Em cada um reside a fonte da partilha, e seja ela um dom ou não, deixa-me semear no teu ser o prazer da Música. Ela tem inspirado o Homem no revelar o seu pensamento, o interpretar e sentir o Universo ao longo de milénios. Bem vindo!
23 de Fevereiro de 2016

“GOTINHAS… CULTURAIS…”

“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa

A não perder! Aqui algumas sugestões culturais a lá dar um salto. ;)

Casa da Música - Porto

Postais de Viena (15€)

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música - [27/02/2016 - sábado | 18:00 | Sala Suggia] - Clássica

Berço da melhor tradição orquestral, Viena assistiu, no início do século XX, a uma verdadeira renovação da linguagem musical operada por Arnold Schoenberg e os seus dois discípulos, Alban Berg e Anton Webern. A sofisticação tímbrica e o intenso lirismo das 5 peças para orquestra de Schoenberg, de 1909, testemunham a herança do Romantismo que o compositor expande com um cromatismo e contraponto de escrita sem precedentes e resultados intensamente expressivos. A porta fica aberta para as obras a si dedicadas por Anton Webern, que em 1910 inovou completamente o conceito de textura orquestral, e Alban Berg, cujas três peças de 1915 estabeleceram a síntese perfeita entre tradição e inovação. Bruno Mantovani, em 2004, adoptou o modelo de Schoenberg para, também ele, renovar o conceito de forma musical. O concerto é dirigido por um conceituado especialista da música do século XX, o maestro norte‑americano Brad Lubman. “Brad Lubman dirigiu interpretações vibrantes e eufóricas que electrizaram o público.” New York Times

Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/02/27-fevereiro-2016-orquestra-sinfonica-do-porto-casa-da-musica/43175/?lang=pt

O Mundo da Disney (12 € a 15 €)

Espectáculo “Eu Danço” [28/02/2016 - domingo | 17:00 | Sala Suggia]

O espectáculo de dança “O Mundo da Disney”, organizado pela escola EU DANÇO, conta com a participação de aproximadamente 300 alunos. Acompanhado com música ao vivo, misturando as várias formas de arte, este bailado leva-nos a um mundo imaginário cheio de cor, magia e encanto. Uma experiência a não perder!

Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/02/28-fevereiro-2016-espectaculo-eu-danco/44253/?lang=pt

Fado à Mesa (35€)

Diogo Aranha, Alexandra Guimarães e Pedro Marão [11/03/2016 - sexta-feira | 20:30 | Restaurante] - Fado

As noites de fado do Restaurante Casa da Música regressam com três intérpretes de eleição. O anfitrião Diogo Aranha, presença regular nas mais consagradas casas de fado do Porto e de Lisboa, partilha o palco com Alexandra Guimarães e Pedro Marão, duas vozes que representam a melhor tradição da canção nacional com a sua sensibilidade, expressão e identidade.

Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/03/11-marco-2016-fado-a-mesa/44413/?lang=pt

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Porto Cultura

LITERATURA QUI 25 FEV ⁄ 22H00 QUINTAS DE LEITURA SE DIZES NÃO É PORQUE TENS RAZÃO AUDITÓRIO • CAMPO ALEGRE • 7,50 EUR • M/12

Uma sessão inspirada num pensamento do poeta Tristan Tzara, um dos iniciadores do Dadaísmo. Teresa Coutinho lê Antonin Artaud, Albano Jerónimo lê um fragmento de "Nojo", um livro de Cláudia Lucas Chéu, e António Fonseca lê Miguel Cardoso. Um concerto hipnótico protagonizado pelo performer Paulo Condessa, seguido de um momento de novo circo por António Oliveira, da companhia Radar 360º. Por fim, a música da banda "Lavoisier" composta por Patrícia Relvas e Roberto Afonso, que readapta e transforma temas conhecidos da música popular portuguesa.

DANÇA SÁB 27 FEV ⁄ 21H30 MAFALDA DEVILLE EM COLABORAÇÃO COM ISRAEL PIMENTA MAMA ESTREIA / PALCOS INSTÁVEIS • COMPANHIA INSTÁVEL AUDITÓRIO • CAMPO ALEGRE • 5,00 EUR • M/12

MAMA é sobre ser mulher e criança simultaneamente. Estar entre a infância e ter sobre si a responsabilidade de ser adulta. Este trabalho tem por base histórias de alegria, amor, violência e solidão de mães com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos, resultado de uma pesquisa realizada com um grupo de jovens mães, do norte de Londres, em 2012.

TEATRO SÁB 5 MAR ⁄ 19H00 AMIR REZA KOOHESTANI (IR) IVANOV ESTREIA NACIONAL AUDITÓRIO • CAMPO ALEGRE • 10,00 EUR • M/12

Se "Ivanov" é considerado o anti-herói dos tempos modernos, a versão iraniana da peça de Anton Tchekhov encarna a melancolia de uma pós-modernidade preocupante. Amir Reza Koohestani lança assim, a partir do clássico russo, um olhar contemporâneo sobre a obra, fazendo uma das mais profundas reflexões teatrais ao Irão dos nossos dias.

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Ora bom dia!  Após a agendar os próximos eventos, vamos lá às notícias culturais da semana. ;)

Um, dois, três, quatro… muitos minutos de jazz https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/u m-dois-tres-quatro-muitos-minutos-de-jazz-1723980

“A primeira edição foi “para o ar”, é assim que se diz na rádio, a 21 de Fevereiro de 1966, faz neste domingo exactamente 50 anos. Cinco Minutos de Jazz, um programa de José Duarte, não só faz anos como quer celebrá-los publicamente com concertos. De jazz, claro, e no Hot Clube de Portugal, na Praça da Alegria, em Lisboa. Convidados especiais: Jerry González e Steve Potts. A ideia inicial, que só não se concretiza nestes dias devido a um impedimento de última hora, era trazer Lou Donaldson, o saxofonista norte-americano autor do tema que José Duarte escolheu para genérico do programa e que assim se tornou familiar aos seus ouvintes, Lou’s blues. Mas Lou, hoje com 89 anos (nasceu em Badin, na Carolina do Norte, a 1 de Novembro de 1926), teve um problema de saúde nas vésperas da partida e o médico desaconselhou-o de viajar. O encontro fica, por isso, adiado, mas não anulado, garantem os organizadores. Haverá concerto, mais tarde. (…)”

Porto Best Of revisita Os GNR http://www.porto.pt/noticias/porto-best-of-revisita-os-gnr

“A partir de uma proposta de Miguel Guedes (vocalista dos Blind Zero), o Teatro Municipal do Porto inicia em março o Porto Best Of, ciclo que juntará diferentes grupos musicais e promoverá a remontagem de álbuns emblemáticos da música e de músicos do Porto. O primeiro momento deste programa será para revisitar "Psicopátria", d'Os GNR - álbum lançado há 30 anos - e descobrir LOBO, que leva a palco do Grande Auditório Manoel de Oliveira do Teatro Rivoli "Reverberação" (2015). Os bilhetes terão um preço único de 7,50 euros e podem ser adquiridos online: http://bit.ly/1oqIw0I Segundo a ideia de Miguel Guedes, «mesmo a melhor das histórias merece uma outra oportunidade. Por isso, no Porto Best Of não há canções nem letras que se considerem mortas. Pelo palco do Teatro Rivoli passará o melhor do passado em revisitação pelo tempo presente e o melhor que o presente traz e que o futuro dirá.

