainda mais tradicionais e conservadoras no seu trabalho pedagógico. Em segundo lugar não se desenvolveram modelos que incentivem, encorajem e recompensem o trabalho cooperativo dos professores. Sabe-se hoje que um professor que trabalhe sozinho tem uma enorme probabilidade de ser incompetente dado que os problemas que se lhe deparam são de tal complexidade que só em colaboração com outros docentes e mesmo outros técnicos é possível encontrar respostas adequadas. A organização da escola, a avaliação dos professores, o modelo de resolução de problemas na escola passa sempre por um professor solitário, e único responsável por assuntos em que na verdade ele não é capaz de resolver sozinho.”

Ler em… http://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-que-torna-os-professores-fortes-1714925

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Ao Virar da Página…

Li-Fi. Um sistema que dá luz e net ultra-rápida

“Este sistema junta iluminação e internet com velocidades até 224 Gbps. Começou agora a ser testado fora do laboratório e promete revolucionar as comunicações do futuro. Já conhece o Li-Fi? Em 2011, Harald Haas, professor da Universidade de Edimburgo, inventava uma tecnologia capaz de revolucionar as comunicações do futuro. Uma tecnologia que não é mais do que luz. Sim, luz. Lâmpadas LED inteligentes que prometem substituir os nossos routers de acesso à internet dentro de algumas décadas. Alguma vez ouviu falar de Li-Fi? Não? Nós explicamos. O Li-Fi resulta da junção dos termos light e fidelity e, em traços gerais, assenta na premissa de que um LED intermitente é capaz de transmitir mais informação do que uma torre de telemóveis — algo que Harald Haas conseguiu demonstrar. Recorda-se de como funciona o código morse? Pois, o conceito é semelhante. Mas muito, muito mais evoluído. Isto só é possível graças às características das lâmpadas LED, capazes de piscar a velocidades impercetíveis ao ser humano. De acordo com o ScienceAlert, estamos a falar de velocidades que, em teoria, podem ir até aos 224 Gbps (gigabits por segundo). O sistema começou agora a ser testado em contexto comercial numa startup da Estónia. O resultado: velocidades até um gigabyte por segundo, ou seja, cerca de cem vezes mais rápidas do que o atual sistema de Wi-Fi. (…)”

Ler mais! http://observador.pt/2015/11/24/li-fi-um-sistema-da-luz-net-ultra-rapida/

A Teoria da Relatividade de Einstein aplicada no dia a dia

“Há 100 anos a teoria da relatividade de Einstein revolucionou a ciência e mudou as bases da física. Mas também explica o GPS, as televisões, a energia nuclear e muito mais coisas do quotidiano. Atualmente qualquer smartphone tem um navegador GPS, mas é a Teoria da Relatividade que pode explicar o seu funcionamento. A localização do nosso GPS é calculada segundo o tempo de resposta entre os satélites que orbitam a terra e os nossos dispositivos. Se o GPS não tivesse em conta a relatividade do tempo, devido à velocidade dos satélites e à distância a que o campo gravitacional está da Terra, os relógios atómicos incorporados no GPS deixavam de estar calibrados, podendo acumular vários erros sem que conseguíssemos chegar ao destino certo. A man uses a GPS app on a smartphone during a Google promotion event at the City of Fashion and Design (Cite de la mode et du design) in Paris on November 4, 2014. AFP PHOTO / THOMAS SAMSON (Photo credit should read THOMAS SAMSON/AFP/Getty Images) Créditos: THOMAS SAMSON/AFP/Getty Images) As televisões velhas As televisões mais antigas utilizavam CRTS, pequenos aceleradores de partículas que faziam com que os eletrões fossem disparados em alta velocidade, na parte de trás do monitor. Caso a Teoria da Relatividade não fosse levada em conta, os eletrões não conseguiriam projetar os píxeis nas posições corretas. POMPANO BEACH, FL - JUNE 05: Tommy Bass places an analog television set into the discard bin after receiving it at the Broward County Waste & Recycling Services Solid Waste center on June 5, 2009 in Pompano Beach, Florida. As America switches to a digital signal on June 12th many are throwing out their old television sets. The switch to the digital television signal makes old analog televisions obsolete unless a converter box has been purchased. For the last 70 plus years people have watched television on analog. (Photo by Joe Raedle/Getty Images) Créditos: JOE RAEDLE/Getty Images O magnetismo O especialista explica: “Qualquer coisa que tenha a ver com os campos magnéticos é explicada por um efeito relativista. Estes campos foram já descritos antes, mas depois percebeu-se que é a Relatividade que explica o magnetismo na realidade “. Não é preciso ir longe, basta olhar para o seu frigorífico carregado de ímanes. Magnets of food products are seen in the American Enterprise Exhibition at the Smithsonian's American History Museum June 11, 2015 in Washington, DC. The Smithsonian previewed its new exhibition on American enterprise. AFP PHOTO/BRENDAN SMIALOWSKI (Photo credit should read BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/Getty Images) Créditos: BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/Getty Images) Ouro à prova do tempo José Luis Fernández Barbón esclareceu ainda que o ouro é praticamente “à prova do tempo”, do desgaste e da oxidação, por causa das propriedades dos seus átomos pesados, presentes também no mercúrio, cujos eletrões estão muito próximos do núcleo e se movem muito rápido. Por isso já sabe, a Teoria da Relatividade também explica o porquê do seu ouro permanecer intacto. Indian shoppers try on gold jewellery at a jewellery store on Dhanteras in Amritsar on October 21, 2014. Dhanteras, which happens two days before the Hindu festival Diwali, is seen as an auspicious day to make purchases. AFP PHOTO/NARINDER NANU (Photo credit should read NARINDER NANU/AFP/Getty Images) Créditos: NARINDER NANU/AFP/Getty Images (…)”

Ler mais! http://observador.pt/2015/11/25/serve-teoria-da-relatividade-einstein/

Por aqui me fico… e claro, com o desejo de… boas leituras! Até ao próximo click!
publicado por Musikes às 10:21 link do post
22 de Novembro de 2015

“GOTINHAS… CULTURAIS…”

“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa

No “Gotinhas” desta semana, estas e outras novas que passaram.

A não perder! Aqui algumas sugestões culturais a lá dar um salto. ;)

A Chave do Clube Secreto - divulga!

A Aplaudir Produções e Agenciamento e o Centro Multimeios de Espinho, apresentam neste Natal “A Chave do Clube Secreto”. Um musical original que promete apaixonar miúdos e graúdos, rebeldes e bem comportados, aventureiros e sonhadores, numa viagem repleta de segredos, boa disposição e muito espírito de Natal. O espetáculo tem a sua estreia agendada para o dia 21 de Novembro (Sábado) e estará em cena no Grande Auditório / Sala António Gaio do Centro Multimeios de Espinho durante 2 semanas, onde contará com sessões especiais para o público escolar (terça a sexta-feira) e 3 sessões para público geral (sábado).

Horários:

Sessões reservadas para o público escolar (terça a sexta-feira) 24 a 27 de Novembro / 1 a 4 d... Ver mais

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Porto/Post/Doc e a idade da juventude

“Foi hoje (18/11/2015) apresentada a programação para a segunda edição do Porto/Post/Doc - Festival Internacional de Documentário e Cinema do Real do Porto -, que decorrerá entre 1 e 8 de dezembro, no Teatro Municipal Rivoli, no Cinema Passos Manuel e no espaço Maus Hábitos. São cerca de 70 filmes que mostram o melhor do cinema documental contemporâneo do último ano, onde se destacam a juventude e a cultura pop. Este ano o certame é dedicado ao tema "Teenage", uma das novidades apresentadas nesta edição, onde se englobam filmes que debatem e pesquisam a identidade instável mas criativa entre a infância e a vida adulta. Paralelamente destaca-se, também, a seção de competição internacional, onde filmes vindos de todo o mundo espelham a diversidade de abordagens do documentário contemporâneo e a sua contaminação pela ficção, assim como, as demais categorias e seções que vão desde filmes com especial ligação com a música a um olhar sobre o novíssimo cinema português e o que se faz do outro lado da Ibéria, de cartas brancas e homenagem a cineastas, até filmes sobre a nossa vida real feitos por estudantes do ensino artístico da cidade. Igualmente, e para pensar o documentário, volta a realizar-se o "Fórum do Real" que, durante dois dias, discutirá sobre "Documentar o Imaginário" e contará com a presença de diversos oradores. (…)”

Ler mais! http://www.porto.pt/noticias/portopostdoc-e-a-idade-da-juventude-

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Porto Cultura

Música para os meus Ouvidos – Cultura em Expansão em Aldoar – Entrada livre

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Abertura de exposição de arte contemporânea

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Mais de 30 mil livros no Rosa Mota

“A Porto Book Stock Fair está de regresso, com descontos que podem chegar aos 80 por cento. De 20 de novembro a 6 de dezembro, a editora Calendário de Letras volta a apresentar no Pavilhão Rosa Mota a sua grande feira de livros em stock, com o apoio da Câmara do Porto. É uma oportunidade única para o público adquirir livros, a maioria já desaparecidos das livrarias, com grandes descontos. (…)”

Ler mais! http://www.porto.pt/noticias/mais-de-30-mil-livros-no-pavilhao-rosa-mota_2

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Bora lá ao noticiário cultural que marcou estes últimos dias. Aqui e no Mundo… o seu e sempre “Gotinhas… Culturais…”

2016 é o ano da maior mostra de música russa em Portugal

“O Ano Rússia leva mais de três dezenas de concertos àquela sala de espetáculos do Porto. Compositores Prokofieff e Rachmaninoff em destaque Será a "maior mostra de música russa jamais levada a cabo em Portugal", anuncia o diretor artístico e de educação da Casa da Música (CdM), António Jorge Pacheco, no catálogo da programação de 2016, o Ano Rússia naquela casa de espetáculos do Porto. Mãe Rússia abrirá oficialmente o ano a 15 de janeiro com a Orquestra Sinfónica Casa da Música a interpretar a Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky, com direção musical de Baldur Brönnimann. Esse será o primeiro de mais de três dezenas de concertos que envolvem os quatro Agrupamentos Residentes da Casa Música, o Serviço Educativo e vários músicos convidados. Um dos destaques do Ano Rússia, com uma programação que homenageia o musicólogo e melómano Manuel Dias da Fonseca, que morreu em agosto último, são as integrais, quer das Sinfonias de Sergei Prokofieff, como dos quatro Concertos para piano e orquestra de Sergei Rachmaninoff. Obras que serão interpretadas ao longo de um ano por onde, em novembro, também passarão composições de Mussorgsky, Borodin e Rimski-Korsakov, interpretadas pela Orquestra Sinfónica. (…)”

Ler mais! http://www.dn.pt/artes/interior/2016-e-o-ano-da-maior-mostra-de-musica-russa-em-portugal-4891483.html

Apostamos que já não se lembra destas músicas.

“Como diriam os Taxi, a maioria dos sucessos pop são como uma chiclete: provamos, mastigamos e deitamos fora. Nós fomos ao caixote buscar êxitos esquecidos. Temos aqui Dina, Da Vinci, Ban e muito mais. Veja nesta fotogaleria algumas das músicas que caíram no esquecimento http://observador.pt/2015/11/13/apostamos-que-ja-nao-se-lembra-destas-musicas/#

Lembra-se de “Patchouly”, dos Grupo de Baile? De “Amor”, dos Heróis do Mar? De “Robot”, dos Salada de Frutas? Claro que sim. São músicas que marcaram o seu tempo e que, por serem as que tiveram maior sucesso, acabaram por ser recordadas até hoje. Mas, fora deste repetitivo circuito da nostalgia, escaparam muitas canções deliciosas. Todas as músicas deste artigo estiveram, por momentos, na boca e ouvidos dos portugueses — mas acabaram por cair no esquecimento. Nós fomos recuperá-las. Não têm nada que agradecer. De qualquer maneira, continuam tão encantadoras como no momento em que as escutámos pela primeira vez na rádio. (…)”

Ler mais! http://observador.pt/2015/11/13/apostamos-que-ja-nao-se-lembra-destas-musicas/

“A juventude não se tem. A juventude conquista-se”

“Foi um dos fundadores dos 'poetas do café Gelo' nos anos 50, nos anos 60 andou pela movida londrina e nos anos 70 esteve em dois governos. Helder Macedo conta toda a sua vida a Joana Emídio Marques. É assim uma espécie de último dos moicanos. Um homem de uma estirpe em vias de extinção: culto, cosmopolita, elegante, sedutor, audacioso — e implacável até ao osso. A maioria dos mortais não passaria no seu teste, mas aqueles que conquistam a sua admiração têm nele um cúmplice para qualquer guerra. Com a morte de Herberto Helder, em Março, já só resta ele e António Barahona dessa geração de poetas e artistas que se formaram a si mesmos como um exército de resistência contra a mediocridade, o facilitismo e a “cultura suburbana” do establishment. Não lhe peçam para ler ficção poética e melopeica, não o chamem de “professor”, não digam que é surrealista, nem digam uma palavra “bem-educada” quando podem dizer um palavrão. Detesta pessoas feias e burras e diz que as pessoas burras são geralmente feias. “A falta de inteligência é uma coisa que se nota”, afiança. Sobretudo, não se aproximem dele para saber coisas sobre os seus amigos famosos como Sylvia Plath, Doris Lessing ou Herberto Helder, aí ele pode tornar-se potencialmente perigoso. (…)

Ler mais! http://observador.pt/especiais/helder-macedo-juventude-nao-juventude-conquista/

Tem saudades dos anos 70 e 80? Eles também

“Se recordar é viver, "Lembras-te Disto?" é um balão de oxigénio. Nas 200 páginas cheias de imagens estão referências culturais da geração que cresceu em liberdade e se beijou sob uma bola de espelhos. lembras-te-disto-editado_770x4… Da esquerda para a direita: pastilhas Pirata, a Penélope, o Sabichão e uma cassete já desfeita de tanto uso. Lembra-se disto? O fado, o sebastianismo e a palavra saudade denunciam-nos. “A nostalgia é para nós tão natural como respirar”, escrevem Pedro Marta Santos e Luís Alegre no livro Lembras-te Disto?, acabado de lançar pela Esfera dos Livros. A palavra de ordem é, portanto, relembrar como brincavam as crianças, como namoravam os adolescentes, o que comiam, viam e faziam os portugueses nos anos 70 e 80. Se ainda não era nascido e não sabe o que foi o fenómeno Penélope, como se jogava Subbuteo nem como os sábados à tarde eram propícios para dançar agarradinho e dar o primeiro beijo sob a parca luz de uma bola de espelhos, vai ficar a saber isto e muito mais. “Este livro é completamente improvável, nunca me imaginei a fazer algo sobre isto”, explica ao Observador Luís Alegre, diretor criativo de 46 anos. Tal como entre 1970 e 1989 era improvável imaginar a velocidade a que o mundo comunica hoje pela Internet, todas as músicas disponíveis sem ser preciso copiá-las em casa de um amigo melhor relacionado, bilhetes de avião por 15 euros ou até mesmo a existência dos próprios euros. Após muitas conversas sobre quem se lembra de determinada canção ou programa de televisão, e dado que Luís Alegre coleciona vários objetos de há 30 ou 40 anos, Francisco Camacho, da editora, desafiou-o, juntamente com o jornalista e argumentista Pedro Marta Santos, de 47 anos, a reunirem esta nostalgia num livro. Lembras-te Disto? não é um apelo ao lema “antigamente é que era bom”, mas sim a celebração de uma nostalgia “saudável e feliz de um tempo que foi interessante”, diz Luís Alegre. Lembras te disto2 O livro tem 198 páginas e custa 16,50 euros O livro é uma espécie de DeLorean que vai levar o leitor numa viagem até ao passado. Até ao tempo em que fazia (ou tentava fazer) o cubo de Rubik, matava a sede com Laranjina C, dançava no Griffon’s ou no Rock Rendez-Vous e perdia a virgindade no Interrail. Muitos dos objetos fotografados fazem parte da coleção de Pedro Marta Santos, que cresceu no Porto, e Luís Alegre, natural da Anadia — dos brinquedos como “O Sabichão” aos bilhetes de concertos que tinham identidade e que valiam a pena colecionar. (…)”

Ler mais! http://observador.pt/2015/11/17/saudades-dos-anos-70-e-80-este-livro-e-para-si/

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No “Pergaminho” desta semana…

Quantas maneiras há de ler o "Principezinho"?