Em cada noite Porto Best Of, um artista ou banda emblemática da cidade do Porto tocará - na íntegra - o seu primeiro, mais influente ou seminal álbum, revisto à luz do tempo presente. Em cada uma das noites, partilhará o palco com algumas das mais excitantes propostas da nova música da cidade. É mais do que um encontro de géneros, estilos ou de gerações. Estamos, em todos os casos, a presenciar o nervo musical do Porto no coração da cidade e a sua particular influência na história da música portuguesa. A 9 de Março, a primeira noite Porto Best Of, encontraremos a chave que repousa no divã para a redescoberta do álbum "Psicopátria" d' Os GNR, com a luz própria de 1986. As onze canções deste disco fazem parte do imaginário colectivo de uma geração mas não se esgotam sem futuro. Numa nova primeira vez, para ver e ouvir na íntegra. Tendo já revisitado a canção "Pós-Modernos", a noite abre voraz com oLOBO, banda de Pedro Bessa que traz para palco o álbum "Reverberação" (2015), pontuado por uma singular versão de "Homens Temporariamente Sós".» (…)”

Ass. Ludotecas com novo espaço http://www.porto.pt/noticias/ass--ludotecas-com-novo-espaco

“O novo local do centro lúdico da Imagem Animada, uma valência da Associação de Ludotecas do Porto, vai ser inaugurado no dia 26, num espaço anexo à Casa Tait, cedido pela Câmara do Porto. O centro pretende promover "um conjunto de modalidades de intervenção utilizando a animação da imagem e o cinema de animação como ferramenta privilegiada", tendo já mais de 150 filmes realizados por crianças, jovens e adultos "provenientes de diversas instituições", segundo informação divulgada pela associação à comunicação social. A visita ao espaço expositivo "proporciona o contacto com a história do cinema através da exploração e manipulação de réplicas de dispositivos pré-cinemáticos", refere o comunicado. O centro, que desenvolve a sua atividade desde 1990, contará com oficinas de construção de brinquedos (óticos e de corda) e de carimbos animados, tal como a oferta de ações de formação, mostras e exposições. A Associação de Ludotecas do Porto (ALP) nasceu em 1987 a ALP e assume-se como um motor de dinamização, acompanhamento e incentivo às ludotecas que a ela se associam. Atualmente a ALP é, ainda, a entidade coordenadora do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) de Aldoar.”

Início do festival de cinema fantástico http://www.porto.pt/noticias/comeca-hoje-o-fantasporto

“A 36.ª edição do Fantasporto arranca hoje (22-02-2016), em modo pré-Fantas, com o início da retrospetiva dedicada ao realizador macedónio Milcho Manchevski e com a "primeira das muitas produções latinoamericanas presentes este ano no festival", segundo a organização. Às 21,30 horas, no Teatro Municipal do Porto, vai ser exibido no auditório Isabel Alves Costa "Children of the Night", do espanhol Iván Noel (em concurso com "They returned"), sobre uma "colónia de crianças vítimas de vampiros adultos (?) com novos planos para a Humanidade", segundo a sinopse existente no iMDB. Quinze minutos depois, no auditório Manuel de Oliveira, também no Rivoli, é apresentado "Dust", de Milcho Manchevski, realizador já nomeado para um Óscar (por "Before the rain", que "encerra simbolicamente" o festival deste ano, mas é também exibido na terça-feira às 21,45 horas). Na sexta-feira, inicia-se a secção competitiva do Fantasporto, com a antestreia mundial de "Gelo", de Luís e Gonçalo Galvão Telles, sobre Catarina, "uma jovem nascida do ADN retirado da idade do gelo, que cresce num palácio isolado, onde é submetida a vários testes, até que reencontra o passado". A programação da 36.ª edição vai "insistir" na América Latina, região onde se encontram "os novos nomes" do cinema, segundo informação avançada apela organização do festival. O Festival Internacional de Cinema do Porto decorrerá entre os dias 26 de fevereiro a 5 março de 2016. +Info: Fantasporto 2016”

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No “Pergaminho” desta semana…

Universidade do Algarve revela o Portugal profundo, contado pela tradição oral https://www.publico.pt/local/noticia/universidade-do-algarve-revela-o-portugal-profundo-contado-pela-tradicao-oral-1723838

“Muitas das estórias que a História não conta estarão, a partir deste sábado, acessíveis a todos através de uma plataforma digital. O projecto romanceiro.pt, desenvolvido pelo Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve (Ualg), funcionará a partir da biblioteca da Fundação Manuel Viegas Guerreiro (FMVG), em Querença. O acervo é constituído por 10.096 versões do romanceiro tradicional português, a que se juntam 3.632 inéditos. O coordenador da iniciativa, Pedro Ferré (vice-reitor da Ualg), destaca a importância deste trabalho, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian: “Este arquivo é precisamente a colecção de todos os romances publicados em Portugal desde 1828 até aos nossos dias”. Algumas dessas peças, diz, “são verdadeiramente estórias da História”, registadas em 660 horas de gravações. Assim, milhares e milhares de versões coligidas em Portugal, Espanha e nos países da diáspora portuguesa e espanhola ficam ao alcance de um clique: romanceiro.pt. O ministro da Cultura, João Soares, preside à inauguração do projecto, a cargo de três investigadores da Ualg: Pedro Ferré, Mirian Tavares e Sandra Boto. Com o êxodo dos campos para a cidade, observa Pedro Ferré, “perdeu-se uma certa vitalidade na cadeia de transmissão da memória que era feita de pais para filhos”. Segundo os investigadores, o género poético do romanceiro tradicional circula desde os finais da Idade Média na memória dos povos de expressão portuguesa, galega, castelhana e catalã, difundindo-se de geração em geração. Trata-se de um património imaterial de uma “riqueza ímpar que importa preservar”. Do Minho ao Algarve, passando pelos Açores e Madeira, é possível encontrar no acervo, a cargo da FMVG, cerca de 12 mil documentos que retratam uma outra face do país que não perdeu a memória. “Acho que isto é um passo importante para o estudo do romanceiro português”, enfatiza. Pedro Ferré estuda o romanceiro do ponto de vista literário desde 1980, fazendo recolhas em Portugal e Espanha. Uma das razões porque este género de manifestação cultural sobreviveu, diz, é porque são “textos que dizem qualquer coisa à colectividade, funcionando no fundo com uma espécie de mandamentos sobre o que se deve fazer”. E a tradição de quem conta um ponto aumenta um ponto, mantém-se? “Sim, quem conta um conto, acrescenta um ponto”. Mas, atenção: “os conhecedores desta linguagem sabem que existe uma gramática própria” a ter em consideração no acto de recitar, alerta. Só sobre a Nau Catrineta, de Almeida Garrett (Lá vem a Nau Catrineta, que tem muito que contar! Ouvide, agora, senhores, Uma história de pasmar…), existem mais de 200 versões. Os textos do romanceiro, acolhidos pela FMVG, incorporam o trabalho do Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Ualg, tendo em conta as versões que foram “retocadas” ao longo dos tempos. Sobre a ilha da Madeira, diz Pedro Ferré, até 1981, ”só se conhecia o romanceiro da Madeira pelas versões profundamente retocadas de Rodrigues de Azevedo. Não conhecíamos a tradição da Madeira”. No Algarve, Estácio da Veiga foi tão “longe ou mais do que Álvaro Rodrigues de Azevedo”. Graças a recolhas recentes, adianta, “podemos agora ver onde se corrigiu e refundiu”.”

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Ao virar da página…

Portugal testa salas de aula do futuro http://www.dn.pt/portugal/interior/portugal-testa-salas-de-aula-do-futuro-5040206.html

“Setúbal já tem um espaço a funcionar há um ano e meio e serve de modelo a 24 salas em preparação. Esta é uma aposta do governo Nesta sala de aula da Escola Secundária D. Manuel Martins, em Setúbal, as cores são garridas e os alunos podem sentar-se em puffs e são confrontados com perguntas a que devem responder em 45 minutos. O objetivo é que aprendam a matéria através da descoberta das respostas feitas com ajuda das pesquisas na internet. No fim, as conclusões são apresentadas à turma. E as intervenções do professor Carlos Cunha quase que ficam reduzidas a estas duas expressões: "Achas que esta definição responde à tua pergunta?" ou "o que interessa é isto, o resto é palha". O ambiente na primeira Sala de Aula do Futuro (SAF) portuguesa é elogiado pelos alunos e corresponde ao que os entusiastas pela mudança na forma de ensinar defendem. "Não temos de estar sentados a olhar para uma pessoa a falar durante 45 minutos. Estamos à procura das coisas e aprendemos por nós", explica Tomás, um dos alunos do 8.º C da Secundária D. Manuel Martins. Ora é precisamente essa sensação de tédio que o professor Carlos Cunha quis combater quando decidiu importar no início do ano letivo 2014/2015 a SAF do original belga, produzido pela European Schoolnet. Aqui, o método para levar os alunos a aprender baseia-se na pesquisa de informação e apresentação de trabalhos em várias áreas, a partir de perguntas iniciais, e em que o papel central pertence aos jovens (ver P&R). A primeira sala fora de Bruxelas é esta de Setúbal e Portugal está a preparar mais 24, reforçando a posição de país da União Europeia com mais salas deste tipo. Agora temos seis a funcionar -além de Setúbal, também existem na Escola básica 2/3 da Atouguia da Baleia e na Básica de Ferrel, as duas em Peniche , na secundária Rafael Bordado Pinheiro, nas Caldas da Rainha, no Colégio Monte Flor e outra na Universidade de Lisboa, que serve de laboratório e formação de professores - em segundo lugar está a Bélgica, com quatro. De acordo com o Ministério da Educação (ME), estão a funcionar seis SAF em Portugal (todas em escolas públicas, à exceção do colégio privado e do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa), e o objetivo é manter a aposta nestes espaços. "O ME apoia todas as iniciativas das Escolas que promovem a melhoria das aprendizagens e, em particular, as que visam o combate ao abandono escolar e promovam o sucesso escolar. No caso concreto dos ambientes educativos inovadores, o Ministério presta apoio técnico e científico às escolas que pretendam testar esta metodologia. O apoio passa pela referenciação destas escolas a outras escolas europeias com experiências semelhantes, por via da European Schoolnet", explica a equipa dirigida pelo ministro Tiago Brandão Rodrigues. (…)”

Pegue num livro: 34 bibliotecas onde dá (ainda mais) gosto ler http://observador.pt/2016/02/22/pegue-num-livro-34-bibliotecas-da-ainda-gosto-ler/

“Dos encantos da Biblioteca Joanina de Coimbra até à modernidade dos espaços de leitura na Alemanha: entre nas bibliotecas mais bonitas do mundo e deixe-se embrenhar, além dos livros, na arquitetura. A busca pela informação está no código genético do Homem: queremos satisfazer curiosidades, encontrar novos mundos, expandir os horizontes. Dizia o padre António Vieira no século XVII que “o livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive” e talvez estivesse correto. Se um livro apenas transporta o conhecimento de modo tão fascinante, imagine-o replicado às centenas, aos milhares, aos milhões nas bibliotecas mais fantásticas do planeta. O Observador entrou nas bibliotecas onde o conhecimento está conservado entre uma arquitetura de cortar a respiração: em Coimbra temos um exemplo de uma biblioteca vasta e clássica. E na Austrália pode também visitar outras mais modernas e minimalistas, ao jeito do século XXI. Na fotogaleria vai encontrar 34 das bibliotecas mais belas do mundo. (…)”

Por aqui me fico… e claro, com o desejo de… boas leituras! Até ao próximo click! :)
publicado por Musikes às 11:55 link do post
18 de Fevereiro de 2016

"O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz.” Aristóteles

GRANDES MÚSICAS… GRANDES ÉPOCAS!...

MÚSICA CLÁSSICA (1750-1810)

Feita a merenda, abastecido muito bem o cesto da cultura, eis-nos a caminho de mais uma jornada musical. Desta vez, para algo bastante inesperado e pouco conhecido do grande público. Certo é, que continuamos a desbravar esse fantástico período da História da Música Ocidental – a Música do Classicismo.

Carl Philipp Emanuel Bach (300 anos de um Bach negligenciado)

“Como lembra o crítico Ivan Hewett, Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) já foi mais famoso do que seu pai, o grande Johann Sebastian Bach (1685-1750). Quando, na segunda metade do século 18, se ouvia um músico europeu falar ou escrever sobre o “Grande Bach”, ele normalmente não estava se referindo ao célebre Johann Sebastian, morto em 1750, e sim a seu segundo filho, CPE Bach. Entre os vários irmãos que se tornaram músicos profissionais, ele era considerado um vanguardista, um revolucionário, arauto de uma nova época musical, de Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto) e Empfindsamkeit (Sentimentalismo) pré-românticos.” (http://euterpe.blog.br/historia-da-musica/emanuel-bach-300-anos-de-um-genio-negligenciado)

C. P. E. Bach - Symphony No. 1 in D Wq 183 (H66 (1º and.) http://videos.sapo.pt/bdsdgy7DnKLM63t5JHMF

C. P. E. Bach - Symphony No. 1 in D Wq 183 (H66 (2º and.) http://videos.sapo.pt/aW6Tzqyhatt4c6tOeDlM

C. P. E. Bach - Symphony No. 1 in D Wq 183 (H66 (3º and.) http://videos.sapo.pt/3pLzzNa7yqWnQB6EzZTU C. P. E. Bach - Symphony No. 2 in E flat Wq183 (1º and.) http://videos.sapo.pt/vzCsDlMaPWenZOWwERpR

C. P. E. Bach - Symphony No. 2 in E flat Wq183 (2º and.) http://videos.sapo.pt/DYawpsKyteSO4uwTHr3n

22 C. P. E. Bach - Symphony No. 2 in E flat Wq183 (3º and.) http://videos.sapo.pt/mDYLe5ZvK3U8eQyNyjLb

C. P. E. Bach - Symphony No. 3 in F Wq183 (H665 (1º and.) http://videos.sapo.pt/aDZwveA625UIzk4p80RU

C. P. E. Bach - Symphony No. 3 in F Wq183 (H665 (2º and.) http://videos.sapo.pt/GLDCGpZAn3Nj56mvL0Zf

C. P. E. Bach - Symphony No. 3 in F Wq183 (H665 (3º and.) http://videos.sapo.pt/3Fhug5R4FUep8ylfGbyJ

"Toda a alma dele está ali, em atividade. Alma, expressão, emoção: Bach foi o primeiro a dá-las ao piano." Assim o crítico e autor de obras sobre música Johann Friedrich Reichardt (1752-1814) descrevia a arte pianística de Carl Philipp Emanuel. Ele permaneceria um ídolo até mesmo para a geração seguinte de músicos, do Classicismo vienense. Assim, Wolfgang Amadeus Mozart teria dito: "Ele é o pai, nós somos os garotos." E Ludwig van Beethoven, numa carta de 1809 a seu editor: "Das obras para piano de Emanuel Bach, eu só tenho algumas coisas, e no entanto elas servem a qualquer artista verdadeiro, não só para excelso prazer, mas também para estudo." “ (http://www.dw.com/pt/carl-philipp-emanuel-300-anos-de-um-bach-negligenciado/a-17482545)