“Há, pelo menos, mais uma. A "novíssima tradução" de Rui Santana Brito e Manuel S. Fonseca já chegou às livrarias, com uma capa preta original. Mostramos-lhe 16 ilustrações e excertos do texto. Veja aqui 16 ilustrações do livro, acompanhadas por excertos do texto http://observador.pt/2015/11/16/o-principezinho/# 17 fotos http://observador.pt/2015/11/16/o-principezinho/#

Existe uma nova edição portuguesa de O Principezinho, um dos livros mais amados, vendidos e traduzidos em todo o Mundo. A história da viagem iniciática de um menino através do Universo — que acaba por regressar a casa, para aquilo que ama e conhece — deu aos leitores frases e ilustrações que têm tanto de poético como de simbólico (e que pode relembrar na fotogaleria acima). “A história releva a importância das coisas simples da vida: o Principezinho só encontra desilusão nos outros asteróides e na Terra. E volta para o seu planeta, mais pequeno, mas onde se sentia feliz. É uma parábola sobre os elementos simples e ternurentos da vida“, assim resume a história ao Observador um dos tradutores, Rui Santana Brito. A mais recente versão da obra tem a particularidade de ter a capa preta, onde sobressai a “dimensão galáctica da história, do périplo do Principezinho, desde o asteróide B 612 até cair na Terra, através das estrelas — que saltam à vista logo na capa,” explica Manuel S. Fonseca, editor da Guerra e Paz, que também participou na tradução. O Principezinho já foi traduzido em mais de 270 línguas e dialetos (incluindo Braille e mirandês) e vendeu mais de 145 milhões de exemplares em todo o mundo, refere a Le Nouvel Observateur. Em 1999, o jornal Le Monde publicou uma lista dos cem livros mais importantes do século XX e o Le Petit Prince (o título original em francês) ficou em quarto lugar, revela o site SensCritique. National_Museum_of_Ethnology,_Osaka_-_Collection_of_-Le_Petit_Prince-_in_many_languages Colecção de exemplares de O Principezinho em várias línguas, do Museu Nacional de Etnologia de Osaka, no Japão. Créditos: Yanajin33 via Wikimedia Commons É também o livro mais vendido de sempre pela editora francesa Gallimard. A primeira publicação foi em inglês e francês em 1943 pela Reynal & Hitchcock, em Nova Iorque, onde o escritor e aviador francês se exilou quando a França estava ocupada pelos nazis. Em Portugal, existem várias edições e cerca de sete outras traduções. Para Manuel S. Fonseca, a vontade de empreender uma nova versão e edição do livro de Antoine de Saint-Exupéry, partiu da sua paixão pela obra enquanto leitor e também por considerar que podia acrescentar algo ao texto do autor. “Cada um de nós acha que tem em si uma componente de ternura, simplicidade, inocência, que pode dar a uma nova versão”, diz Fonseca. Para além disso, era também importante que as histórias que estão na génese do livro se repercutissem na tradução. Duas histórias que Manuel S. Fonseca partilhou com o Observador. “ Numa viagem de Saigão para Paris quando pilotava o seu avião, teve que aterrar no deserto da Líbia. E essa aterragem forçada coincidiu com a passagem de uma caravana de nómadas berberes. O Saint-Exupéry e o seu avião, caídos do céu, devem ter sido uma aparição do outro mundo para essas pessoas. Foi aí que nasceu a ideia para a história do Principezinho. Para além deste episódio, que terá motivado o aviador a escrever a história, o editor contou também outra, menos conhecida, que terá inspirado o personagem principal. Nos anos 30, Antoine de Saint-Exupéry viajou até à União Soviética de comboio. Imagine-se a dureza de uma viagem de comboio naquela época. Foi nessa viagem e nesse comboio que encontrou um casal com um filho com aqueles cabelos de ouro, muito parecido com a descrição do Principezinho. O filho de dois operários soviéticos… Um casal que tinha uma criança “com todo o futuro do mundo estampado na cara”. A história do menino que cai do céu no deserto, “é um livro belíssimo e fiz a tradução em bicos de pés“, diz Rui Santana Brito. Mas confessa ter ficado “um bocadinho tolhido” pelo peso do texto. “Além de que há mais do que uma tradução em português. E uma delas muito boa, a da Joana Morais Varela. E pensei: o que posso eu fazer a este texto?” A singeleza da narrativa contrasta com a riqueza vocabular da linguagem e a resposta a esta pergunta não é evidente. A tradução a quatro mãos demorou cerca de um mês e meio, em três momentos. No primeiro, Rui Santana Brito traduziu o texto. Depois, foi a vez de Manuel S. Fonseca, que também o editou. E, no terceiro, os dois cotejaram o texto e plasmaram a versão final. “Não queria desrespeitar o texto ou ser atrevido demais”, refere Rui Santana Brito. E esse desejo de contenção e cuidado, “com muito respeito pelo texto original”, provocou alguns momentos de dúvida. O tradutor lembrou ao Observador dois vocábulos que foram motivo de hesitação — “palavras consagradas nas outras traduções e que tentei mudar”. Um deles foi embondeiro, “baobabs“, em francês. “Pensei em mudar para outro mais correto botanicamente, baobá, mas desisti.” O outro foi o verbo “apprivoiser”. O verbo tem vários significados possíveis, como seduzir, domesticar, prender, domar ou tomar conta. Foi vertido para português nas traduções anteriores como “cativar”, opção que Rui Santana Brito também adotou. Para o tradutor, esta palavra é “única porque encerra em si mesma, o significado do livro: o amor só acontece a quem é cativado. O livro entrou no domínio público este ano, mas Manuel S. Fonseca não considera que isso venha a ter impacto comercial: “Não vai diminuir as suas vendas, porque é um livro que atravessa gerações e que tem uma mensagem que agrada a todos, através de diferentes países e culturas”. É um dos raros livros que é infantil, a leitura enternece, é um conto de fadas, com a rosa, a raposa… Mas ao mesmo tempo é um livro também para adultos, que fala sobre a solidão, a procura de afetos. É uma lição sentimental, que ensina a cativar e a ser cativado. É um livro que reúne de forma simples e singela as duas coisas em simultâneo. Para Rui Santana Brito, O Principezinho é “um livro muito mais para adultos do que para crianças”. A ligação mais importante da história (para lá do vínculo do menino com a rosa e com a raposa) é a do Principezinho ao aviador, diz o tradutor, relação que se reflete na capa preta. “Foi uma opção do editor, com a qual concordei completamente. As outras edições são de capa azul claro ou branco. As outras capas são um pouco, como dizer… ‘delicodoces’. Esta capa faz jus ao contraste forte entre as duas personagens principais: o Principezinho e o aviador”.”

Ler em… http://observador.pt/2015/11/16/o-principezinho/

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Ao virar da página…

A palavra do ano não é uma palavra, é um emoji

“Os dicionários Oxford elegeram como palavra de 2015 o emoji "lágrimas de alegria". "Pela primeira vez, a palavra do ano dos dicionários Oxford é pictográfica: oficialmente, é um emoji que se chama "cara com lágrimas de alegria", explicou na segunda-feira a empresa britânica, acrescentando que, não sendo a única expressão capaz de representar 2015, é aquela que melhor reflete o "espírito, disposição e as preocupações de 2015". Todos os anos a editora, que pertence à Universidade de Oxford, no Reino Unido, escolhe a palavra que melhor representa os sentimentos ou as preocupações do ano e que, de acordo com o júri, será também uma palavra com "potencial duradouro" e "significado cultural". Para justificar a decisão deste ano, a Oxford Dictionaries acrescenta que utilização dos emojis, nascidos no final da década de 90 no Japão, explodiu em 2015. (…)”

Ler mais! http://www.dn.pt/artes/interior/a-palavra-do-ano-nao-e-uma-palavra-e-um-emoji-4890452.html

Luzes de Natal do Porto ligadas no dia 27

“As luzes de Natal vão ser ligadas no próximo dia 27 (sexta-feira) em mais de 40 ruas do Porto. A Avenida dos Aliados vai ter uma pista de gelo, a rotunda da Boavista terá duas, e junto à Câmara estará uma árvore de Natal com 26 metros de altura. O espírito festivo vai invadir a cidade. (…)”

Ler mais! http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=4892560

PORTanima Junior na Casa das Artes

“No âmbito das comemorações dos 20 anos do programa educativo "Porto de Crianças", a Câmara do Porto promove o "PORTanima Junior 2015" - Festival Nacional de Cinema de Animação para Escolas, que se realiza na Casa das Artes, de 3 a 5 de dezembro. Integrado no festival, foi organizada a Competição Nacional de Cinema de Animação de Escolas, dirigida aos alunos das escolas do ensino básico do 1º, 2º e 3º ciclos e das escolas do ensino secundário regular, vocacional e profissional. Registaram-se 43 filmes candidatos ao concurso, de todo o país, divididos pelas quatro secções competitivas existentes: 1º ciclo - três filmes; 2º ciclo regular e vocacional - oito filmes; 3º ciclo regular e vocacional - nove filmes; Secundário regular, vocacional e profissional - 23 filmes. (…)”

Ler mais! http://www.porto.pt/noticias/portanima-junior-2015-na-casa-das-artes

Por aqui me fico… e claro, com o desejo de… boas leituras! Até ao próximo click!
publicado por Musikes às 20:17 link do post
16 de Novembro de 2015

“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa

No “Gotinhas” desta semana, estas e outras novas que passaram.

A não perder! Aqui algumas sugestões culturais a lá dar um salto. ;)

Teatro Municipal do Porto

TEATRO QUI 19 & SEX 20 NOV ⁄ 22H00 SÁB 21 ⁄ 19H00 • DOM 22 NOV ⁄ 17H00 ESCUTO SUBCUTÂNEO • TEATRO ANÉMICO AUDITÓRIO ISABEL ALVES COSTA TM RIVOLI • 5,00 EUR • M/12

"Escuto" parte de "Riverside Drive", uma divertida comédia de Woody Allen que nos transporta ao interior de uma dupla intriga, em que a traição e o sucesso são elementos preponderantes numa conversa aparentemente espontânea entre um escritor de sucesso (Jim) e um sem-abrigo delirante e paranóico (Fred). Fotografia © Tiago Daniel Oliveira

7570c69a692484c9b4481b306-d0aa… LITERATURA QUI 19 NOV ⁄ 22H00 QUINTAS DE LEITURA -A POESIA PERDEU UM COTOVELO NA GUERRA [14º ANIVERSÁRIO] AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE • 7,50 EUR • M/12

Sessão comemorativa dos 14 anos das Quintas de Leitura, com muita poesia, música (Retimbrar e Manel Cruz) e um momento de novo circo (Jorge Lix e Vasco Gomes). Poesia dita por Isaque Ferreira, Paulo Campos dos Reis e João Paulo Costa, entre outros, para recordar poemas emblemáticos de alguns dos autores que passaram por este ciclo poético.

7570c69a692484c9b4481b306-d0aa… TEATRO SEX 20 & SÁB 21 NOV ⁄ 21H30 AS CONFISSÕES VERDADEIRAS DE UM TERRORISTA ALBINO ROGÉRIO DE CARVALHO • TEATRO GRIOT PALCO DO GRANDE AUDITÓRIO MANOEL DE OLIVEIRA TM RIVOLI • 7,50 EUR • M⁄16

Breyten Breytenbach escreve sobre as suas memórias do cárcere. É a excruciante narrativa da sua viagem através da máquina infernal do sistema prisional sul-africano, com todo o seu cortejo de horrores, histórias inacreditáveis, figuras humanas.

7570c69a692484c9b4481b306-d0aa… PERFORMANCE SÁB 21 NOV ⁄ 16H00 PERFORMANCE... AGAIN! #3 EXERCÍCIO MÍNIMO: GESTOS E FORMAS ELEMENTARES CURADORIA DE VERA MOTA TM RIVOLI • 5,00 EUR • M/12

O terceiro momento do programa PERFORMANCE...AGAIN! propõe um olhar sobre a relação entre performances e princípios minimalistas. Com vídeos de Bruce Nauman e Mauro Cerqueira. Performances de Susana Mendes Silva e Gustavo Sumpta, seguidas de conversa com moderação de Vera Mota.

7570c69a692484c9b4481b306-d0aa… TEATRO MUSICAL QUI 26, SEX 27 & SÁB 28 NOV ⁄ 21H30 DOM 29 NOV ⁄ 17H00 O ANIMADOR ESTREIA ⁄ COPRODUÇÃO TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO (TEP) AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE • 7,50 EUR • M/12

Em "O Animador", John Osborne ensaia uma crítica a Inglaterra - que considerava caduca e hipócrita - falando da decadência do teatro musical e, em particular, da família Rice, uma família de artistas de variedades liderada pelo extravagante "animador" Archie Rice.

7570c69a692484c9b4481b306-d0aa… DANÇA SEX 27 & SÁB 28 NOV ⁄ 21H30 NOITE ESTREIA ⁄ COPRODUÇÃO ANDRÉ BRAGA & CLÁUDIA FIGUEIREDO CIRCOLANDO PALCO DO GRANDE AUDITÓRIO MANOEL DE OLIVEIRA TM RIVOLI • 7,50 EUR • M/12

Na linha dos projetos mais intimistas, que levam à reflexão sobre a linguagem utilizada nos seus espetáculos, a companhia Circolando apresenta "Noite", em estreia. "O espetáculo centra-se num trio de homens e a obra poética de Al Berto foi o início da nossa viagem por diferentes noites." - André Braga & Cláudia Figueiredo

7570c69a692484c9b4481b306-d0aa… DANÇA SEX 4 ⁄ 21H30 THE DOG DAYS ARE OVER [ESTREIA NACIONAL] JAN MARTENS (BE ⁄ NL) GRANDE AUDITÓRIO MANOEL DE OLIVEIRA TM RIVOLI • 10,00 EUR • M/12

"Peça a alguém para saltar e verá a sua verdadeira face", disse, um dia, o fotógrafo americano Philippe Halsman. Qual é, afinal, a verdadeira face da dança nestes tempos de incerteza? O que não gostaríamos de mostrar e o que gostaríamos de ver? "The Dog Days Are Over", espetáculo em estreia nacional, mostra oito bailarinos num ato físico contínuo: saltar.