C. P. E. Bach - Symphony No. 4 in G Wq183 (H666 (1º and.) http://videos.sapo.pt/Y8k0nUq0PIigysOv54vj

C. P. E. Bach - Symphony No. 4 in G Wq183 (H666 (2º and.) http://videos.sapo.pt/siFIATz3pISSUN7fPevv

C. P. E. Bach - Symphony No. 4 in G Wq183 (H666 (3º and.) http://videos.sapo.pt/fc8QUjMT9azHMCJKTzZR

C. P. E. Bach - Symphony No.5 in B minor Wq182 (1º and.) http://videos.sapo.pt/3Q5iCFG69vvmnqw8u17j

C. P. E. Bach - Symphony No.5 in B minor Wq182 (2º and.) http://videos.sapo.pt/nmt4fuzRMggIzFUNYBuo

C. P. E. Bach - Symphony No.5 in B minor Wq182 (3º and.) http://videos.sapo.pt/IdUl2AFqjaQVbVVJUvYz

532 C. P. E. Bach - Cello Concerto in A major Wq.17 (1º and.) http://videos.sapo.pt/lHZjIer647UThkGM6ZpZ

533 C. P. E. Bach - Cello Concerto in A major Wq.17 (2º and.) http://videos.sapo.pt/bMIw8pQgViKjBwSmA3dR 534 C. P. E. Bach - Cello Concerto in A major Wq.17 (3º and.) http://videos.sapo.pt/ORFb6HSundyFRZ7EaK7E

Surpreendido? ;) Mas há ainda muito mais.

Por isso!... Não percas o próximo post… porque nós… também não!!!
publicado por Musikes às 10:38 link do post
16 de Fevereiro de 2016

“GOTINHAS… CULTURAIS…”

“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa

A não perder! Aqui algumas sugestões culturais a lá dar um salto. ;)

Casa da Música - Porto

Música no cinema americano (19€)

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música - [19/02/2016 - sexta-feira | 21:00 | Sala Suggia] - Clássica Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música Takuo Yuasa direcção musical João Bettencourt da Câmara piano Programa: Samuel Barber Adagio (Platoon de Oliver Stone) Sergei Rachmaninoff Concerto nº 2 para piano e orquestra (Breve Encontro de David Lean) Richard Strauss Also sprach Zarathustra (2001, Odisseia no Espaço de Stanley Kubrick) A profícua relação entre a primeira e a sétima arte faz com que certos filmes sejam indissociáveis das suas bandas sonoras. Da mesma forma, ao ouvirmos determinadas músicas lembramo‑nos imediatamente dos filmes em que foram utilizadas. As obras em programa são exemplos máximos desta feliz associação entre a música e o cinema. Dos cenários apocalípticos da Guerra do Vietname, acompanhados ao som do Adagio de Samuel Barber, à intensa paixão proibida de Breve Encontro, à qual a música de Rachmaninoff dá um tom arrebatador, este é um programa feito de obras favoritas do grande público.

Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/02/19-fevereiro-2016-orquestra-sinfonica-do-porto-casa-da-musica/43173/?lang=pt

Clássicos no cinema (7,5€)

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música - [21/02/2016 - domingo | 12:00 | Sala Suggia] - Clássica - Concerto comentado Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música Takuo Yuasa direcção musical Concerto comentado por Mário Azevedo Programa: Samuel Barber Adagio (Platoon de Oliver Stone) Richard Strauss Also sprach Zarathustra (2001, Odisseia no Espaço de Stanley Kubrick) “Simples e bonito.” Ficaram célebres as palavras com que o lendário maestro Arturo Toscanini descreveu o Adagio de Samuel Barber, um dos grandes sucessos da música americana e uma das obras mais tocadas do repertório orquestral. A peça ficou para sempre associada ao filme sobre a guerra do Vietname, Os bravos do pelotão, de Oliver Stone. O género do poema sinfónico é ideal para um concerto comentado, dada a sua estrutura narrativa com base num texto. Com os comentários de Mário Azevedo, somos levados a conhecer Assim falou Zaratustra, o poema sinfónico de Strauss cuja introdução retrata o nascer do sol e que foi utilizado com extraordinário pendor ritual e coreográfico na abertura do filme 2001, Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick.

Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/02/21-fevereiro-2016-orquestra-sinfonica-do-porto-casa-da-musica-concerto-comentado/43174/?lang=pt

Liana (8€)

Novos Valores do Fado | Fim de Tarde - [23/02/2016 - terça-feira | 19:30 | Sala 2] - Fado - Fim de Tarde, Novos Valores do Fado O fado está presente na vida de Liana desde os nove anos de idade. Venceu 13 prémios e foi a primeira fadista a vencer por duas vezes a Grande Noite do Fado de Lisboa. Representou Amália Rodrigues durante cinco anos naquela que foi a peça de teatro mais vista de sempre em Portugal – Amália, o musical – conquistando o Prémio Pateota. Cantou com o grupo Stockholm Lisboa Project, sendo distinguida com o Songlines Music Award e com o Prémio da Crítica Discográfica Alemã (2009). Voltou mais recentemente ao fado tradicional, editando o disco Embalo em 2014. Este trabalho tem sido apresentado em países tão distantes como a China e a Austrália.

Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/02/23-fevereiro-2016-liana/43337/?lang=pt

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Casa das Artes – Porto

Casa das Artes dinamiza contos para toda a família A Casa das Artes, no Porto, dando continuidade à sua programação de Serviço Educativo, propõe - até maio - a realização de várias sessões de contos, dirigidas a toda a família. «Sábados com Histórias» é um ciclo de cinco sessões de contos a realizar uma vez por mês, na Casa das Artes, com programação a … Leia mais. http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fcasadasartes.pt%2F%3Femail_id%3D26%26user_id%3D187%26urlpassed%3DaHR0cDovL2Nhc2FkYXNhcnRlcy5wdC8yMDE2LzAxL2Nhc2EtZGFzLWFydGVzLWRpbmFtaXphLWNvbnRvcy1wYXJhLXRvZGEtYS1mYW1pbGlhLw%253D%253D%26controller%3Dstats%26action%3Danalyse%26wysija-page%3D1%26wysijap%3Dsubscriptions&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGWulMsV4z5MTVwF5FtfCfPrxAgkw

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“Intermitências" de Joclécio

“"Intermitências" é uma coprodução entre o Teatro Municipal do Porto e a Circular - Associação Cultural e resulta de um processo de trabalho iniciado em 2015, que incluiu uma série de residências artísticas e três momentos abertos ao público. (…) O espetáculo de Joclécio Azevedo incide sobre a repetição de ações, sobre a quantificação e distribuição dos movimentos produzidos e expostos ao olhar do público enquanto trabalho físico, enquanto processo contínuo de produção e dispersão de energia. "Intermitências" conta a colaboração do artista plástico Jérémy Pajeanc, com música de Kubik (aka Victor Afonso) e com interpretação de quatro jovens da cidade do Porto, André Mendes, Bruno Senune, Camila Neves e Joana Castro. Em março, o espetáculo será apresentado no Festival Cumplicidades, nos dias 12 e 13, em Lisboa. (…)”

Saber mais! http://www.porto.pt/noticias/intermitencias-de-joclecio-azevedo

"Uma Gaivota" a partir de Tchekhov em estreia no Teatro Municipal do Porto

“O Teatro Municipal do Porto estreia dia 18 de fevereiro, às 21,30 horas, no Rivoli, o espetáculo "Uma Gaivota", do coletivo artístico Estrutura (Cátia Pinheiro e José Nunes) e do encenador e ator Pedro Zegre Penim, membro fundador do Teatro Praga. Tendo como ponto de partida o clássico do dramaturgo e escritor russo Anton Tchekhov, "Uma Gaivota" (1896), este espetáculo procura explorar todas as suas possibilidades dramatúrgicas. Simultaneamente, pretende questionar o próprio ato de se fazer um espetáculo a partir de textos clássicos e (…)

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Sonnabend em Serralves

“O Museu de Serralves apresenta uma selecção de obras da Colecção Sonnabend, comissariada por António Homem. Trata-se de uma viagem à arte europeia e americana da segunda metade do século XX e que ontem foi inaugurada por João Soares, Ministro da Cultura, com a presença de Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto. A exposição é composta por 61 pinturas, esculturas e instalações de 44 artistas, de Robert Rauschenberg a « Barry Le Va. The Sonnabend Collection - Meio século de arte europeia e americana está distribuída por cinco núcleos e cinco espaços distintos do Museu de Serralves. (…)”

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E agora… bora lá às notícias!  Aqui umas tantas novidades culturais. ;)

Colecionador de rádios antigos fala do prazer de "os ver e de estar ao pé deles" http://www.tsf.pt/cultura/interior/colecionador-de-radios-antigos-fala-do-prazer-de-os-ver-e-de-estar-ao-pe-deles-5028086.html

“David Guia tem mais de 500 rádios. O mais antigo é de 1924 e está a funcionar. Para além de colecionador, também repara os aparelhos. Aprendeu quando era ainda uma criança. A TSF falou com este apaixonado por recetores no Dia Mundial da Rádio. (…)”

Uma viagem no tempo no “Central Park” do Porto https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/uma-viagem-no-tempo-no-central-park-do-porto-1722836

“Continuamos a chamar-lhe Palácio de Cristal, mesmo se o dito palácio foi demolido há bem mais de meio século (1951). Mas é o imaginário desse edifício icónico inaugurado há 150 anos que se mantém na memória dos portuenses, na maior parte dos casos apenas sustentada na imagem de velhas fotografias e postais ilustrados, descoloridos mas mantendo a irresistível patine do tempo. A história do Palácio de Cristal está a ser recordada no Porto desde 18 de Setembro de 2015, dia em que se assinalou o século e meio da abertura da 1.ª Exposição Internacional Portuguesa (1865), iniciativa de um grupo de empresários e comerciantes da cidade liderado por Alfredo Allen. Depois de uma exposição iconográfica documental apresentada nos próprios jardins do Palácio, a Fundação de Serralves acolheu, nos dias 1 e 2 de Fevereiro, uma conferência internacional que permitiu situar a história do Palácio de Cristal no contexto das grandes exposições mundiais, entre a primeira realizada no Hyde Park de Londres, em 1851, e a Exposição Internacional das Artes e Técnicas na Vida Moderna, em Paris, em 1937 – as duas balizas sendo justificadas pela proximidade da primeira exposição portuguesa com a da capital inglesa, e também pelo facto de o evento da capital francesa ter sido planeado pelo arquitecto paisagista Jacques Gréber, o mesmo que desenhou os jardins de Serralves para o 2.º conde de Vizela. (…)”

Investigadores criam jogos para aprender com dispositivos inteligentes https://www.publico.pt/tecnologia/noticia/investigadores-criam-jogos-para-se-aprender-com-dispositivos-inteligentes-1723352

“Uma equipa multidisciplinar de investigadores de Coimbra desenvolveu jogos para se estudar literatura, história ou matemática, através de smartphones ou tablets, proporcionando uma aprendizagem “muito mais aliciante e interactiva”, anunciou a Universidade de Coimbra (UC), nesta segunda-feira. “A partir de um smartphone ou tablet, já é possível estudar Os Maias, através de um desafio semelhante ao concurso Quem Quer Ser Milionário e completar uma caderneta de cromos virtuais”, explica a nota à imprensa. Os jogos também permitem aprender história “durante uma aventura que implica ser jornalista”, resolver polinómios, para se “avançar nos níveis de um templo”, ou explicar “a evolução da comunicação humana com recurso a um extraterrestre”, exemplifica a UC. Desenvolvidos para serem utilizados em contexto escolar, a partir de dispositivos móveis, em diferentes níveis de ensino (2.º e 3.º ciclos do ensino básico, secundário e superior), os jogos foram previamente testados, “com sucesso, em estabelecimentos de ensino” das regiões Centro e Norte do país, (…)”

Deixar crianças de oito anos com tablets? Cuidado https://www.publico.pt/tecnologia/noticia/quando-criancas-brincam-com-tablets-1723069

“Quase 28% das crianças até aos 12 acedem à Net com smartphones As crianças já absorveram as regras para uma Internet mais segura, mas isso pode ser um problema Um jogo para criar empatia, outro para ensinar os pais E se os tablets estiverem a ser usados como chuchas? Tornou-se comum os pais emprestarem aparelhos tecnológicos aos filhos para os entreter e sossegar. O problema é que isto começa a acontecer cada vez mais cedo e os pais desconhecem os riscos. Duas investigadoras portuguesas, Patrícia Dias e Rita Brito, publicaram na passada terça-feira um estudo – coordenado em 18 países pelo Joint Research Centre da Comissão Europeia – sobre os hábitos de uso de tecnologias digitais por crianças com idades até aos oito anos. A data de lançamento deste relatório, a 9 de Fevereiro, não foi escolhida ao acaso: corresponde ao dia europeu Safer Internet Day (Dia para uma Internet mais segura), que incentiva pessoas a terem mais cuidados no uso que dão a esta ferramenta, sobretudo jovens. O trabalho das investigadoras representa o caso português. Neste relatório, abordam não só os hábitos das crianças e os riscos que estas correm, mas também analisam a atitude dos seus pais. A amostra estudada em cada país incluía dez famílias com crianças de 6 ou 7 anos de idade que utilizavam, pelo menos uma vez por semana, um dispositivo digital. A primeira conclusão a que Patrícia Dias, da Universidade Católica Portuguesa (UCP), e Rita Brito, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação, UIDEF), chegaram é que é no YouTube que os jovens estão mais vulneráveis. No agregador de vídeos, mesmo que estes estejam a ver vídeos infantis, os perigos encontram-se nas sugestões que surgem ao lado destes, que incluem muitas vezes opções inapropriadas, como paródias ou imitações vulgares dos programas a que estão a assistir. (…)”

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No “Pergaminho” desta semana…

Ler é que é bom https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/ler-e-que-e-bom-1722817

“A bela reportagem de Isabel Lucas – “Há livros que nos podem fazer mal?” – foi o texto mais lido do PÚBLICO online. O título recebe respostas gloriosamente contraditórias, entre as quais a mais inspiradora é “claro que sim”. Para ajudar a complicar o que não pode correr o risco de ser simples a minha amiga Manuela Correia, que conhece o amor e o poder dos livros diz, tanto como leitora, psiquiatra e pessoa inteligente, interessada em aproximar-se das múltiplas verdades, que “estamos perante uma excessiva psiquiatrização da sociedade”. Os livros, só por si, não podem fazer-nos mal nem bem. É a leitura que tem esse poder. Os livros são as coisas escritas que, caso sejam escritas por escritores que sabem escrever, são lidos compulsivamente por leitores. Falar em ler e livros é como distinguir o respirar do ar que se respira. Ler é uma casa aonde se volta, mais do que umas férias. É a vida que interrompe – e, conceda-se, ilumina – a leitura. Não é ao contrário, a não ser para os que não têm a sorte contra-solitária de precisar de ler para fugir à chatice da vida. Não são os livros que nos salvam. O que nos pode salvar é a necessidade física de ler –e de nos subtrairmos à tresloucada actividade iletrada de fazermos qualquer coisa. O que civiliza não são os escritores e muito menos os livros: são os leitores. Os livros só nos podem fazer mal ou bem se nós deixarmos. Quanto mais livros lermos, menos deixamos. É uma questão de quantidade.”