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Contactos Teatro Municipal Rivoli Praça D. João I, 4000-295 Porto +351 22 339 22 00

Teatro Municipal Campo ALegre Rua das Estrelas, 4150-762 Porto + 351 22 606 30 00

geral.tmp@cm-porto.pt

Ler em… http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmkt.cm-porto.pt%2Fv%2F1ve5pLZeCP3ef12ff3a-49&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE6xvM1LfQ2VHa53HhK7fRBOhG95Q

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casaporto 2015CASAPORTO

É uma exposição desenvolvida num espaço de reconhecido valor histórico/arquitectónico onde poderemos conhecer as últimas criações dedicadas à arte de viver – arquitectura, design, artes decorativas, antiguidades, arte contemporânea… – enquanto visitam as salas, os quartos, o jardim e outros espaços de um “concept hotel” que abre anualmente as portas aos seus convidados. O CASAPORTO 2015 decorre de 14 a 29 de novembro, no n.º 18 da Rua Nova da Alfândega, entre as 12h30 e as 22h30, e tem entrada livre! Para além da exposição propriamente dita, encontram-se abertos ao público espaços de restaurante, coffee lounge e wine bar. Estes espaços são individualmente desenvolvidos por arquitectos/designers/marcas convidados, representativos da melhor capacidade criativa nesta área no âmbito de um ambiente global que proporciona ao visitante uma experiência envolvente. casaporto2014 CASAPORTO 2015 Rua Nova da Alfândega, 18 14 a 29 de novembro Todos os dias das 12h30 às 22h30 Entrada livre +info: www.casaporto.net

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VIII Encontro de Bibliotecas de Famalicão

O VIII Encontro do Grupo de Trabalho das Bibliotecas de Famalicão (GTBF), subordinado à temática Fazer leitores: crescer com a biblioteca, a decorrer nos dias 4 e 5 de dezembro de 2015 na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, visa constituir-se como um espaço de reflexão, partilha e debate sobre a forma de fazer leitores. Mais informações em http://bibliotecasdefamalicao.blogspot.pt/ Inscrições em http://www.cfaevnf.pt/15-021/

Ler mais! http://www.dgeste.mec.pt/index.php/2015/11/viii-encontro-de-bibliotecas-de-famalicao/

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Biblioteca Almeida Garrett

Inauguração da Exposição "À Margem do Tempo. Recordando Sampaio Bruno (1857-1915)"

Ler mais! url q=http%3A%2F%2Fbiblio.cm-p…

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Casa da Música – Porto

Danças Sinfónicas (19€) Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música - [27/11/2015 - sexta-feira | 21:30 | Sala Suggia] - Clássica - Agrupamentos residentes As sensuais danças e canções que Bizet compôs para Carmen fizeram desta ópera uma das obras mais populares de todo o repertório e que em muito contribuiu para a construção de um imaginário musical associado ao exotismo ibérico. Curiosamente, é o som das castanholas que caracteriza a sonoridade típica do Fandango de Freitas Branco na sua tão conhecida Suite Alentejana. Obra de uma magnitude avassaladora, a 5ª Sinfonia de Braga Santos é um marco da modernidade portuguesa e presta homenagem à música dos marimbeiros moçambicanos com fabulosos ritmos de dança.

Ler mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2015/11/27-novembro-2015-orquestra-sinfonica-do-porto-casa-da-musica/39395?lang=pt

assinaturas_2016_casa_da_musica

Sinfónica Série Clássica Sinfónica Fora de Série Sinfónica Temporada Remix Ensemble Coro Barroca Ciclo Descobertas Ciclo Piano Fundação EDP Ciclo Jazz Integral das Sinfonias de Prokofieff Integral dos Concertos para piano de Rachmaninoff Maravilhas da Música Russa Terças Fim de tarde

Ler mais! www.casadamusica.com Bilheteiras Casa da Música Linha Cartão Amigo – 220 120 229

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Após os aperitivos culturais… Bora lá às novidades culturais! 

A vida e obra de Paulo Cunha e Silva em destaque na comunicação social

“Desde o momento que se soube da sua partida, que a comunicação social portuguesa foi inundada com comentários e homenagens a Paulo Cunha e Silva, caraterizado, por várias personalidades dos mais diferentes quadrantes da sociedade, como inovador, criativo e contemporâneo, entre muitos outros adjetivos. Uma das mais marcantes figuras da Cultura, responsável pela dinamização, sem precedentes, do Porto partiu, deixando à sua "feli(z) cidade" a obra de uma vida, para agora preservar e dar continuidade. Ontem, o Jornal 2 da RTP 2 realizou uma edição especial de homenagem a Paulo Cunha e Silva, que contou com a presença de várias figuras da cultura portuguesa, como foi o caso de Gabriela Canavilhas, ex-Ministra da Cultura, Tiago Guedes, diretor Artístico do Teatro Municipal Rivoli, e Odete Patrício, da Fundação Serralves. Para Gabriela Canavilhas, Paulo Cunha e Silva conseguiu "a reconciliação do Porto com a cultura" e deixa como herança futura o "cimento que é a solidificação das pessoas com a política cultural da cidade". Tiago Guedes descreve Paulo Cunha e Silva como "apaixonado" pelo seu trabalho, sempre dedicado a 100%, com energia, "um verdadeiro independente" para quem "a solução estava nas ideias e na proatividade", um homem que defendia que era preciso acreditar em nós mesmos (…)”. (…)”

Ler mais! http://www.porto.pt/noticias/a-vida-e-obra-de-paulo-cunha-e-silva-em-destaque-na-comunicacao-social

De Gabo para Saramago

“José Saramago (1922-2010) faria hoje 93 anos. Para o celebrar, estão programadas várias actividades da iniciativa Dias do Desassossego, na Fundação José Saramago, em Lisboa, com entrada livre, incluindo a apresentação da Declaração dos Deveres Humanos, ideia criada e partilhada pelo escritor português no seu discurso de agradecimento do Prémio Nobel da Literatura, na cerimónia de 10 de Dezembro de 1998, em Estocolmo. O escritor, nascido na aldeia de Azinhaga, soube que lhe fora atribuído o Prémio Nobel, o único dado à língua portuguesa, a 8 de Outubro de 1998. Nesse dia, o autor de Ensaio sobre a Cegueira recebeu muitas congratulações. Uma delas foi de outro Prémio Nobel, o escritor colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), conhecido por Gabo entre os amigos. A mensagem de felicitações, dactilografada em espanhol e assinada por García Márquez à mão, foi arquivada pelo próprio autor. (…)”

Ler mais! http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/as-felicitacoes-de-gabo-para-saramago-1714487

Se quer ser mais feliz e ter menos stress, deixe o Facebook

“Um estudo dinamarquês concluiu que 55% das pessoas com conta no Facebook têm uma maior tendência para se sentirem stressadas do que as que não usam a rede social. O trabalho, que teve como objectivo analisar de que forma o Facebook afecta o bem-estar, determinou ainda que a esmagadora maioria das pessoas que acedem às suas páginas o fazem como uma rotina diária mas que os que ficam sem clicar no feed de notícias são mais felizes. No âmbito do estudo do Instituto de Pesquisa de Felicidade dinamarquês foi analisado o comportamento de 1095 pessoas, com idades entre os 16 e 76 anos, que depois foram divididas em dois grupos de quase 550 pessoas: o de controlo e o de tratamento. Enquanto ao primeiro foi permitido o uso do Facebook durante uma semana, ao segundo foi pedido que não entrassem na sua conta durante uma semana. Após os sete dias da experiência, foi pedido a todos que voltassem a avaliar as suas vidas com e sem Facebook, e as respostas mostraram-se mais significativas do lado do grupo de tratamento. Quando questionados sobre de que forma a sua vida era satisfatória, de 1 a 10, o grupo de controlo registou uma média de 7,67 antes da experiência e de 7,75 após. Do lado do grupo de tratamento, antes a média foi de 7,56, para passar a 8,12 após uma semana de teste. (…)”

Ler mais! http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/se-quer-ser-mais-feliz-e-ter-menos-stress-deixe-o-facebook-1714111

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No “Pergaminho” desta semana…

Bocage, alma com mundo

“Poeta rebelde e inovador que conseguiu promover a transição estética e até ideológica da tradição arcádica neo-clássica para o romantismo de que também foi símbolo inspirador com a sua paixão pela liberdade, a sua tensa relação com os poderes – o político e o religioso – e a sua ligação ao imaginário popular, Manuel Maria Barbosa du Bocage nasceu na tarde do dia 15 de Setembro de 1765, em Setúbal, filho de um bacharel e advogado e de uma senhora de origem francesa. Manuel Maria estudou latim, francês e grego, assentou praça no exército e depois foi admitido na Escola da Marinha Real. Embora tenha desertado no final do curso, foi nomeado guarda-marinha, durante o reinado de D. Maria I. Nunca foi feliz nos amores e nas andanças da vida e cedo se tornou figura de referência na Lisboa boémia e nocturna devido à certeira e inspirada qualidade dos seus versos e à forma como o seu repentismo político, social e literário o levou a entrar num anedotário que nunca lhe fez justiça e prejudicou o seu reconhecimento como homem de letras, por estar muito acima e além dele. As passagens que fez pelo Rio de Janeiro, por Moçambique e pela Índia levaram-no a tentar identificar o seu destino pessoal e literário com o do grande Luís Vaz de Camões, tema que de resto glosou poeticamente num dos seus melhores poemas. Rebelde, desalinhado, provocador e sempre ágil na provocação e na certeira resposta, foi preso pela Inquisição e nesse período de privação leu escreveu e esteve em paz, tendo traduzido poetas franceses e latinos. Aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, tendo visto a primeira edição das “Rimas” ser publicada em 1791.Por ser, segundo os acusadores, “desordenado nos costumes”, conheceu a solidão do cárcere, aproveitando esse tempo para repensar a sua vida, o seu destino e até a sua obra literária. Nestes 250 anos do seu nascimento, com um bem estruturado programa comemorativo concebido pela Câmara Municipal de Setúbal, sua cidade natal, Manuel Maria Barbosa du Bocage continua a ter páginas incertas na sua biografia, por ter sido poeta e cidadão de muitas errâncias, zangas e tormentos, desalinhado com os poderes do seu tempo e sofrendo a sina amarga da carência e do desamparo. Viveu com reconhecidas dificuldades, na companhia da irmã, no nº 25 da Travessa André Valente, no Bairro Alto, onde morreu vítima de aneurisma, no dia 21 de Dezembro de 1805, minguado de forças para sair à rua e travar os seus combates em que o verso e o dito repentista ajudavam a construir o retrato do homem em ruptura com o seu tempo e com os cânones morais e religiosos que o condicionavam. A comemoração destes dois séculos e meio de existência deveria ser um projecto nacional envolvendo as escolas e disciplinas artísticas que contribuíssem para a sua redescoberta e da sua vida e obra, na linha do que, em tempos, fizeram dramaturgos como Luzia Maria Martins com a peça “Bocage Alma Sem Mundo” e Sinde Filipe como o seu “Bocage”. Há poemas seus que devem ser musicados e mais bem conhecidos, para além dos sonetos brilhantes e obrigatórios. A sua figura, num mais favorável contexto cultural e artístico, podia dar origem a um inspirado espectáculo musical. Nunca é tarde. Cumprindo o destino de instabilidade e ruptura que tão dolorosamente marcou outras vidas e obras de escritores portugueses, Bocage nunca se esgotou no anedotário que o popularizou e diminuiu, porque, não não se sabendo se as situações ficcionadas foram ou não por ele vividas, tem-se como certo que foi literária e politicamente maior e mais profundo que as espuma dos dias e das noites em que afundou o talento e a saúde, bebendo muito mais do que devia, sempre com os amores sonhados e mitificados passando ao largo da sua vida incerta e frágil. Por ter sido um símbolo da liberdade e da diferença, da inovação e da revolta social e cultural, Manuel Maria Barbosa du Bocage, pode e deve ser assumido como um símbolo perene de um tempo que se projecta neste tempo e que mostra que os grandes autores são avessos às sínteses simplificadoras e tantas vezes mesquinhas. Morreu sem forças para criar e para se manter vivo, numa Lisboa que o admirava mas não o levava a sério, já reconciliado com o padre José Agostinho de Macedo, seu adversário acirrado durante muitos anos que, no final, o quis ajudar a preservar a dignidade e o imenso talento que o levaram a escrever “Eis Bocage, em quem luz algum talento/. Saíram dele mesmo estas verdades, num dia em que se achou mais pachorrento”.”

Ler em… http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/bocage-alma-com-mundo-1714119

Paulo Cunha e Silva por ele próprio

““Sou um alentejano acidental. Os meus pais conheceram-se em Coimbra e casaram-se por lá. Ela era professora, ele juiz. E o primeiro lugar onde foi colocado foi em Beja. Portanto, nasci no Alentejo por essa circunstância. Tinha um ano quando nos mudámos. Vivemos em Aveiro, em Portalegre e, por fim, chegámos a Braga. Tinha seis anos. Apesar de o meu pai ter vindo depois para o Tribunal da Relação do Porto e para o Supremo Tribunal de Justiça em Lisboa, ficou sempre residente em Braga. Eu vim para o Porto para estudar medicina. Mas a minha relação com a cidade era mais antiga, do tempo em que vinha visitar os meus avós, onde fiquei a viver a partir dos 18 anos. Lembro-me de ser muito miúdo, com uns 12 anos, e vir às livrarias da cidade comprar sobretudo livros de arte das colecções mais antigas. E tinha uns 14 anos quando comecei a escrever crítica e comentários no Correio do Minho — lembro-me de ter escrito sobre o Nadir Afonso e vários artistas que iam expondo na cidade. Sempre tive dois mundos dentro de mim. Era bom aluno às partes das ciências, mas também às artes e humanidades. Na verdade, era mau aluno apenas ao que exigia capacidade performativa: como desporto, dança ou desenho. Mas sempre tive uma relação grande com a arte e a história da arte. Ia muito a Lisboa, aos ciclos de música contemporânea da Gulbenkian. E também comecei a viajar muito cedo. Fiz um inter-rail com 19 anos e conheci nessa altura vários museus. Aos 26, já conhecia uns 50 países, todos os museus europeus e os principais do mundo. Porque é que, neste contexto, fui para medicina? Primeiro porque era o curso mais difícil e, sendo o melhor aluno do liceu, ir para o mais difícil fazia sentido. E depois porque o meu pai era juiz, mas gostava de ter sido médico. Achou-se, na altura, que médico acabava por ser uma profissão pouco prestigiada e que, por isso, eu iria para medicina mas faria depois o que me apetecesse. E sempre foi assim. Costumo dizer que tenho a sensação de que cheguei aos 53 anos sem nunca ter trabalhado. Porque sempre fiz o que gostava. E se não gosto saio. Portanto, se me vêem num sítio, é porque estou feliz nesse sítio. Fiz o curso tranquilamente — era conhecido por 'Paulinho dos vintes' —, mas estive ligado a outras coisas. Curiosamente, nos últimos anos do curso, quando comecei a dizer que me interessava mais a parte académica e de investigação, os meus professores achavam que se estava a perder um grande clínico. Diziam que tinha muita sensibilidade diagnóstica. Talvez por gostar de olhar para sinais diferentes e diversos e chegar a uma conclusão. E o meu pensamento tinha, de facto, essa metodologia clínica. Ainda hoje, como vereador da cultura da cidade do Porto, uso um bocadinho essa estratégia de olhar a cidade como um corpo que sofre e precisa de diagnóstico e terapêuticas. Portanto, como estudante, sempre mantive este lado cultural. Mas não no sentido pesado, porque sempre saí imenso — e nunca olhei para o conhecimento com gravidade. Costumo dizer que tenho a sensação de que cheguei aos 53 anos sem nunca ter trabalhado. Porque sempre fiz o que gostava. E se não gosto saio. Portanto, se me vêem num sítio, é porque estou feliz nesse sítio. A relação com a cultura aconteceu dessa forma natural e dupla. Por exemplo, comecei a colaborar de uma forma sistemática com a Fundação de Serralves em 1990. Tinha 28 anos e já era comissário de várias organizações. Fazia ciclos que eram olhados de forma desconfortável e que agora estão na moda porque ligam a ideia de pensamento e de performance, com pessoas de múltiplas áreas. Comecei com um que se chamava ‘O Corpo e os seus Discursos’. Era assistente do professor Nuno Grande e propus-lhe que assinalássemos o centenário do Abel Salazar com conferências e uma exposição de lâminas histológicas — que o comemorava na sua ambiguidade. 'Usei' o Abel Salazar para me escudar um bocadinho desta minha duplicidade. Ele era professor de medicina, inventou um método histológico chamado método Tano-férrico e era também um pensador, artista visual e um personagem dos sete ofícios. Costumo dizer que levei longe demais a frase dele que dizia que ‘um médico que só sabe medicina, nem medicina sabe’. Fiz muitas coisas em Serralves na década de 90, e também na Gulbenkian. E fui estando sempre ligado a vários projectos, comissariando exposições, escrevendo. No meu livro de curso uma das coisas divertidas que escreveram foi que era 'amigo de poetas e outras artistas'. Já nessa altura em que estudava e em que parava muito pelo Piolho, os meus amigos eram menos os de medicina e mais os de letras, artes e arquitectura. Depois destes anos surge o Porto 2001. Comecei com uma área muito pequenina quando a Manuela de Melo me pediu para fazer o que fazia em Serralves mas de forma mais sistemática. Respondi-lhe que podia ficar com a área do pensamento — mas às tantas era importante ficar com a área das ciências, da literatura, dos projectos interdisciplinares, das relações com Roterdão... E o pequeno programador acabou por crescer. Envolvo-me muito com as coisas. E acho que tenho a capacidade de fazer as pessoas que estão à minha volta entrarem nessas aventuras — às vezes stresso-as um bocadinho demais, mas elas entram no barco. A programação como criação é para mim fundamental. As pessoas queixavam-se muitas vezes que, quer como curador quer como programador, era alguém que sacrificava as manifestações individuais artísticas em função de um projecto artístico que era o meu. Defendia-me dizendo que criava uma narrativa a partir dos discursos dos outros, mas que se os discursos dos outros pudessem contribuir para outro, ganhavam os dois. É um bocadinho a ideia da marca Porto que tento trabalhar com o presidente da câmara. Ou seja, a cidade é um conglomerado de marcas. Mas se usar a marca Serralves, Casa da Música, vinho do Porto, barroco, património mundial, Manoel de Oliveira, Siza Vieira e escola de arquitectura, por um lado a marca Porto fica mais consistente e, por outro, enriquece as outras. Não há que ter ciúmes uns dos outros. A programação como criação é para mim fundamental. As pessoas queixavam-se muitas vezes que, quer como curador quer como programador, era alguém que sacrificava as manifestações individuais artísticas em função de um projecto artístico que era o meu. Defendia-me dizendo que criava uma narrativa a partir dos discursos dos outros Num sistema complexo, o conjunto é mais do que a soma das partes, mas as partes passam a ser mais do que aquilo que são se funcionarem autonomamente e entregues à sua solidão cósmica. Sinto dificuldade em fazer com que algumas das instituições da cidade se articulem e se abram mais. As pessoas estão um bocadinho encriptadas no seu mundo e é mais confortável viverem dentro de casa do que saírem. Tenho dito que a câmara do Porto, sob o ponto de vista cultural, não entra em competição com as outras instituições. Não faz o que as outras fazem, mas faz o que as outras não fazem e é mediadora — tenta estabelecer relações entre elas e convoca-as para um projecto global de cidade. Não é fácil fazer isso, mas se fosse fácil também não tinha muito interesse. Quando o Rui Moreira se candidatou, identificou três áreas fundamentais: a coesão social, o desenvolvimento económico e a cultura. A cultura é o cimento que se infiltra. Que cria uma ideia de identidade e de pertença, favorecendo a coesão social — e temos trabalhado muito nisso com o programa ‘Cultura em Expansão’ —, mas também o desenvolvimento económico. Num estudo que fizemos, verificámos que há nestes últimos anos uma viragem total relativamente àquilo que eram as nossas expectativas sobre o turismo que está a acontecer na cidade. Pensávamos que era um turismo low cost e percebemos que há um turismo cultural a crescer de forma impressionante: 75% dos utilizadores dos espaços museológicos da câmara são estrangeiros, ficam em hotéis de 4 e 5 estrelas e têm uma apetência muito grande para conhecer outros espaços culturais. Portanto, a cultura é um fortíssimo factor de desenvolvimento económico. Quando uma pessoa vai a outra cidade espera duas coisas: que seja glamorosa, mas também que tenha características que não se encontram em mais lado nenhum. É legítimo que na Avenida dos Aliados exista a Prada, a Louis Vuitton ou a Hermès, mas a Rua do Almada tem de permanecer como a rua das ferragens. E estamos numa fase muito crítica em que aquilo que caracteriza o Porto, até como cidade comercial, pode estar a desaparecer e a ser substituído por uma voragem de lojas de bugiganga turística anódina e inconsequente. Tenho estado a trabalhar com um fulano americano que foi conselheiro do Obama para conseguir identificar uma centena de zonas comerciais da cidade que possam ter um regime tão especial que lhes permita sobreviver e não terem de se sacrificar em nome desta voragem turística, que tudo quer normalizar e equalizar. Isso é uma situação que me preocupa muito: como manter o carácter da cidade sem deixar que a bolha turística expluda e o abastarde completamente. Voltando a 2001. Digo sempre que o meu tema é o futuro e não o passado, mas é óbvio que, quando o Porto 2001 acabou, se perdeu uma oportunidade única. Passados 12 anos estamos a demonstrar que o esforço preciso não era assim tanto. Mas foi uma opção política que agora não vale a pena discutir. Findos esses anos, retomei a minha vida como docente na Universidade do Porto, cargo que continuo a exercer, e, em 2003, fui convidado para fazer a fusão do instituto da arte contemporânea e do instituto português das artes do espectáculo. Tinha defendido — e na altura fui super-atacado por isso — que a mesma instituição deveria estabelecer a articulação dos programas de apoio das artes visuais e das artes performativas. Passados estes 11 anos dessa minha opinião, Serralves tem um programa que se chama ‘O Museu como Performance’. Não fazia sentido essa separação, mas sim um único instituto que olhasse para as duas áreas simultaneamente e criasse uma política de apoios mais articulada. Não havia, por exemplo, apoio à criação no âmbito das artes visuais. Normalizei essa política de apoios. Mas acabei por sair ao fim de dois dos três anos de mandato. Foram anos complexos porque tive três governos e três ministros — o Pedro Roseta, a Maria João Bustorff e a Isabel Pires de Lima — e, curiosamente, aquele de quem era mais amigo foi aquele com quem tive mais problemas e com quem acabei por me demitir. Este deve ser o organismo mais complexo da administração pública portuguesa, porque nunca nenhum director-geral chegou ao fim do mandato, seja por ter saído ou por ter sido convidado a sair. Depois desta experiência, fui convidado para ser conselheiro cultural em Roma. Foi uma situação muito interessante estar num sítio praticamente sem orçamento. Deu-me algum talento na capacidade de fazer muito com pouco e, sobretudo, de estabelecer sinergias com várias instituições. Fizemos um trabalho bastante interessante em Itália, porque conseguimos introduzir a marca Portugal, que é uma marca muito estranha porque as pessoas não sabem muito bem o que é o país. Temos um conjunto de estrelas que não conseguem formar uma constelação. Toda a gente sabe quem é o Saramago, o Pessoa, o Mourinho, o Ronaldo, o Siza Vieira, o Manoel de Oliveira — mas não há uma ideia de país. E isso tem a ver com a péssima estratégia de internacionalização, que só se pode fazer através de uma diplomacia cultural muito sustentada. Entrou na moda a diplomacia económica, mas ninguém investe num país que não sabe muito bem o que é, que não tem rosto e identidade. E quem dá rosto e identidade é a cultura — é por isso que a Espanha é um país forte internacionalmente. Falar só em diplomacia económica é um erro político infinito. A diplomacia começa por ser política, é cultural e é naturalmente económica. Mas só estes três vértices conseguem uma diplomacia eficaz. Um dos meus confrontos mais tristes aconteceu recentemente quando fui à Expo de Milão e confirmei, com tristeza, que Portugal era o único país de toda a União Europeia que não estava presente. Estava o Kosovo, a Albânia, todos os países da CPLP. E Portugal deu-se ao luxo de não estar numa expo onde o tema era a alimentação sustentada, área na qual até temos uma papel histórico e fundamental. Disseram-me que a presença custava sete milhões de euros. Mas isso é a mesma coisa que dizer que a presença nas Nações Unidas custa 12 milhões... Há quotas que não podemos deixar de pagar. Não podemos deixar de ter água em casa. Isto radica para uma total falta de pensamento estratégico sobre o lugar de Portugal no mundo e sobre a importância da cultura na promoção desse lugar. Neste momento, o país vive um boom turístico, mas um bocadinho na sequência de ser a última coisa desconhecida e bizarra a ser descoberta. Mas, como diz o Rui Moreira, não queremos ser eternamente o último segredo mais bem guardado da Europa. Fiquei em Roma três anos, três meses e três dias. Foi muito interessante. Foi um trabalho algo simétrico ao que faço aqui como vereador: no Porto tenho um território pequeno com algum orçamento, não o que quero mas algum, lá era obrigado a olhar para o país todo a partir de fora e sem orçamento. Ainda estava em Itália quando agarrei um projecto muito ambicioso para a Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012: ‘O Castelo em 3 Actos’. Fazer isto a partir de fora foi muito difícil. Achamos que com Skype e outras tecnologias se torna fácil, mas nada substitui a presença física. Tanto assim que, numa das minhas vindas cá, tive o acidente da minha vida. Ia ter com um artista que estava nessa exposição. E estava atrasado. Estava a conduzir e peguei no telemóvel para lhe dizer que não chegava à hora combinada. E, no momento em que procuro o número dele, perco o controlo do carro e capoto. Costumo explicar a gravidade do acidente pelo preço que o sucateiro dava pelo carro: era um Mercedes SLK que passou a valer 400 euros. Acabei por oferecê-lo a um artista amigo que trabalhava com carros. Tempos depois, convidaram-me para abrir um congresso do sangue no Santo António e usei a história do meu acidente para reflectir sobre o que é o sangue. Eu saí do carro todo ensanguentado, porque tinha uma ferida no couro cabeludo, e havia pessoas que travavam bruscamente e outras que aceleravam vertiginosamente. O sangue tem essa capacidade ambígua. Insistimos nesta ideia de que o principal equipamento cultural da cidade é a própria cidade. Olhando para o Porto como um palco de acontecimentos Quando regresso definitivamente ao Porto, volto para a Universidade e, pouco tempo depois, recebo o convite do Rui Moreira. Aceitei logo porque conhecia-o bem e gostava dele. Nessa altura, estava a ver uns livros em casa e encontrei um do Rui Moreira, com uma dedicatória. Dizia: 'Para o meu amigo Paulo Cunha e Silva, um dia havemos de fazer qualquer coisa por esta cidade tão maltratada'. Isto foi em 2005. Passados oito anos, concretizou-se. Conseguimos nestes últimos dois anos fazer uma coisa muito importante, que foi normalizar a relação da Câmara com a cidade cultural. Conseguimos pôr todos os equipamentos a funcionar a um ritmo bastante interessante e passar a mensagem de que não é preciso ter mais equipamentos para ter mais cultura. Conseguimos resolver o problema do Rivoli e do Campo Alegre. Insistimos nesta ideia de que o principal equipamento cultural da cidade é a própria cidade. Olhando para o Porto como um palco de acontecimentos. Um dos programas mais discretos mas mais interessantes que temos — o ‘Um Objecto e seus Discursos’ —, olha para a cidade e para o seu património de uma forma muito diversa. Os objectos estão no sítio e são protagonistas da discussão. Mas a noção de património é tão vasta que pode ir da espada do D. Afonso Henriques até à taça dos clubes campeões europeus do Futebol Clube do Porto. O programa ‘Cultura em Expansão’ é também fundamental na lógica de, através da cultura, olhar para as zonas mais desfavorecidas do Porto e não só ir lá mas trazer essas zonas à cidade. É um forte investimento de socialização e de criação de uma ideia de cidade mais unida e sem trincheiras. Depois há muito trabalho invisível feito. É natural que o que se passa nos teatros seja mais visível do que aquilo que se passa nas bibliotecas, por exemplo. Mas isso não faz das segundas centros menos importantes. Uma coisa que vou fazer neste ano é chamar a atenção para a Biblioteca Pública Municipal do Porto, para mim o equipamento cultural mais importante da cidade. Se tivessem de desaparecer todos os equipamentos — Serralves, Casa da Música, Teatro Nacional de São João, Rivoli —, se só um pudesse sobreviver a um cataclismo, diria que tinha de ser obviamente a Biblioteca Pública Municipal. Tem um fundo e um acervo riquíssimo e está muito esquecida. Estou a preparar uma grande exposição sobre os tesouros da nossa biblioteca, de uma forma lúdica. E há um outro projecto que me convoca muito, que é o do Matadouro. Este pode ser o lugar onde o programa da câmara — cultura, desenvolvimento económico e coesão social — ganha sentido a partir de um espaço absolutamente iconográfico. É ali. Olhar para esta zona da cidade parece-me absolutamente estratégico. O Porto pode ser uma espécie de micro-Berlim do Sul da Europa e de Florença do século XXI. Se trabalharmos nessas duas coisas teremos uma cidade espectacular." Ver projecto Porto Olhos nos Olhos”

Ler em… http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/sempre-fiz-o-que-gostava-1714061

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Ao virar da página…

Eco-Escolas (Recolha de REEE e pilhas/acumuladores) - deem o vosso contributo! A. E. S. C. A. S. – Agrupamento de Escolas de Águas Santas - Maia

“Olá, como penso já ser do vosso conhecimento e graças a um meritório trabalho e grande empenho de muitos de vocês no ano letivo transato estamos de facto de Parabéns e somos agora uma ECO-ESCOLA… e temos uma bandeira verde para o demonstrar! Imagem intercalada 3 Esta honra aumenta contudo as exigências à nossa enorme comunidade educativa para este ano letivo e gostaria, em nome da equipa responsável pelo Programa Eco-Escolas, de agradecer a colaboração de quem já o fez anteriormente e igualmente de quem o fará de agora em diante (sem vocês não é possível). O nosso muitíssimo obrigado a todos! Neste âmbito, o nosso agrupamento de escolas aderiu mais uma vez este ano ao projeto “Geração Depositrão”. Imagem intercalada 2 Na 8ª edição da Geração Depositrão o objetivo é o de incentivar a reciclagem de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos, assim como pilhas/acumuladores (há "pilhões" em cada setor junto às funcionárias e na sala dos professores), promovendo-se assim mais uma importante ação de educação ambiental, passando a escola a funcionar como ponto de recolha na zona envolvente quer da comunidade escolar bem como de moradores próximos entre outros. Desta forma evita-se a deposição inadequada destes resíduos, muitos dos quais tóxicos e problemáticos. As escolas serão premiadas de acordo com o peso total conseguido – as recolhas serão feitas regularmente. O nosso “DEPOSITRÃO” será colocado a partir de amanhã, dia 17 de novembro, no espaço junto à entrada do auditório (entre este e o refeitório escolar) na escola sede do agrupamento. Haverá igualmente um ponto de recolha na sala dos professores em frente ao placard da Eco-Escolas. Imagem intercalada 4 Scan de vírus... Guardar no Drive Solicitamos a cooperação de todos, todos até porque a união faz a força, neste projeto (em especial dos Diretores de Turma e Associação de Pais) e, fazendo chegar à escola o máximo de resíduos de equipamentos, lâmpadas e pilhas que consigam angariar. Este ano haverá uma forte componente social e as escolas (incluindo as do 1º ciclo) poderão apresentar instituições, entidades ou empresas locais associadas, onde sejam recolhidos os resíduos diretamente, contabilizando o peso respetivo para a escola (núcleo da campanha). Agradecemos, desde já, a vossa colaboração assim como a divulgação deste Projeto junto de familiares, amigos e instituições. ATIVIDADE DE RECOLHA: Recolha de todo o tipo de REEE (pequenos e grandes eletrodomésticos e lâmpadas) e pilhas/acumuladores. Quem estiver interessado poderá, ainda, participar num conjunto de outros desafios incluídos nas atividades criativas (que obviamente serão devidamente divulgadas). ATIVIDADES CRIATIVAS:

1 - Recriar: constrói o teu Depositrão (todos os graus de ensino) 2 - Mural REEE: construir um mural alusivo à reciclagem de REE e pilhas (JI e 1º ciclo) 3 - BD Família Depositrão: chegou uma nova personagem (2º e 3º ciclo) 4 - Selfie criativa REEE: criação de uma foto criativa com o Depositrão, alusiva à reciclagem de REEE e pilhas (ensino secundário, profissional, superior) P.S. Aproveitamos para informar que a C.M. Maia instalou um Oleão (Laranja) que se encontra colocado entre o refeitório e a reprografia. Assim quer trabalhe, estude, seja E.E. ou vizinho desta nobre instituição escolar poderá trazer óleos alimentares usados de casa, de preferência em embalagens plásticas para dar o melhor destino a estes resíduos que nunca devem ir pela canalização abaixo, bastam umas gotas para contaminar o equivalente a uma piscina de água doce. Atenciosamente ao vosso dispor, votos de bom fim de semana a todos

O Coordenador do Programa Eco-Escolas, em conjunto com as colegas Sónia Lisboa e Claúdia Silva”