O lugar do telemóvel na sala de aula é em cima da mesa dos alunos https://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-lugar-do-telemovel-na-sala-de-aula-e-em-cima-da-mesa-dos-alunos-1722843

“Os telemóveis nas mãos dos alunos do 6.ºA estão apontados às folhas que têm à sua frente. Olham para o ecrã, conferem a informação e regressam à ficha de trabalho a que estão a responder com o à-vontade de quem sabe que não está a fazer nada errado. A professora Maria João Passos segue-os atentamente e presta assistência quando a tecnologia não responde à velocidade desejada. Nas salas do agrupamento de escolas de Freixo, em Ponte de Lima, o lugar dos telefones e outros dispositivos móveis é em cima das mesas, resultado de um conjunto de projectos de integração das tecnologias na aprendizagem que a Microsoft considera exemplar, pelo quarto ano consecutivo. Esta é a aula de Matemática. Os alunos estão dispostos em grupos de quatro, em mesas redondas, onde também há computadores portáteis. Nos ecrãs tácteis, está aberta a ficha de trabalho que a professora preparou para esta manhã. Os exercícios podem ser resolvidos directamente no computador, com o auxílio de uma caneta apropriada. É então que se percebe o motivo para os telemóveis estarem também por perto: a solução para a ficha está inscrita em códigos QR (uma espécie de código de barras). Os alunos têm de usar uma aplicação nos seus telefones para ler os códigos, fazendo corresponder cada um aos resultados a que chegaram. “Normalmente os manuais têm a resolução no final e os alunos têm, muitas vezes, a tentação de ir procurá-las”, lembra Maria João Passos. Com este recurso, a chave também lá está, mas obriga a que o exercício seja realmente resolvido para que os estudantes consigam descobrir qual das respostas corresponde a cada um dos códigos. Por outro lado, habituam-se a utilizar a tecnologia em contexto de sala de aula. Os códigos QR e as fichas de trabalho resolvidas em ecrãs tácteis não são os únicos recursos tecnológicos da professora de Matemática. A docente da escola de Freixo disponibiliza frequentemente tutoriais sobre os conteúdos das aulas na Internet. “Muitas vezes, os próprios pais também vêem os vídeos, para os poderem ajudar a tirar dúvidas”, conta. Além disso, criou um grupo na rede social Yammer com todos os alunos das suas três turmas do 6.º ano. Chama-lhe “sala de estudo virtual” e serve para os estudantes colocarem questões, comentarem a matéria e trabalharem os conteúdos disponibilizados online. A professora é “um último recurso”, já que a ideia é que os estudantes sejam capazes de tirar dúvidas uns aos outros, num trabalho colaborativo feito a partir de casa. Por causa deste projecto usado para o ensino de Matemática, Maria João Passos foi considerada “especialista inovador em educação” pela Microsoft este ano. Na lista, há 3700 professores em todo o mundo, 57 dos quais são portugueses. Entre eles, há outros oito colegas no agrupamento de escolas de Freixo. O estabelecimento de ensino também está em destaque nas escolhas da multinacional de software, sendo considerada uma escola-modelo. É a quarta vez consecutiva que é distinguido. Este ano há outros seis representantes nacionais, dos quais apenas mais um pertence à rede pública, o agrupamento de escolas de Vila Nova de Cerveira. A escolha da Microsoft é um reconhecimento da aposta que a escola tem feito no uso das tecnologias, valoriza o director do agrupamento, Luís Fernandes, que, desde o Verão passado, também passou a integrar o conselho consultivo da multinacional para o sector educativo. É uma das dez pessoas a quem a gigante norte-americana recorre para pedir opiniões sobre a área da educação. “Por que motivo uma empresa que pode contratar os consultores que quiser vem a Portugal convidar o director de uma escola pública?”, atira em jeito de pergunta retórica, para rapidamente dar a resposta: “Devemos ter feito alguma coisa bem.” No agrupamento, os alunos do 3.º e 4.º anos têm, desde há dois anos, aulas de programação, onde aprendem linguagem como Scratch e Kodu. No 3.º ciclo podem também escolher uma disciplina de mecanismos e robótica, na qual trabalham com mecânica, electrónica e eletrotecnia. E depois há projectos específicos de cada professor, como o de Maria João Passos na Matemática do 6.º ano. Há muitos docentes que ainda seguem o método de ensino tradicional, até porque nesta escola “ninguém impõe nada a ninguém”, sublinha o director. Mas já há mais de uma dezena de professores a integrar as tecnologias nas suas aulas, num processo “crescente”. Existe um efeito de contágio, aponta Luís Fernandes. Os docentes acabam por aderir ao uso de computadores ou dispositivos móveis à medida que vão conhecendo as boas experiências dos colegas e há também pressão dos alunos nesse sentido, à medida que vão sabendo o que se passa nas aulas das outras turmas. A escola também promove encontros, acções de formação e outras ferramentas de apoio para incentivar os docentes a usarem a tecnologia. Aumentar A velocidade da Internet fornecida pela rede de banda larga instalada pelo Ministério da Educação não tem rapidez suficiente. Foi preciso comprar um dispositivo de Internet móvel 4G que roda de sala em sala A aproximação da escola de Freixo à tecnologia começou há oito anos, quando foram comprados dois kits para um clube de robótica. A reacção dos alunos foi “imediata e entusiástica”, lembra o director, ao ponto de aquele ter passado a ser o único clube escolar com lista de espera. Hoje, a robótica continua a ser uma das principais formas de contacto dos alunos com as inovações. Um antigo balneário, junto ao pavilhão desportivo, foi transformado num Fab Lab, um laboratório equipado com duas impressoras 3D, uma máquina de corte a laser e outros dispositivos para montagem de robôs como aquele que Luís Henrique, de 15 anos, apresenta: “É um robô de busca e salvamento. Nas provas, deve ir buscar a vítima (normalmente uma bola) e levá-la a um ponto determinado.” Foi este aluno do 9.º ano quem projectou o dispositivo para levar às competições nacionais de robótica, onde outros estudantes da escola já ganharam o título de campeões nacionais em anos anteriores. Luís Henrique começou a frequentar o laboratório há dois anos. Um professor falou-lhe da possibilidade e decidiu experimentar durante um par de semanas. Gostou tanto que agora passa ali “muitos dos tempos livres”, conseguiu uma autorização para levar algum do material para trabalhar em casa e descobriu o que quer fazer no futuro: “Seguir Engenharia Electrotécnica.” A aposta na tecnologia embate, porém, num problema também tecnológico. A velocidade da Internet fornecida pela rede de banda larga instalada pelo Ministério da Educação na escola não é suficientemente rápida para permitir um acesso eficaz aos conteúdos colocados na nuvem – ou seja, em servidores externos. Por isso, a escola de Freixo teve de comprar um dispositivo de Internet móvel 4G, que, quando é necessário, roda de sala em sala para resolver os problemas dos professores. “A velocidade que nos chega não nos permite fazer um trabalho do século XXI”, lamenta o director. Além disso, não faltam os problemas “que as outras escolas têm”, aponta Luís Fernandes. Há infiltrações nas paredes e nos tectos, piso com sinais de desgaste e um pavilhão desportivo a precisar de reforma – além de um contexto sócio-económico considerado difícil. O agrupamento tem 700 alunos, do pré-escolar ao 9.º ano, quando há cinco anos eram 1100 os estudantes inscritos. Esta redução não é apenas efeito da crise de natalidade que afecta quase todo o país, mas também dos problemas específicos desta população, particularmente afectada pela emigração. A escola situa-se numa zona rural, no sul do concelho de Ponte de Lima, praticamente à mesma distância da sede de concelho e de Braga – cerca de 15 quilómetros. Nas imediações não existem empresas capazes de criar postos de trabalho para muita gente, apenas indústrias de pequena dimensão e alguma agricultura, produção de vinho e pecuária. A escola é mesmo o maior empregador das freguesias que abarca. Isto coloca outros problemas: 70% dos alunos recebem apoios sociais e tornou-se necessário entregar um suplemento alimentar ao longo do dia a “boa parte” deles. Ainda assim, a “esmagadora maioria” tem acesso à Internet fora da escola. Quase todos têm pelo menos um computador, tablet ou telemóvel com acesso à rede, o que permite acederem aos conteúdos disponibilizados pelos professores a partir de casa. Tudo isto se conjuga nos resultados da escola nos exames do 9.º ano. No ranking de 2015, a escola estava em 265.º lugar, tendo subido 436 posições face ao ano anterior, mercê de uma média de 3,04 valores. O director tem consciência de que os resultados são “medianos” e é preciso “trabalhar mais” para os exames do fim de ciclo, mas sublinha o “longo caminho” percorrido: “No primeiro ano em que houve exames no 9.º ano, tivemos apenas 17% de positivas.” Existem ainda outros obstáculos. As escolas secundárias ou profissionais mais próximas estão a 15 e 20 quilómetros de distância (em Ponte de Lima ou Braga, mas também Barcelos ou Viana do Castelo em alguns casos). A maioria dos alunos segue para cursos profissionais e são ainda poucos os que chegam ao ensino superior. “É algo que demora tempo”, argumenta Luís Fernandes. “Uma certeza tenho: quando saem daqui, tiveram experiências que noutras situações não teriam e sabem que podem escolher.”.”

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Ao virar da página…

Já abriram as inscrições para a Corrida do Dia do Pai http://www.porto.pt/noticias/ja-abriram-as-inscricoes-para-a-corrida-do-dia-do-pai

“Já estão abertas as inscrições abertas para a 13.ª Corrida Dia Do Pai, uma competição que se realiza a 20 de março, e que integra duas provas: a corrida cronometrada de 10 km e a caminhada de sete km. A organização, a cargo da runporto, espera superar os 13 mil participantes que a corrida juntou em 2015. A partida e chegada está marcada para as 10 horas, no Queimódromo, no Parque da Cidade. Na edição do ano passado participaram 13 mil pessoas e foram angariados 6.500 euros para a construção de uma nova ala pediátrica no Hospital de S. João, causa solidária associada ao evento. A prova, no escalão feminino, foi vencida por Doroteia Peixoto, dos Amigos da Montanha e, no setor masculino, por Hélio Gomes, do S.L Benfica. +Info: Inscrições em Run Porto”

Porto eleito destino romântico http://www.porto.pt/noticias/porto-eleito-destino-romantico

“O Porto foi recentemente eleito como um dos destinos mais românticos da Europa na competição European Best Destinations (EBD) promovida pela European Consumers Choice, "organização sem fins lucrativos de consumidores e especialistas", com sede em Bruxelas, que "avalia produtos e serviços", além de realizar rankings turísticos. A cidade é enaltecida pelo seu encanto especial, local ideal para desfrutar de umas férias românticas, namorar, casar e passar uma lua-de-mel memorável. O Porto é descrito como um dos destinos turísticos mais antigos da Europa, onde é destacada a riqueza de monumentos e património artístico, o famoso vinho do Porto, as paisagens naturais, os magníficos espaços de lazer e a vida cultural na cidade. No site, pode ainda ler-se que, a qualquer hora do dia, 365 dias do ano, o Porto tem um encanto especial para quem o visita pela primeira vez, e, para aqueles que voltam novamente, acaba por ter sempre mais para descobrir, numa cidade que se se entende como moderna e genuína naquilo que apresenta. Segundo informação da organização, na votação estiveram envolvidos 10.208 viajantes que escolheram o Porto como um dos destinos mais românticos, entre outros locais da Europa.”

Sabia que?… 30 factos do mundo que provavelmente desconhecia

“O facto de Barack Obama ter acordado esta manhã é uma celebração histórica. Sabia disto? Conheça 30 factos do mundo inteiro que provavelmente desconhecia. Quando Barack Obama acordou na manhã de 28 de outubro de 2015 estava a fazer História: é que naquele dia passavam 18.967 dias desde que um presidente norte-americano não tinha morrido em funções na Casa Branca, o maior período que o país alguma vez atravessava sem ver o seu presidente a morrer. De entre toda a informação com que somos bombardeados diariamente, esta talvez lhe tenha passado ao lado. Esta e muitas outras: sabia que a aliança de casamento é posta no anelar esquerdo porque antigamente julgava-se que esse era o único dedo com uma veia diretamente ligada ao coração? E que os elefantes raramente sofrem de cancro porque o seu código genético funciona quase como um escudo natural? O Observador andou a vaguear na Internet e encontrou 30 factos que provavelmente desconhece sobre o mundo onde vive. Desde a História até à Ciência, passando por muitas outras áreas de conhecimento, explore connosco algumas das curiosidades mais impressionantes da vida na Terra. Todas as fontes de informação estão disponíveis na legenda das imagens.”

Veja aqui… http://observador.pt/2016/02/10/sabia-30-factos-do-mundo-provavelmente-nao-sabia/

Por aqui me fico… e claro, com o desejo de um fantástico ano de 2016!  Até ao próximo click! :)
publicado por Musikes às 10:36 link do post
01 de Fevereiro de 2016

“GOTINHAS… CULTURAIS…”

“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa

A não perder! Aqui algumas sugestões culturais a lá dar um salto. ;)

Biblioteca Municipal Almeida Garrett

Comunidade de Leitores “Em torno de Pessoa” | 7 poemas de Álvaro Campos ditos por António Domingos | 3 de fevereiro às 21:00 | Biblioteca Municipal Almeida Garrett

Saber mais! http%3A%2F%2Fbmp.cm-port…

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Casa das Artes, Porto

clara haddad Casa das Artes dinamiza contos para toda a família A Casa das Artes, no Porto, dando continuidade à sua programação de Serviço Educativo, propõe - a partir deste mês e até maio - a realização de várias sessões de contos, dirigidas a toda a família. «Sábados com Histórias» é um ciclo de cinco sessões de contos a realizar uma vez por mês, na Casa das Artes. Leia mais. http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fcasadasartes.pt%2F%3Femail_id%3D22%26user_id%3D1370%26urlpassed%3DaHR0cDovL2Nhc2FkYXNhcnRlcy5wdC8yMDE2LzAxL2Nhc2EtZGFzLWFydGVzLWRpbmFtaXphLWNvbnRvcy1wYXJhLXRvZGEtYS1mYW1pbGlhLw%253D%253D%26controller%3Dstats%26action%3Danalyse%26wysija-page%3D1%26wysijap%3Dsubscriptions&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNH3B8SSUxJSZ8TumN4kA1d7qywzFg