As mais belas linhas de comboio portuguesas no "Google Street View"

“Algumas das mais belas linhas de comboio portugueses estão, agora, ao alcance de um clique. Não precisa sair de casa para viajar pelo Douro ou à beira-mar em Cascais, basta um computador ligado à net para uma viagem pelo Google Street View. Os resultados de várias semanas de filmagens ao longo das linhas do Douro, Norte, Oeste e Cascais estão à vista no Google Maps e Google Earth. A parceria entre a CP, a Infraestruturas de Portugal e a multinacional norte-americana mostra ao Mundo, através do Street View, as paisagens das mais belas linhas férreas portuguesas. (…)”

Ler mais! http://www.jn.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=4883417

Adeus AXA, olá Montepio: a cultura continua na Avenida dos Aliados

“A Câmara do Porto quer despedir-se em grande do edifício AXA, na Avenida dos Aliados, que, durante 32 meses, esteve ocupado por diversas actividades (e entidades) artísticas. O arranque da festa foi marcado para as 16h do dia 28 de Novembro, mas esta deve prolongar-se por 12 horas consecutivas, estendendo-se pela madrugada do dia 29. No mesmo fim-de-semana em que diz adeus ao AXA, assinalando a devolução oficial aos seus proprietários, a autarquia apresenta o novo edifício, também na avenida, que irá acolher o tipo de actividades que ocupou o AXA. É no antigo prédio do Montepio, do outro lado da rua. No último fim-de-semana de Novembro ele apresenta-se ao público com a realização do Up Street Porto. Em comunicado, a Câmara do Porto classifica a ocupação do AXA como “um sucesso”, argumentando que, rapidamente, o edifício “se afirmou como uma das principais âncoras de animação dos Aliados, emergindo como um espaço privilegiado de acolhimento de eventos e de produção artística e criativa, com a capacidade de contaminar toda a Baixa portuense”. Contas feitas, passaram pelos sete pisos do AXA 300 eventos gratuitos, que convocaram “perto de meio milhão de visitantes”, muitos dos quais desenvolvidos pelas associações e companhias que ali se instalaram em residências artísticas, como o Balleteatro (que entretanto se transferiu para o Coliseu), a Porta-Jazz, a ACE – Escola de Artes, o NEC (Núcleo de Experimentação Coreográfica) ou a Shortcutz. (…)”

Ler mais! http://www.publico.pt/local/noticia/adeus-axa-ola-montepio-a-cultura-continua-na-avenida-dos-aliados-1714588

Por aqui me fico… e claro, com o desejo de… boas leituras! Até ao próximo click!
publicado por Musikes às 19:36 link do post
09 de Novembro de 2015

“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa

 

 

No “Gotinhas” desta semana, estas e outras novas que passaram.

 

A não perder!

Aqui algumas sugestões culturais a lá dar um salto. ;)

 

Porto Cool

 

CasaPorto 2015 @ Rua Nova da Alfândega, 14-29 Nov

 

CASAPORTO é uma exposição desenvolvida num espaço de reconhecido valor histórico/arquitectónico onde poderemos conhecer as últimas criações dedicadas à arte de viver – arquitectura, design, artes decorativas, antiguidades, arte contemporânea… – enquanto visitam as salas, os quartos, o jardim e outros espaços de um "concept hotel" que abre anualmente as portas aos seus convidados.

O CASAPORTO 2015 decorre de 14 a 29 de novembro, no n.º 18 da Rua Nova da Alfândega, entre as 12h30 e as 22h30, e tem entrada livre! Para além da exposição propriamente dita, encontram-se abertos ao público espaços de restaurante, coffee lounge e wine bar. Estes espaços são individualmente desenvolvidos por arquitectos/designers/marcas convidados, representativos da melhor capacidade criativa nesta área no âmbito de um ambiente global que proporciona ao visitante uma experiência envolvente.

CASAPORTO 2015

Rua Nova da Alfândega, 18

14 a 29 de novembro

Todos os dias das 12h30 às 22h30

Entrada livre

+info: www.casaporto.net

oportocool

 

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Teatro Municipal do Porto

 

Ler em…

http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmkt.cm-porto.pt%2Fv%2F1he3YKheCP3ef12ff3a-49&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGkfL14oLOWwV9zCw04pLRK83xNWg

 

 

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DANÇA 

SÁB 14 & DOM 15 NOV ⁄ 16H00

O CÃO QUE CORRE ATRÁS DE MIM (E O AVÔ ELÍSIO À JANELA)

COPRODUÇÃO

FILIPE CALDEIRA

PALCO DO AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE • PREÇOS ÚNICOS ADULTOS  5,00 EUR • CRIANÇAS 2,00 EUR • M/3 

 

O cão... Um trabalho de risco sobre o risco. O cão fala da rua, precisa da rua, precisa do bairro, precisa de cantos onde fazer xixi, precisa de crianças para perseguir. O cão fala da falta de rua, da falta de sarilhos, de amigos e compinchas, da rua que se transforma no mundo, da casa-abrigo, do avô amigo.

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MÚSICA 

SÁB 14 NOV ⁄ 23H30

SALTO

UNDERSTAGE

SUB-PALCO TM RIVOLI • 5,00 EUR • M/12

 

A vida de um músico pode nascer de várias formas e os Salto tiveram a sorte de nascer na mesma família e de, desde cedo, terem vivido a música em conjunto. Os primos portuenses Guilherme Tomé Ribeiro e Luís Montenegro rapidamente perceberam que juntos poderiam ser uma banda. Os Salto apresentaram "Mar Inteiro", o single de avanço do seu segundo álbum de originais. 

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TEATRO MUSICAL

QUI 26, SEX 27 & SÁB 28 NOV ⁄  21H30

DOM 29 NOV  ⁄ 17H00

O ANIMADOR [ESTREIA]

COPRODUÇÃO

TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO

AUDITÓRIO TM CAMPO ALEGRE • 7,50 EUR • M/12 

 

Em "O Animador", John Osborne ensaia uma crítica a Inglaterra - que considerava caduca e hipócrita - falando da decadência do teatro musical e, em particular, da família Rice, uma família de artistas de variedades liderada pelo extravagante "animador" Archie Rice. 

Contactos

Teatro Municipal Rivoli

Praça D. João I, 4000-295 Porto

+351 22 339 22 00

 

Teatro Municipal Campo ALegre

Rua das Estrelas, 4150-762 Porto

+ 351 22 606 30 00

 

geral.tmp@cm-porto.pt

divulgacao.tmp@cm-porto.pt

 

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"Design Includes You" em exposição

 

“Inaugurou hoje (02/11/2015) a exposição "Design Includes You" no âmbito do ACESSO.03 "Desenho e Inclusão", no átrio da Câmara do Porto. Esta é uma iniciativa da Provedoria Municipal dos Cidadãos com Deficiência, que estará patente até 3 de dezembro, data em que se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A entrada é gratuita.

Esta exposição tem como objetivo promover uma interpretação ao tema da "inclusão" explorando o desenho como ferramenta de ativação da participação de grupos socialmente excluídos em processos criativos. Este processo pretende transpor as competências humanas e técnicas em produtos competitivos e igualmente atrativos. (…)”

 

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http://www.porto.pt/noticias/design-includes-you-em-exposicao

 

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Ora, vamos lá às notícias!

Aqui estão elas… “quentes e boas”

 

Obra completa de Manoel de Oliveira para ser vista em "Grande Plano"

 

“O ciclo de cinema Grande Plano vai apresentar no Porto toda a obra cinematográfica de Manoel de Oliveira, em 38 sessões, de 10 de novembro a 12 de dezembro, no Teatro Municipal do Porto (Rivoli e Campo Alegre), no auditório do Museu de Serralves e no Cinema Passos Manuel. Esta retrospetiva integral de homenagem é a oportunidade para descobrir ou rever todos os filmes de Oliveira, por ordem cronológica e nos seus suportes originais.

Primeira realizada a título póstumo, esta retrospetiva é uma iniciativa da Câmara do Porto e co-organizada com a Fundação de Serralves, contando, ainda, com a participação de outros agentes culturais da cidade. (…)”

 

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http://www.porto.pt/noticias/obra-completa-de-manoel-de-oliveira-para-ser-vista-em-grande-plano

 

 

Felicidade pode estar nas artes

 

“Encerrou a edição 2015 do Fórum do Futuro com aplausos para público

Gilles Lipovetsky deu ontem uma lição a um Rivoli que foi pequeno para receber todos os que não quiseram perder a oportunidade de ouvir o famoso filósofo francês. A felicidade foi, claro está, o tema das duas horas de conversa que estabeleceu com as cerca de 800 pessoas que assistiram na sala principal. Para permitir que mais gente pudesse assistir, a Câmara do Porto, que organiza o Fórum do Futuro, abriu o segundo auditório do Teatro Municipal, onde transmitiu a conferência em direto.

À sessão assistiram diversos presidentes de Câmara da Área Metropolitana do Porto, como Matosinhos e Valongo, o Bispo do Porto e personalidades como António Mexia (EDP) e Guta Moura Guedes, entre outros.

Lipovetsky dissertou sobre por que razão a evolução socioeconómica das sociedades não trás, aparentemente, mais satisfação aos cidadãos e de que forma a sociedade hiperconsumista contribui, não para a felicidade mas para a frustração.

O filósofo não foi, contudo, perentório quanto a conclusões e remédios, apontando, ainda assim, alguns caminhos. Falando sobre "o que as cidades podem fazer" e referindo-se ao convite que a Câmara do Porto lhe lançou para vir à Invicta no âmbito do Festival do Pensamento que encerra hoje, Lipovetsky disse que o trabalho nas escolas e através das artes, fomentando nos cidadãos sentimentos de pertença na comunidade, pode contribuir para melhorar a felicidade dos cidadãos, apontando a cultura como fator decisivo. (…)”

 

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http://www.porto.pt/noticias/felicidade-pode-estar-nas-artes

 

 

Queen 40 anos   Caixa de entrada 

 

“Poucos acreditavam que a composição que os Queen lançaram a 31 de outubro de 1975 faria sucesso. Alvo de inúmeras homenagens, neste dia recuperamos cinco versões improváveis da canção.

31 de outubro de 1975. Os Queen lançam em vinil “Bohemian Rhapsody”, uma música que, tendo em conta a fórmula de sucesso da pop, tinha tudo para correr mal. Com seis minutos de duração, nenhuma rádio se arriscaria a passá-la. Misturava ambientes tão diferentes quanto uma balada de piano, um momento operático e um solo de guitarra de fazer inveja a qualquer banda de hard rock. Para além de não ter refrão, a longa letra tinha palavras pouco memoráveis, como “Scaramouch” e “Bismillah”.

40 anos depois, a composição de Freddie Mercury ainda passa nas rádios um pouco por todo o mundo e dezenas de artistas já lhe prestaram homenagem com versões. Para assinalar o 40.º aniversário do lançamento de “Bohemian Rhapsody”, o Observador recorda cinco versões, das originais àquelas que os fãs gostariam que nunca tivessem existido.

Começando pelas originais, não dá para excluir “Os Marretas“, que em 2009 levaram milhões de pessoas a abrirem o YouTube para ouvirem e verem Miss Piggy a cantar, o cão Baskerville a tocar os acordes de piano, galinhas a fazerem os coros e o Proveta a contribuir com os habituais “mimimi”. O único problema é que Animal, personagem responsável por cantar parte da letra, parece não ter estudado a matéria e limita-se a repetir “Mama” até à exaustão. O vídeo já tem quase 48 milhões de visualizações:

Dos Marretas para a ópera. Montserrat Caballé, que tantas vezes partilhou o palco com Freddie Mercury, decidiu abrir o álbum Friends for Life que lançou em 1997, seis anos depois da morte do vocalista dos Queen, com uma homenagem a “Bohemian Rhapsody”. Para uma mistura improvável à imagem da música em causa, convidou para a gravação Bruce Dickinson, voz dos Iron Maiden. A mistura resultou:

Cinco meses após a morte de Freddie Mercury, Elton John e Axl Rose juntaram-se para cantarem juntos a música mais tocada do disco A Night at the Opera, de 1975. Mais uma vez, uma parceria improvável. O homenageado era bissexual, Elton John era homossexual assumido e o vocalista dos Guns N’Roses já tinha feito declarações consideradas homofóbicas. A ideia de juntá-los no concerto tributo que aconteceu a 20 de abril de 1992 foi do próprio guitarrista dos Queen, Brian May, mas foi Axl Rose quem pegou no telefone para fazer o convite a Elton John.

“Falei com o Elton antes do concerto e ele estava relutante em encontrar-se comigo, sabes, é suposto eu ser o gajo mais homofóbico do planeta”, contou Axl Rose pouco tempo depois do espetáculo à revista RIP. Sem sequer ensaiarem a música, o momento aconteceu mesmo, com 72 mil pessoas como testemunhas. E os dois até se abraçam no final:

A Indiana University Studio Orchestra pegou na rapsódia dos Queen e adaptou-a para orquestra sinfónica. Violinos, violas de arco, trompetes, flautas transversais e até uma harpa fazem as vezes do baixo, da guitarra e do piano, numa versão que vale a pena escutar com atenção.

Pink, Robbie Williams, Elaine Page e Panic! At The Disco são alguns dos nomes que já se aventuraram a cantar “Bohemian Rhapsody”. Mas talvez Kanye West desejasse nunca o ter feito. Na mais recente e, tendo em conta a receção, menos popular de todas as versões, o rapper norte-americano aproveitou a presença no festival de Glastonbury, em junho deste ano, para homenagear Freddie Mercury. Não só se mostrou desafinado como não acertou na letra. Podia ter sido pior, mas as milhares de vozes do público, que também cantaram a letra, salvaram o momento.”

 

Ler em…

http://observador.pt/2015/10/31/bohemian-rhapsody-faz-40-anos-ouca-cinco-versoes-improvaveis/

 

 

No “Pergaminho” desta semana…

 

A origem da Ópera

 

“A importância do acaso

No mundo da ciência e da tecnologia têm sido frequentes os casos em que um avanço revolucionário ocorre por mero acidente: entre os mais célebres contam-se as descobertas da penicilina por Alexander Fleming e das aplicações culinárias das micro-ondas por Percy Spencer quando trabalhava no desenvolvimento de radares militares.

No mundo da música os desenvolvimentos nascidos do acaso são mais invulgares, mas também a ópera surgiu na Itália da viragem dos séculos XVI-XVII devido a um equívoco. Mas a preceder o equívoco, houve um factor que tantas vezes tem desencadeado as rupturas nas artes: a sensação de que uma forma consagrada atingira, senão o esgotamento, pelo menos os limites do seu potencial expressivo. Foi por volta de 1580 que alguns eruditos começaram a manifestar insatisfação com o madrigal polifónico, que atingira então o pináculo da elaboração e era a forma em que todos os compositores se esforçavam por exibir o seu talento. Um desses “insatisfeitos” era Vincenzo Galilei (c.1520-1591), um alaúdista, cantor e compositor que além de ter dado decisivos contributos para o progresso da música foi pai do astrónomo Galileo Galilei.

No seu tratado Dialogo della musica antica e della moderna (1581), Galilei argumentava que “a música polifónica de hoje é de escassa serventia na expressão das paixões da mente através de palavras”. Em alternativa à música polifónica, Galilei advogava um regresso ao drama grego da Antiguidade Clássica, baseado na convicção de que este teria sido cantado. Galilei era acompanhado nestas especulações pelos seus colegas da Camerata de’ Bardi (também conhecida como Camerata Fiorentina), um grupo de intelectuais e artistas, onde se contavam os músicos Pietro Strozzi e Giulio Caccini, devotados à discussão de arte, literatura e música, sob o patrocínio do conde Giovanni de’ Bardi (1534-1612), homem de múltiplos interesses, que não só era músico e poeta amador como foi responsável pela fixação, em 33 artigos, das regras do calcio, que são, na essência, as que hoje ainda regem o jogo. Uma vez que o rigor historiográfico e musicológico eram coisas alheias ao espírito da época e pouco ou nada se sabia sobre a música da Grécia Clássica (ainda hoje pouco se sabe) ou sobre o seu teatro, os membros da Camerata deixaram que a imaginação os guiasse.

Um dos mais faustosos intermedi da época foi apresentado em Florença, em Maio de 1589, no casamento de Ferdinando de’ Medici, um evento que começou a ser preparado um ano antes e incluiu vários banquetes e até uma batalha naval simulada

O canto monódico – uma voz com acompanhamento instrumental relativamente simples, por oposição ao entrançado de vozes de igual importância do madrigal polifónico – não era desconhecido em Itália, desfrutando a frottola e a villanella de grande voga e tendo alguns compositores conceituados consagrado algum do seu talento a estes géneros mais populares. Por outro lado, os grandes eventos nas cortes italianas costumavam ser abrilhantados por intermedi, espectaculares produções envolvendo música, teatro, poesia e dança e cenários elaborados e efeitos especiais. Um dos mais faustosos intermedi dessa época foi apresentado em Florença, a 2 de Maio de 1589, por ocasião do casamento de Ferdinando de’ Medici com Christine de Lorraine, um evento que começou a ser preparado com um ano de antecedência e que incluiu uma sucessão de banquetes, bailes, peças de teatro e até uma batalha naval simulada no pátio interior, preenchido com água, do Palazzo Pitti.

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Ferdinando de’ Medici em vestes cardinalícias – fora nomeado cardeal aos 14 anos, mas nunca foi ordenado padre. Abandonou o cardinalato em 1589, a fim de suceder ao irmão como Grão-Duque. Quadro de pintor anónimo, 1588

Nunca se saberá se este esplendor se destinou apenas a deslumbrar as cortes europeias com o poder e requinte dos Medici, ou se Ferdinando também procurava fazer esquecer os rumores rodeando as mortes simultâneas do seu irmão Francesco I e da sua esposa Bianca, em Outubro de 1587, oficialmente atribuídas à malária mas em que alguns viram um envenenamento perpetrado pelo irmão mais novo.

O encarregado de conceber e coordenar este intermedio florentino de 1589, que ficou conhecido como La pellegrina, foi o conde Bardi, que confiou a componente musical a gente do seu círculo, como Giulio Caccini (1551-1618), Emilio de Cavalieri (c.1550-1602), Cristoforo Malvezzi (1547-1599) e o seu discípulo Jacopo Peri (1561-1633), bem como ao afamado madrigalista Luca Marenzio (c.1533-1599), ficando os versos por conta de Ottavio Rinuccini e do próprio Bardi (que talvez tenha também composto alguma da música). Se nunca saberemos a que soava a alternativa à música polifónica que Galilei advogava, já que toda a sua obra musical se perdeu, sobraram páginas suficientes do intermedio de 1589 para que se perceba que este já prefigura algumas características da ópera, se bem que, em vez de uma narrativa, exista uma sucessão desconexa de quadros, de temática mitológica e pastoril, como era usual no género, e falte unidade estilística (para descobrir La pellegrina recomenda-se a reconstituição levada a cabo em 1997 pelo Huelgas Ensemble, dirigido por Paul van Nevel, e editada pela Sony).

Quem inventou afinal a ópera?

Mas não tardaria que alguns dos músicos que contribuíram para La pellegrina dessem passos decisivos na direcção da ópera: Cavalieri terá composto música (perdida) para um divertimento pastoril sobre a Aminta de Torquato Tasso, apresentado em 1590 no palácio de Jacopo Corsi, o grande rival de Bardi como mecenas das artes em Florença, e para outro divertimento pastoril, com texto de Laura Guidiccioni, apresentado em Florença em 1595 (também perdido).

A não ser que emerjam partituras desaparecidas, Peri poderá reivindicar a autoria da primeira ópera, a Dafne com libreto de Rinuccini, apresentada nos festejos de Carnaval de 1598 no Palazzo Corsi, já que Bardi partira entretanto para Roma e Jacopo Corsi acolhera sob o seu manto de mecenas os membros da Camerata de’ Bardi; e sendo também Corsi um músico amador, são de sua autoria dois dos seis fragmentos da ópera que chegaram aos nossos dias.

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Dafne, perseguida por Apolo, pede socorro ao pai, Ladon, deus dos rios, que a metamorfoseia num loureiro. Quadro de Giovanni Battista Tiepolo, 1744

Peri e Rinuccini voltariam à carga com uma Euridice, que é a primeira ópera a ter chegado na íntegra aos nossos dias. Estreou a 6 de Outubro de 1600 no Palazzo Pitti, abrilhantando o casamento de Maria de’ Medici e Henrique IV de França, e foi o próprio Peri que cantou o papel de Orfeu. Apenas três dias depois, e integrada nos mesmos festejos de casamento, Caccini estrearia Il rapimento di Cefalo (com contributos pontuais de Piero Strozzi e outros), mas, por a sua partitura se ter perdido, é raramente mencionada quando se evoca a génese do género. Ainda assim, Caccini colheu também louros do sucesso de Euridice, já que parte da música é de sua autoria.

Enquanto a minha música comove as pessoas, induzindo-lhes sentimentos de prazer e melancolia, a deles provoca o tédio e a repulsa”

Porém, a relação entre Caccini e Peri estava, por esta altura, a converter-se numa rivalidade acesa, com o primeiro a reclamar para si a “invenção” do stile rappresentativo (assim era denominada a nova variante do canto monódico) e da ópera. E, para reforçar as suas reivindicações, seis semanas após esta estreia fez publicar uma outra Euridice sobre o mesmo libreto, mas com música inteiramente de sua lavra (embora a estreia só tenha tido lugar em 1602).

Porém, Cavalieri, que entretanto estreara em Roma, a 10 de Novembro de 1600, Rappresentatione di anima et di corpo, um híbrido entre ópera sacra e oratória, também reclamava para si a invenção do stile rappresentativo e fazia comparações pouco lisonjeiras com os seus rivais: “Enquanto a minha música comove as pessoas, induzindo-lhes sentimentos de prazer e melancolia, a deles provoca o tédio e a repulsa”.

Entra em cena um profissional

Entre os convidados do casamento de Maria de’ Medici e Henrique IV de França que assistiram à Euridice de Peri a 6 de Outubro de 1600 no Palazzo Pitti estava Vincenzo Gonzaga, Duque de Mântua e um dos maiores conhecedores de arte e mecenas do seu tempo.

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Vincenzo Gonzaga, retratado por Jean Bahuet, 1587

O que viu e ouviu deve tê-lo impressionado favoravelmente – e, quiçá, talvez o tivesse recordado de que, mais de um século antes, a corte de Mântua fora palco de um momento decisivo na história da música, com a apresentação de outro precursor do género operático, La favola d’Orfeo, com trechos declamados alternando com trechos cantados, compostos por vários membros da cappela ducal e texto do humanista Angelo Poliziano (1454-1494), um homem que poderia ter mudado o curso das artes e letras portuguesas, já que escreveu uma carta a D. João II, em que, considerando que os feitos deste tinham superado os de Alexandre e de César, se propunha para redigir, mediante adequada remuneração, um poema épico que imortalizasse as descobertas portuguesas (o que, a concretizar-se, teria deixado Camões sem trabalho).

Por outro lado, Vincenzo Gonzaga tinha ao seu serviço, desde 1590, Claudio Monteverdi (1567-1643), um compositor tão dotado que, a seu lado, Caccini, Cavalieri e Peri faziam figura de meros dilletanti, pelo que tratou de encomendar-lhe algo no mesmo género.

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Claudio Monteverdi por Bernardo Strozzi, 1630

Prova do empenho do duque na empresa foi o facto de ter confiado ao seu secretário, Alessandro Striggio Jr. (filho do prestigiado compositor Alessandro Striggio) a preparação do libreto (cuja fonte principal foram as Metamorfoses de Ovídio) e ao filho Francesco a “produção executiva” do evento. Ao contrário das óperas anteriores, associadas a espectaculares festividades de corte, L’Orfeo: Favola in musica estreou, a 24 de Fevereiro de 1607, numa pequena sala do palácio ducal, para um público restrito de membros da Accademia degli Invaghiti, uma elitista agremiação de intelectuais da cidade, presidida por Francesco Gonzaga. O cuidado posto no evento é atestado pelo facto de o libreto ter sido impresso e distribuído a todo o público.

O acolhimento favorável da obra levou a que o duque determinasse que se fizesse nova apresentação, desta feita “para as damas da cidade”, a 1 de Março. Foi programada uma reposição para a Primavera de 1607, para receber Carlo Emanuele, duque de Sabóia, que pretendia discutir o casamento da sua filha com Francesco Gonzaga, mas esta récita não chegou a ter lugar.

O mito de Orfeu

A recorrência do mito de Orfeu – e em particular do episódio que envolve Eurídice – no enredo das primeiras óperas não é fruto do acaso. Orfeu surge na mitologia greco-romana como poeta e músico de excepcionais talentos, atribuindo-se-lhe a invenção (ou, pelo menos, o aperfeiçoamento) da lira. Os seus atributos e as peripécias da sua vida variam consoante as fontes, mas há unanimidade quanto à natureza e efeito dos sons que produzia com o canto e a lira: eram capazes de amansar feras, fazer as plantas inclinar-se para ele, acalmar o mais destemperado dos homens e até de suster o curso dos rios.

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Um Orfeu adolescente rodeado de feras subjugadas pela sua música. John Macallan Swan, 1896

Um relato que faz Orfeu participar nas aventuras dos Argonautas mostra-o a usar a música para aplacar uma tempestade e para desviar a atenção dos restantes tripulantes do encantatório canto das sereias. De regresso à Trácia natal, a sua paixão pela ninfa Eurídice tem, porém, um trágico destino, quando esta é vítima da mordedura mortal de uma serpente. Desesperado, decide ir ao Inferno resgatar a amada e consegue, pelo seu canto, comover até as potências infernais – nalgumas fontes, até os padecimentos a que estavam sujeitos os danados são momentaneamente suspensos pela acção da música de Orfeu.

Hades (Plutão na mitologia romana), por intercessão da esposa, Perséfone/Proserpina, concede-lhe que leve Euridice consigo, mas na condição de não olhar para ela até ter saído do submundo. Orfeu acede, mas, quando está quase a regressar à superfície, não estando seguro de que Eurídice siga atrás dele, volta-se e assim condena a amada a regressar às profundezas, desta vez irrevogavelmente (no sentido original do advérbio de modo). Um coro de espíritos explicita, no libreto de Striggio, a moral da história: “Orfeo venceu o Inferno, mas foi depois vencido pelas suas próprias paixões. Só será digno de glória eterna aquele capaz de triunfar sobre si mesmo”.

Apenas uma versão não faz intervir trácias tresloucadas: é a que pretende que Zeus/Júpiter ficou furioso por Orfeu andar a revelar aos homens os segredos a que tivera acesso – o que faria de Orfeu um precursor de Edward Snowden.

O destino do inconsolável Orfeu varia consoante as fontes: embora haja consenso sobre ter acabado estraçalhado às mãos de mulheres trácias, que atiraram os seus pedaços a um rio, os motivos para tal divergem apreciavelmente. Uma versão propõe que a inquebrantável fidelidade de Orfeu à memória de Eurídice foi tomada como insulto pelas mulheres trácias – “Não há fúria no Inferno que se compare à de uma mulher despeitada”, já advertia o dramaturgo inglês William Congreve.

Uma variante faz o despeito feminino nascer de Orfeu ter encontrado consolo pela perda de Eurídice apenas na companhia de rapazes (inclinação que tem antecedentes na sua ligação ao jovem Cálais, filho de Bóreas, na viagem dos Argonautas). A crer nesta fonte, Orfeu teria sido pioneiro não só na música, poesia e medicina, como na introdução da pederastia na Trácia.

Outra versão pretende que, na sua incursão ao submundo, Orfeu tivera acesso a segredos que passou a partilhar em cerimónias herméticas em que apenas eram admitidos homens e que as mulheres, furiosas por serem excluídas dos mistérios, chacinaram Orfeu e os seus correligionários.

Outra, faz intervir ressabiamentos antigos: a deusa Afrodite/Vénus, tendo em tempos sido prejudicada pela musa Calíope, mãe de Orfeu, decidiu vingar-se no filho, incutindo nas mulheres da Trácia uma paixão tão assolapada por Orfeu que este acaba por ser alvo de uma disputa feroz – todas as mulheres o querem para si e o infeliz acaba esquartejado.

Outra tradição ainda conta que, após a sua traumática perda, Orfeu abandonou o culto dos deuses, com excepção de Apolo (pai de Orfeu, nalgumas fontes), e foi atacado por adoradoras trácias de Dionísio/Baco (as Bacantes), que ficaram indignadas por Orfeu ter deixado de beber vinho e ter renegado Dionísio/Baco – o que faria de Orfeu uma das primeiras vítimas do fundamentalismo religioso.

Apenas uma versão não faz intervir trácias tresloucadas: é a que pretende que Zeus/Júpiter ficou furioso por Orfeu andar a revelar aos homens os segredos a que tivera acesso na sua excursão ao Inferno e que eram exclusivos dos deuses, pelo que o fulminou com um raio – o que faria de Orfeu um precursor de Edward Snowden.

A versão suavizada do mito

Fosse qual fosse a versão considerada, nenhuma era adequada a festas de corte e cerimónias de casamento, pelo que o libreto de Rinuccini, usado por Peri e Caccini, introduziu um final feliz: Hades/Plutão não impõe condições ao resgate de Eurídice e Orfeu e a sua amada regressam à superfície e são felizes para sempre.

A versão de Striggio/Monteverdi é mais dramática, uma vez que Eurídice é forçada a regressar ao Tártaro; porém, Orfeu, após dar largas à sua dor num lamento a que só o eco responde e jurar que nunca mais dará o seu coração a mulher alguma, recebe a visita de Apolo, que desce de uma nuvem e reprova os seus queixumes: “Regozijaste-te demasiado com a tua boa fortuna e agora lamentas excessivamente a tua sina cruel e dura. Não sabes que na Terra prazer algum perdura?”. E então Apolo convida Orfeu a subir com ele ao Céu, que é “o único lugar onde a felicidade é duradoura e o sofrimento não é conhecido”.

Monteverdi terá revisto o final quando da terceira récita, na recepção ao duque de Sabóia: a versão do libreto da estreia seria demasiado sombria como prelúdio à negociação de um casamento entre as casas de Sabóia e Mântua.

Este final em que Orfeu ascende aos céus em apoteose é o que consta da partitura que Monteverdi fez publicar em 1609, mas o libreto da estreia conclui-se de forma diversa: Orfeu é ameaçado pelas Bacantes e sai de cena a correr, uma solução dramaticamente trapalhona. Não é certo se foi este, efectivamente, o final utilizado em 1607, mas ainda que tenha sido, tudo indica que Monteverdi achou mais satisfatório o final que publicou em 1609 – que é o que, obviamente, todas as interpretações modernas usam. Há quem sugira que Monteverdi terá revisto o final quando da terceira récita, prevista para a recepção a Carlo Emanuele, duque de Sabóia: a versão do libreto da estreia seria demasiado sombria como prelúdio à negociação de um casamento entre as casas de Sabóia e Mântua.

Uma revolução

Hoje, com quatro séculos de ópera atrás de nós, é difícil perceber quão inovador foi L’Orfeo no seu tempo. Striggio e Monteverdi tinham escassos antecedentes em que buscar exemplo, mas conseguiram erguer uma obra cuja solidez dramática e perfeita aliança entre palavras e música deixa a grande distância as Euridices de Peri e Caccini. L’Orfeo não surge do nada, mas representa um salto qualitativo tremendo e define linhas-mestras para o que viria a ser a ópera nos séculos vindouros, embora o próprio Monteverdi, ao longo da sua extensa carreira, em que compôs mais 17 óperas e obras cénicas (todas perdidas, com excepção de duas) ainda viesse a dar mais contributos decisivos para a linguagem operática – sobretudo com L’incoronazione di Poppea (1643), composta aos 76 anos (por esta altura a ópera começava a ser conhecida por tal nome – a primeira referência data de 1639 – pois, até aí, o género era referido como favola).

L’Orfeo resulta da conjugação do génio de Monteverdi com os generosos recursos postos à sua disposição por Vincenzo Gonzaga, que raramente hesitava em dissipar fortunas quando se tratava de ofuscar os seus pares no patrocínio das artes. Enquanto o instrumentário da Dafne se resumia a uma viola, um cravo, um alaúde, um arqui-alaúde e uma flauta, a partitura de L’Orfeo prevê 38 instrumentos – uma orquestra colossal, para os padrões da época.

Não poderia haver tema mais apropriado do que o poder da música para presidir ao nascimento de um género que iria, nos séculos seguintes, exercer um irresistível fascínio e despertar as mais desabridas paixões na Europa.

Mas Monteverdi não recorre a este vasto instrumentário por exibicionismo ou “porque pode”, antes explora judiciosamente os recursos postos à sua disposição, combinando instrumentos e silenciando outros de forma a produzir os efeitos desejados a cada momento e realçar a expressividade. Na emblemática ária “Possente spirto”, em que Orfeu tenta convencer Caronte a deixá-lo entrar no Inferno, Monteverdi usa acompanhamento de cordas quando Orfeu fala de si mesmo, usa cornetti (instrumento com conotação fúnebre) quando Orfeu menciona o Inferno, e uma harpa (instrumento com conotações celestes) quando alude ao Paraíso.

[Ouça aqui “Possente spirto”, pelo tenor Ian Bostridge, na versão dirigida por Emmanuelle Haïm (Virgin/Erato)]

Ver Monterverdi - L'Orfeo - Ian Bostridge - Possente spirto

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Monterverdi - L'Orfeo - Ian Bostridge - Possente spirto

Monteverdi seguiu as convenções do seu tempo quando fez os cornetti, trombones e o áspero orgão-regal dominar os trechos passados no submundo e deu protagonismo às flautas nas cenas com ninfas e pastores, mas revelou invulgar atenção ao detalhe quando especificou, passo a passo, que instrumentos deveriam integrar o baixo contínuo – aqui apenas órgão de câmara, ali três chitarroni. A diversidade de formas musicais – do “antigo” madrigal polifónico ao novo stile rappresentativo – também contribui para criar a impressão de uma tapeçaria de riqueza caleidoscópica, mas cuja coerência estilística afasta o risco de poder ser confundida com uma manta de retalhos.

Não poderia haver tema mais apropriado do que o poder da música para presidir ao nascimento de um género que iria, durante os séculos seguintes, exercer um irresistível fascínio e despertar as mais desabridas paixões pela Europa fora.

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L’Orfeo por Savall

L’Orfeo dirigido por Jordi Savall, com La Capella Reial de Catalunya e Le Concert des Nations, no Gran Teatre del Liceu, de Barcelona, a 31 de Janeiro de 2002, já tinha conhecido edição em DVD, mas esta edição da Alia Vox é a sua estreia em CD (e também em SACD, para os poucos munidos de tecnologia e ouvidos suficientemente sensíveis para desfrutar deste suporte de alta definição).

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Desde o início da sua carreira que Savall usa instrumentos de época, mas esta récita destaca-se por o rigor historicista se ter alargado aos cenários e figurinos e – o que é inusitado – aos trajos do maestro e dos músicos.

[Ouça aqui a exuberante Toccata que abre a ópera (e que seria reciclada por Monteverdi três anos depois, para abrir as Vespro della Beata Vergine)]

Ver L'Orfeo toccata - Monteverdi - Savall

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L'Orfeo toccata - Monteverdi - Savall

Savall é profundo conhecedor da obra de Monteverdi, tendo rubricado para a Astrée/Auvidis uma versão inultrapassável das Vespro della Beata Vergine, de 1610, e uma excelente leitura de excertos dos Madrigali guerrieri et amorosi do VIII Livro, de 1638 (ambas reeditadas na série Heritage da Alia Vox), pelo que não é de admirar que nos ofereça um L’Orfeo de irreprensível elegância e colorido sumptuoso.

Para tal contribui uma orquestra liderada por dois exímios violinistas, Manfredo Kraemer e Pablo Valetti, e um baixo contínuo opulento, em que uma dúzia de instrumentistas de primeira água (como Andrew Lawrence-King, Marco Mencoboni, Eduardo Egüez ou Luca Guglielmi) se ocupam de uma panóplia de harpas, cravos, órgãos, órgãos-regal, claviorgani, tiorbas, chitarroni, guitarras, violas da gamba, lirones.

[ Ouça aqui “Vi ricorda, o boschi ombrosi”: no Acto I, os bosques e prados partilham da felicidade de Orfeu, que acaba de dar o nó com Eurídice]

Ver Vi ricorda, o boschi ombrosi - L'Orfeo - Claudio Monteverdi

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Vi ricorda, o boschi ombrosi - L'Orfeo - Claudio Monteverdi

O elenco vocal também tem a qualidade a que Savall nos tem habituado, mas ao seu Orfeu, o barítono Furio Zanasi, falta intensidade e arrebatamento nos momentos cruciais, como em “Tu se’ morta” (quando recebe a notícia da morte de Eurídice), pelo que perde na comparação com Anthony Rolfe Johnson (na versão de John Eliot Gardiner) e, sobretudo, com Victor Torres (na versão de Gabriel Garrido).

[Ouça aqui “Tu se’ morta”, por Furio Zanasi]

Ver L'Orfeo de Monteverdi - Acto II - "Tu se'morta" (Pista 9b Barroco 1)

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L'Orfeo de Monteverdi - Acto II - "Tu se'morta" (Pista 9b Barroco 1)

O facto de se tratar de uma gravação ao vivo faz com que o som nem sempre seja ideal: a distância variável dos cantores aos microfones prejudica, por exemplo, Cécile van de Sant (Esperança) em “Ecco l’atra palude”, e são audíveis ruídos de palco e tosses. Todavia, o som, espaçoso e límpido, cumpre os padrões da Alia Vox.

Num elenco em que também brilham Montserrat Figueras (A Música), Antonio Abete (Caronte) e Gerd Türk, Francesc Garrigosa e Carlos Mena (Pastores), a voz que mais se destaca é a da contralto Sara Mingardo (Mensageira), exprimindo plenamente a desolação avassaladora que a toma por trazer a Orfeu tão infaustas notícias. A direcção de Savall é, como sempre, um modelo de elegância e refinamento, o que significa que não há lugar para dramatismos exacerbados – o que, na ópera, nem sempre é desejável.

Feitas as contas, trata-se de uma versão recomendável, embora não desafie a supremacia de Gardiner (Archiv) e Garrido (K617). O domínio em que a versão de Savall bate toda a concorrência é na apresentação, com os 2 CDs inseridos num micro-livro de capa dura com 400 páginas.

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Outros Orfeus

A popularidade de Orfeu entre os compositores italianos dos alvores do barroco, manteve-se ao longo do século XVII – com relevo para as óperas de Stefano Landi (1619), Luigi Rossi (1647) e Antonio Sartorio (1672) – e alastrou à Alemanha – Heinrich Schütz (1638, partitura perdida) e Johann Philipp Krieger (1683).

Orfeu chegou à cantata no último quartel do século XVII, desabrochando plenamente no início do século XVIII. É a este período que pertencem as quatro cantatas dos italianos Alessandro Scarlatti (1660-1725) e Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) e dos franceses Louis-Nicolas Clérambault (1676-1749) e Jean-Philippe Rameau (1683-1764) incluídas no CD Orfeo(s), pela soprano Sunhae Im e a Akademie für Alte Musik Berlin (Harmonia Mundi).

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Dos quatro compositores apenas Clérambault não se dedicou à ópera – o ballet pastoral Le triomphe d’Iris (1706) foi o mais perto que esteve do género – concentrando a sua produção na música sacra e na cantata. Já os outros três contam-se entre os maiores compositores de ópera do seu tempo, com produção residual de cantatas no caso de Pergolesi e Rameau e com Scarlatti a revelar-se assombrosamente prolífico em ambos os campos: cerca de 100 óperas e 800 cantatas.

As quatro cantatas centram-se no episódio do resgate de Eurídice, mas, dada a brevidade do formato, tratam-no apenas parcialmente. Assim, não é de estranhar o tom positivo que encerra o Orfeo de Pergolesi, já que mostra o herói, após a desolação causada pela perda da amada, a manifestar a determinação de descer ao Inferno para a resgatar. Também o Orphée de Clérambault termina em exultação, já que avança na cronologia dos eventos até ao ponto em que Plutão concede a Orfeu que leve Eurídice de volta ao mundo dos vivos.

No amor há um momento certo para obter a recompensa e se bem que haja quem, por indolência, deixa escapar esse ponto delicioso, são mais os amantes que o falham por não controlarem os seus desejos impetuosos”

L’Orfeo de Scarlatti é narrado em retrospectiva após o herói ter ficado sem Eurídice pela segunda vez. Enquanto as outras cantatas exploram sobretudo os registos de lamentação e exultação, Scarlatti alarga o leque emocional, com a ária “Se mirando, occhi perversi” a exprimir uma áspera auto-recriminação, por ter condenado Eurídice com o seu olhar. Ainda mais notável é a ária “Sordo il tronco”, em que o acompanhamento instrumental, embalador e hipnótico, se suspende judiciosamente em “fermó il passo” (“[a fera] suspendeu o passo”) e em “cessò il pianto e il duol eterno” (“cessou o choro e a lamentação eterna” [dos danados no Inferno]).

O Orphée de Rameau centra-se na viagem de regresso à superfície e na impaciência fatal que leva Orfeu a olhar Eurídice antes de tempo. A derradeira ária fornece a moral da história: “No amor há um momento certo para obter a recompensa e se bem que haja quem, por indolência, deixa escapar esse ponto delicioso, são mais os amantes que o falham por não controlarem os seus desejos impetuosos”. Dir-se-ia que, sob as dignas e sofisticadas vestes da cantata de câmara, um entretenimento sofisticado para salões aristocráticos, e da evocação erudita da mitologia clássica, se aborda um assunto que é, afinal, do foro carnal: como lograr o clímax simultâneo durante os transportes amorosos (os tempos mudam e hoje há menos botões, rendas, folhos e espartilhos a servir de empecilho, mas as Grandes Questões Existenciais atravessam os séculos).

A voz ligeira, focada, precisa e ágil da soprano sul-coreana Sunhae Im (que já foi Eurídice nos Orfeus de Monteverdi e Gluck) é o instrumento perfeito para estas quatro cantatas e tem apoio seguro da Akademie für Alte Musik Berlin, aqui em efectivos mínimos, como convém ao tom intimista das obras e às circunstâncias para que foram concebidas.

Depois do barroco

Ao longo do século XVIII, Orfeu continuou a ser assunto de óperas –Telemann (1726), Graun (1752) – e esteve mesmo por trás de uma obra que marca uma decisiva renovação do género, o Orfeo ed Euridice (1762) de Gluck. O interesse dos compositores pelo tema declinou acentuadamente no final do século XVIII – Haydn foi o único grande compositor do Classicismo a recorrer a ele, em L’anima del filosofo (1791), mas esta nem sequer chegou a ser apresentada em vida do compositor e hoje tem apenas o estatuto de curiosidade. No século XIX, Orfeu ressurgiu sob a forma de ópera bufa pela mão de Jacques Offenbach, com um Orphée aux enfers (1858) em que se dança o can-can e em que Orfeu e Eurídice não só se detestam como ela não suporta ouvi-lo tocar violino.

No século XX Orfeu continuou a alimentar óperas, mas quase sempre de compositores menos conhecidos, como Malipiero, Milhaud, Krenek ou Casella. O pai da música concreta, Pierre Schaeffer, usou-o na sua única ópera, Orphée 53 (1953, em colaboração com Pierre Henry) e o mestre da música-a-metro, Philip Glass compôs (remastigou) um Orphée (1991) baseado no filme homónimo de Jean Cocteau. Entre os nomes cimeiros da música do século XX, há a registar o Orpheus (1978) de Henze e The mask of Orpheus (1986) de Birtwistle.

Porém, é mais recomendável que a iniciação ao mito de Orfeu na música se faça pela ordem cronológica, com L’Orfeo de Monteverdi, pois é aquela em que o poder sedutor da música é mais patente. Não se garante é que as melodias do cantor trácio sejam capazes de dissuadir o gato de afiar as unhas no sofá e o cão de roer sapatos.

 

Ler em…

http://observador.pt/especiais/a-origem-da-opera-a-musica-para-amansar-feras/

 

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Ao Virar da Página…

 

Biblioteca Electrónica Portuguesa

 

“Ilha dos Amores, de António Feijó by Bibliotrónica Portuguesa

A reedição que a Bibliotrónica Portuguesa acaba de lançar – Ilha dos Amores, de António Feijó – foi

feita a partir do exemplar que pertenceu a Fernando Pessoa e cujas fotografias estão disponíveis no site da Casa Fernando Pessoa. A assinatura do poeta lê-se no topo de uma das folhas de guarda: “F. Nogueira Pessoa”. Estando, na folha de rosto, um carimbo (riscado) indicador de outra propriedade, não podemos ter a certeza de ter sido Fernando Pessoa a sublinhar alguns versos neste livro-fonte. Mesmo assim, pareceu-nos valer a pena marcar o interesse demonstrado por estes versos, deixando-os escritos a cor sépia, na reedição. Concluída a primeira parte do livro, precisamente aquela que lhe dá nome, não se acham mais versos sublinhados. Quer fosse por o leitor se ter desinteressado da leitura ao chegar à segunda parte (“Auto do meu afeto”) quer fosse por qualquer outra razão, o certo é que não se encontram mais marcas de leitura. A reedição de um livro de poemas levanta aos editores dificuldades específicas, que resultam essencialmente das frequentes quebras na mancha de texto – mudanças de verso, de partes do mesmo poema, de conjuntos de poemas – num espaço em que a pré-definição de margens, tamanhos (de página, letras, entrelinha etc.), títulos-correntes, numeração de páginas etc. impede adaptações à mancha. Não podendo adaptar-se o espaço, é forçoso adaptar a mancha gráfica ao espaço, sem comprometer nem a criação nem a legibilidade. Especialmente no caso de versos longos, este objetivo pode tornar-se num quebra-cabeças. Na verdade, a dificuldade é, pelo menos parcialmente, partilhada na edição de um original de poesia. Mas, neste caso, a possibilidade de perguntar ao autor a importância de cada face do poliedro poético alivia algumas decisões. Numa reedição, cruzam-se com a dificuldade de disposição dos versos na página a dificuldade de interpretar certas decisões de arranjo gráfico. No caso de um poema cujas estrofes tenham número irregular de versos, por exemplo, é difícil decidir se há mudança de estrofe quando há mudança de página, mas é interpretação incontornável quando se faz uma reedição. O mesmo acontece com certos inesperados alinhamentos de versos (centrados, alinhados à esquerda, regular ou irregularmente etc.), que, podendo ter sido acidentais por não terem merecido a atenção do autor, podem também ter tido a intenção de produzir efeito complementar da criação poética. É ainda o caso do recurso (propositado?) ao itálico, num conjunto alargado de poemas, como acontece no livro agora reeditado. Por todas estas razões, a reedição de um livro de poemas exige uma atenção redobrada à construção de cada página, uma depois da outra. Dizem os editores da reedição agora lançada que escolheram este autor por ser imerecidamente pouco conhecido. Imerecidamente, de facto. O domínio que António Feijó tem da língua portuguesa é daquele género que ultrapassa a competência para chegar à arte, como se esta existisse antes de existir; como se criar não fosse mais do que encontrar. Abundam os versos em que a arte verbal parece tão simples como se pertencesse à simples natureza da linguagem. E, não sendo assim, é admirável, e um prazer. A Bbliotrónica Portuguesa deve um agradecimento à voluntária Catarina Gonçalves, que assegurou a revisão deste livrónico.

Bibliotrónica Portuguesa | November 8, 2015”

 

Ler em…

http://www.bibliotronicaportuguesa.pt

 

 

Um percurso à medida de cada um

 

“A Fell Star Race volta a percorrer as ruas da zona da Foz, num percurso desenhado por cada um dos participantes, que apenas têm duas exigências: passar pelos três postos de controlo definidos previamente e fazer este percurso no sentido dos ponteiros do relógio. Esta prova realiza-se a 27 de novembro, pelas 21 horas. As inscrições já estão abertas.

Com organização da All About Sport Events e o apoio da Câmara do Porto, esta é a segunda edição deste evento, que leva os participantes a descobrir, enquanto correm ou caminham, o melhor percurso entre os locais assinalados.

Existem, nesta prova, três postos de controlo, um deles já conhecido, é o ponto de partida e de chegada, no Forte de São João Batista. Os outros dois só serão descortinados duas horas antes do início evento.

Esta iniciativa engloba duas atividades, a corrida de 14 quilómetros e a caminhada de 10 quilómetros. Ambas têm que obedecer às mesmas exigências: passar pelos três postos de controlo definidos e encontrar o melhor percurso sempre seguindo o sentido dos ponteiros do relógio.

Esta prova está marcada para a noite de 27 de novembro, pelas 21 horas, e as inscrições já estão abertas e podem ser feitas online. Consoante a data de inscrição, o preço varia, aumentando à medida que se aproxima da data da prova.

Para mais informações, consulte All About Sports Events e efetue inscrição em Fell Star Race.”

 

Ler em…

http://www.porto.pt/noticias/sem-mapa-e-guiado-pelos-ponteiros-do-relogio

 

 

Por aqui me fico… e claro, com o desejo de… boas leituras!

Até ao próximo click!

publicado por Musikes às 20:45 link do post
02 de Novembro de 2015

“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa

 

 

No “Gotinhas” desta semana, estas e outras novas que passaram.

 

Ora, vamos lá ver o que há em cartaz.

 

Casa da Música – Porto

 

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música -

[04/12/2015 - sexta-feira | 21:00 | Sala Suggia] - Clássica - Leopold Hager, Agrupamentos residentes

Internacionalmente aclamado como especialista do Classicismo Vienense e do repertório lírico Mozartiano, Leopold Hager, Maestro Convidado Principal da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, dirige a soprano Ana Quintans em árias famosas de Gluck e Mozart, percorrendo sentimentos diversos desde a mais sentida tristeza à mais exuberante alegria. A soprano portuguesa tem sido uma presença regular em produções de ópera europeias com consagrados agrupamentos e maestros da actualidade. Uma sinfonia particularmente festiva de Mozart e a sinfonia com que Beethoven coroou o Classicismo, anunciando novos rumos à música vienense, completam um fascinante programa com obras sobejamente célebres.

 

Ler mais!

http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2015/12/04-dezembro-2015-orquestra-sinfonica-do-porto-casa-da-musica/39398?lang=pt

 

Em Novembro "à volta do barroco" de Bach

 

A Casa da Música do Porto será, durante o próximo mês de Novembro, palco do festival À Volta do Barroco, acolhendo concertos, cantatas e sinfonias de Johann Sebastian Bach, o compositor central do programa.

 

Ler mais!

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/casa-da-musica-em-novembro-a-volta-do-barroco-de-bach-1712863

 

***

 

Porto Cultura

 

Humanidades no Fórum do Futuro ( 4 a 8 de novembro )    Caixa de entrada 

Todo o programa e informações no site : http://forumofthefuture.com/pt/

 

Artes no Fórum do Futuro ( 4 a 8 de novembro )    Caixa de entrada 

Todo o programa e informações no site : http://forumofthefuture.com/pt/

 

***

 

Coliseu - Porto

 

Em Novembro

Apocalyptica

Mayra Andrade

Coliseus Comedy Night

Tiago Bettencourt

God Save The Queen

Nilton

Concertos Conversa Coliseu

Rodrigo Leão

Jam Session

Mariza

O Lago dos Cisnes

 

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Casa das Artes, Porto:

 

Programação  

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Exposição de Helder Sanhudo 

A Casa das Artes acolhe uma nova exposição de desenho e pintura de Helder Sanhudo, intitulada “Às coisas vividas.”

"O regresso ao diálogo com e sobre a pintura do  Helder Sanhudo é sempre, para mim, motivo de grande prazer. É como um perigoso, mas satisfatório retorno à subversão de todas as minhas regras …

Leia mais.

http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fcasadasartes.pt%2F%3Femail_id%3D18%26user_id%3D1370%26urlpassed%3DaHR0cDovL2Nhc2FkYXNhcnRlcy5wdC8yMDE1LzA4L2V4cG9zaWNhby1kZS1oZWxkZXItc2FuaHVkby1pbmF1Z3VyYS1kaWEtMTMtc2V0ZW1icm8v%26controller%3Dstats%26action%3Danalyse%26wysija-page%3D1%26wysijap%3Dsubscriptions&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHAZMD77mv3nL7xdmdi7uk

Casa das Artes | Rua Ruben A, 210 | 4150 – 639 Porto 

www.casadasartes.pt

www.facebook.com/casadasartesporto

 

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E agora, vamos lá às notícias!

Um punhado de tantas outras que passaram na imprensa por estes dias… ;)

 

Seis episódios para contar a história do rock português

 

“A RTP começa a exibir esta quarta-feira (28/10/2015( Arte Eléctrica em Portugal, série documental em seis episódios que segue o percurso do rock português desde a sua origem na década de 1960 até aos anos 1990.

 

Ler mais!

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/seis-episodios-para-contar-a-historia-do-rock-portugues-1712631

 

 

O Porto tem três novas livrarias e todas elas são diferentes

 

“Há um poema de Manuel António Pina em cima da mesa, ao lado de scones, biscoitos e sumo de laranja natural. Pina Bausch também anda por aqui, através da música da banda-sonora de Pina, o filme de Wim Wenders sobre a incontornável coreógrafa e bailarina alemã. É sábado, início de tarde de início de Outono, e faz-se um Pina brunch na livraria Flâneur. Mas nem o cheiro a scones com compota de morango distrai do essencial: os livros. As prateleiras revelam uma óptima selecção de escritores, entre eles Elena Ferrante, Herberto Helder, Afonso Cruz, Svetlana Alexievich – a nova Nobel da Literatura –, Karl Ove Knausgård, Walter Benjamin, Slavoj Žižek, Jacques Derrida, Max Horkheimer e outros autores que incitam ao cada vez mais necessário sobressalto intelectual e político.

A Flâneur fica na Rua Ribeiro de Sousa (Constituição), num espaço que era uma das divisões de um antigo palacete. Abriu portas a 26 de Setembro pelas mãos de dois jovens livreiros, Cátia Monteiro e Arnaldo Vila Pouca. Uns dias antes, inaugurou a Livraria do Mercado, no Mercado Bom Sucesso, iniciativa da editora Calendário de Letras, que aqui aposta sobretudo nos fundos editoriais. Por esta altura, surgiu também a Confraria Vermelha - Livraria de Mulheres, na Rua dos Bragas, um projecto feminista de Aida Suárez.

Abriram, portanto, três novas livrarias no Porto num período de um mês. Ocorrência invulgar num mercado de forte concentração de editoras e de canais de distribuição dominado pelas grandes cadeias livreiras, que asfixiam as pequenas e médias livrarias e dificultam o seu aparecimento. Ocorrência invulgar numa cidade invadida semanalmente por bares e restaurantes.

Apesar de se registarem alguns casos positivos – como a abertura, em 2012, da Livraria da Culturgest, ou, no ano passado, da Circo de Ideias, livraria localizada no Bairro da Bouça, projectado por Álvaro Siza – a crise já veio à tona diversas vezes. Nos últimos anos foram fechando várias livrarias tradicionais e independentes, sobretudo no centro da cidade, enquanto outras foram transformadas em bares ou em restaurantes (Candelabro, (…)”

 

Ler mais!

http://www.publico.pt/local/noticia/o-porto-tem-tres-novas-livrarias-e-todas-elas-sao-diferentes-1710773

 

 

Programa educativo de Serralves 2015/2016

 

“O Serviço Educativo da Fundação de Serralves apresenta uma programação no âmbito das artes visuais, da arquitetura e do ambiente dirigida à comunidade, envolvendo diferentes públicos e contextos. Informar, inovar, surpreender, provocar, criar e desenvolver a cidadania são objetivos presentes nas atividades promovidas. Serralves, enquanto espaço aberto à imaginação, à reflexão e ao debate, privilegia o pensamento crítico e criativo na aproximação à cultura contemporânea.”

 

Ler mais!

http://www.dgeste.mec.pt/index.php/2015/10/programa-educativo-de-serralves-20152016/

 

 

Memórias de Fernando Pessoa em exposição na U.Porto « Notícias UP

 

“Fernando Pessoa

Os visitantes vão poder ver os óculos, a máquina de escrever ou o último bilhete de identidade do autor do “Livro do Desassossego”. (Foto: DR)

Os óculos, a máquina de escrever, blocos e cadernos de apontamentos, cartões de visita, um porta moedas e o último bilhete de identidade do autor do “Livro do Desassossego”. A partir dos próximo dia 5 de novembro, estes são apenas alguns dos objetos pertencentes a Fernando Pessoa que vão poder ser apreciados no edifício da Reitoria da Universidade do Porto, no âmbito da exposição “Orpheu e a sua época”, inserida nas comemorações dos 100 anos da revista Orpheu.

Reunindo um conjunto alargado de objetos provenientes da Casa Museu Fernando Pessoa e da Fundação Cupertino de Miranda, esta exposição conduzirá os visitantes numa viagem única pelo imaginário de um dos maiores vultos da literatura portuguesa. Para além dos objetos que Pessoa usou em diferentes fases da sua vida (onde se incluem também boquilhas, um devocionário, uma carta a António Ferro ou o emblema que o escritor usou enquanto frequentou a Durban High School, na África do Sul), vai ainda ser possível apreciar os três exemplares – um dos quais nunca publicado – da revista Orpheu, uma escultura de Mario Cesariny e um quadro dedicado a Mário de Sá Carneiro, da autoria de Cruzeiro Seixas.

A inauguração da exposição será o ponto culminante da jornada comemorativa organizada pela U.Porto para assinalar o centenário da Orpheu, publicação que, apesar da sua curta existência (teve apenas dois números, publicados nos primeiros dois trimestres de 1915), revolucionou o panorama social e cultural do país e deu expressão ao movimento modernista, encabeçado por nomes como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada-Negreiros ou Santa-Rita Pintor. (…)”

 

Ler mais!

http://noticias.up.pt/memorias-de-fernando-pessoa-em-exposicao-na-u-porto/

 

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No “Pergaminho” desta semana…

 

Ministério da Educação: o(a) senhor(a) que se segue…

 

“Entramos na era “pós-Crato”. O ministro responsável pelas opções educacionais nos últimos quatro anos foi substituído e tomou já posse a nova ministra da Educação ainda que não saibamos, dada a complexa conjuntura política que vivemos, porquanto tempo exercerá ela o cargo.

Estas mudanças são sempre portadoras de uma expectativa esperançosa. A actual ministra (ou quem lhe vier a suceder) que educação encontrará e qual será o alcance da sua intervenção? Num país como o nosso, integrado num espaço geoeconómico com fortes linhas de organização e de harmonização entre os membros da comunidade a que pertencemos, é impensável que qualquer novo responsável prometa (e sobretudo possa cumprir) mudanças coperniquianas no sistema de ensino. Quando se analisam longitudinalmente as políticas educativas seguidas nos últimos anos encontramos mais frequentemente continuidades e alternâncias do que rupturas e revoluções. A verdade é que o sistema educativo está de tal forma embutido na vida da sociedade que qualquer mudança mais radical pode entrar em ruptura com a organização da vida e com os valores das famílias e das comunidades. Lembro-me quando trabalhei em projectos europeus na Rússia como qualquer proposta de mudança da escola colidia com a organização de vida das famílias e, logo, tornava estas mudanças irrealizáveis.

A consciência do alcance limitado das mudanças não pode, no entanto, desmerecer a determinação em as realizar. Precisamos de mudanças de política na Educação para que a nossa escola não fique (ainda mais) desfasada das motivações e das necessidades dos alunos. Penso que um ministério pós-Crato terá de encarar três grandes urgências:

  1. Precisamos de modificações profundas no currículo. Entendemos aqui currículo de forma restrita, isto é, como o conjunto de conteúdos que se considera essencial que o aluno deva aprender. A modificação do currículo é imperiosa por vários motivos. Antes de mais porque assistimos recentemente a um (ainda maior) estreitamento das aprendizagens. A hipertrofia do Português e da Matemática ocupou o espaço que devia ser de outras aprendizagens e experiências. Falta tempo para explorar a criatividade do aluno, falta tempo para ele conhecer e participar em aprendizagens ligadas ao seu ambiente, falta tempo para ele se comprometer em projectos que tenha motivação de desenvolver. Por outro lado, é necessário um olhar sobre a extensão e complexidade crescente dos currículos. Várias associações profissionais de professores têm apontado a crescente complexidade e extensão dos currículos e há mesmo professores que que consideram que não é possível (mesmo a ritmo de “mata-cavalos”) “dar” todo o programa.  E quando se consegue terminar esta corrida ansiosa para “dar” o programa, resta-nos olhar para trás e ver quantos alunos foram vítimas desta corrida desenfreada e tendo descolado não sabemos como os reagrupar. Precisamos ainda de enriquecer o currículo incentivando na escola o desenvolvimento de uma vida cultural em que os alunos tenham acesso aos bens culturais para com eles criarem laços e possibilidades de fruição.
  2. Precisamos também de uma intervenção nas escolas. Quem conhece as escolas mais de perto sabe quanto desânimo e cansaço precoce lá se vive. A maneira mais simples de encontrar as causas deste ambiente é culpar os professores. A maneira mais complexa e eficaz é tentar compreendê-los. Compreender significa segundo o provérbio americano “andar nos seus sapatos”. E agora que tanta gente quer dizer aos professores o que devem ensinar, como se devem comportar, que estratégias devem usar, continua a existir muito desconhecimento sobre a pressão, a exigência e o cansaço que provém de estar sozinho dezenas de horas semanais com grupos vibrantes de crianças e jovens. Qual é a resposta que se deu a este acréscimo de exigência sobre os professores? A resposta foi muito mais burocracia para resolver, mais reuniões inúteis, menor participação nas decisões e vida colectiva da escola. A resposta foi, enfim, mais trabalho burocrático e menos oportunidades de uma profissão apoiada, criativa e bem-sucedida.”

 

Ler em…

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ministerio-da-educacao-oa-senhora-que-se-segue-1712741

 

Ao virar da página…

 

Espetáculos da Broadway disponíveis em streaming   Caixa de entrada 

 

“O BroadwayHD é um serviço que permite a todos os amantes de teatro verem espetáculos da Broadway, sem terem de por os pés em Nova Iorque ou Londres.

broadway.png

O site BroadwayHD foi criado pelos produtores Stewart F. Lane e Bonnie Comley com o objetivo de fazer chegar as produções teatrais a mais espetadores, espalhados pelo mundo. «A ideia do streaming, a conveniência de “fazer o que quero, quando quero” é a forma como as pessoas estão condicionadas para consumir o entretenimento hoje em dia», explicam os produtores citados pelo Mashable. (…)”

 

Ler mais!

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/noticias/internet/2015-10-26-Espetaculos-da-Broadway-disponiveis-em-streaming

 

 

Janina Fialkowska plays 1848 Pleyel grand piano   Caixa de entrada 

 

Aqui uma simples e fascinante curiosidade musical.

O poder da História. Cativante e estimulante num só instrumento, o qual viria a revolucionar o mundo da música tal como a conhecemos hoje em dia o gran piano.

 

Veja este vídeo no YouTube:

http://youtu.be/_sBvZh_GI9A

 

 

E apenas para descontrair…

Aqui um pequeno vídeo que certamente será… pelo menos, de avivar memórias… Ora espreita lá! J

 

Veja este vídeo no YouTube:

http://youtu.be/jAuyeHFZVfU

 

Por aqui me fico, com a promessa de voltar para a próxima semana.!

publicado por Musikes às 21:37 link do post
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