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Casa da Música – Porto

Um violino em Viena (15€)

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música - [12/03/2016 - sábado | 18:00 | Sala Suggia] - Clássica O violinista austríaco Benjamin Schmid já gravou mais de 40 CDs com os quais conquistou os mais prestigiados prémios da crítica internacional. Com o seu violino Stradivarius, de 1731, é presença regular nas temporadas das grandes orquestras mundiais. Num programa inteiramente dedicado à música vienense do século XX, sob a direcção do reputado especialista do repertório austríaco Leopold Hager, Benjamin Schmid interpreta o emotivo Concerto à memória de um anjo de Alban Berg. A partitura foi dedicada a Manon, filha do célebre fundador da Bauhaus, Walter Gropius, e de Alma, viúva de Mahler. Os poemas sinfónicos de Strauss e o impacto enérgico de Mahler provocaram grande furor na vida musical de Viena. Esta influência fez‑se sentir em obras de juventude da geração seguinte, como No vento de Verão de Webern, mas sobretudo no fabuloso poema sinfónico de Schoenberg que encerrou o século XIX com chave de ouro – Noite Transfigurada. “Benjamin Schmid desperta mais interesse num só compasso do que muitos outros violinistas numa peça inteira.” Gramophone 17:15 Cibermúsica Palestra pré‑concerto por João Silva

Leia mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/03/12-marco-2016-orquestra-sinfonica-do-porto-casa-da-musica/43179/?lang=pt

Era uma vez… (10€)

Workshop Primeiros Sons [13/03/2016 - domingo | 10:30 | Sala Ensaio 2] - Workshops ( Crianças, Famílias ) Joana Araújo e Tiago Oliveira formadores Quem imaginaria o Capuchinho Vermelho a dançar com o Gato das Botas? Ou o Lobo Mau a cantar um fado, muito incomodado com uma ervilha nas costas? Assim corre uma viagem musical, de humor e cor, por um conjunto de histórias infantis bem misturadas, outrora contadas e hoje cantadas!

Leia mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/03/13-marco-2016-era-uma-vez/43573/?lang=pt

Percussão Corporal (4€)

Workshop Música em Família [12/03/2016 - sábado | 10:30 | Sala Ensaio 2] - Workshops ( Famílias (crianças a partir dos 6 anos), Público Geral ) Artur Carvalho e Joaquim Alves formadores Bater palmas não chega. O desafio corre da cabeça aos pés para descobrimos como a natureza foi generosa connosco. A caixa de ritmos somos nós, os sons habitam pelo corpo. Vamos então pô-lo a tocar. A partir de exercícios simples, descobrimo-nos. Juntos, somos uma orquestra de percussões.

Leia mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/03/12-marco-2016-percussao-corporal/43587/?lang=pt

Banda Sinfónica Portuguesa (8€)

[13/03/2016 - domingo | 12:00 | Sala Suggia] - Clássica Música para Praga 1968 é uma obra programática escrita pelo compositor Karel Husa, pouco depois de a União Soviética colocar um fim ao movimento da Primavera de Praga no seu país natal, a Checoslováquia, e que se tornou um standard entre o repertório original para banda sinfónica. Muito utilizada em estilos como blues, rock e sobretudo música popular, a escala pentatónica é a base da obra do compositor holandês Rob Goorhuis aqui apresentada. O fagote é conhecido pela sua habitual associação ao humor e ao sarcasmo. Avatar – concerto para fagote de Dana Wilson mostra uma partitura onde é destacada a capacidade de o instrumento suplicar, seduzir, liderar e encantar.

Leia mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/03/13-marco-2016-banda-sinfonica-portuguesa/43435/?lang=pt

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E agora… as notícias da semana.

Torre dos Clérigos adere aos concertos-surpresa http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=4998724

“ | 26/01/2016 É já nesta terça-feira que a Torre dos Clérigos se torna o quinto local da cidade do Porto a aderir aos concertos organizados pela comunidade internacional Sofar Sounds. A partir das 21.30 horas, as pessoas que foram selecionadas para assistir serão surpreendidas com três atuações. Surpreendidas, mesmo, pois, enquanto os artistas não aparecerem no palco, ninguém sabe quem é que vai lá estar. O fator surpresa é uma das premissas dos concertos Sofar. Além do mistério, há regras apertadas. Depois de ter feito a inscrição e de ter recebido a confirmação de que foi convidado a assistir, o espectador só sabe qual é o local na véspera do concerto. Durante a atuação, não pode falar, enviar SMS nem fotografar, é aconselhável que chegue meia hora mais cedo (aliás, ninguém entra após o início do espetáculo) e, qual cereja em cima do bolo, paga pelo bilhete o montante que entender. As inscrições são feitas no site da organização e quem quiser candidatar-se ao próximo concerto na cidade, marcado para o dia 22 de fevereiro, já pode fazê-lo. O conceito nasceu em Londres, em 2010, e estendeu-se até agora a 206 cidades de todo o Mundo. Lisboa também está no roteiro. O objetivo é "devolver a magia à música ao vivo", lê-se no site desta comunidade sem fronteiras. Só vai quem realmente gosta de música e sabe apreciá-la. Segundo o departamento de comunicação da Torre dos Clérigos, o evento desta terça-feira tem a duração aproximada de hora e meia. Atendendo às caraterísticas do espaço - um edifício do século XVIII - e da sua envolvência, foram selecionados "apenas projetos musicais em formatos acústicos com pouca ou nenhuma amplificação".”

Companhia Nacional de Bailado com quatro coreografias e um filme no Teatro Rivoli http://www.porto.pt/noticias/companhia-nacional-de-bailado-com-quatro-coreografias-e-um-filme-no-teatro-rivoli

“26-01-2016 Após 14 anos sem estreias na cidade, a Companhia Nacional de Bailado estreia no próximo fim de semana, 29 e 30 de janeiro, no Teatro Municipal do Porto, Rivoli, o "Programa Reportório". No domingo, 31 de janeiro, é apresentado um solo do coreógrafo congolês Faustin Linyekula, seguido da exibição de um documentário da realizadora Cláudia Varejão que acompanhou a CNB durante 12 meses. A Companhia Nacional de Bailado estreia "Programa Reportório", no Teatro Rivoli. Este é um programa que reúne alguns dos coreógrafos que mais marcaram a História da Dança. A belíssima e feminina "Serenade" de Balanchine que contrasta com a energia masculina de "Grosse Fuge" de Anne Teresa De Keersmaeker, a abstração de "Herman Schmerman" de William Forsythe e a inspiração latina de "5 Tangos" de Hans van Manen, são uma janela aberta para o que de melhor se produziu no séc. XX. (…)

Comemorar o dia de Harry Potter na livraria que o inspirou http://www.dn.pt/artes/interior/comemorar-o-dia-de-harry-potter-na-livraria-que-o-inspirou-5006297.html

“A livraria Lello vai abrir as portas aos 'Potterheads' de todas as idades A Harry Potter Book Night (Noite dos livros de Harry Potter), promovido em livrarias por todo o mundo, vai também ser comemorada no Porto, na Livraria Lello. No dia 4 de fevereiro, das 18.00 às 20.00, a Lello vai receber os fãs da saga, conhecidos como 'Potterheads'. A Lello, que serviu de inspiração à escritora J.K. Rowling para criar as famosas escadarias da escola de feiticeiros Hogwarts, junta-se assim à segunda edição da Harry Potter Book Night, dando especial atenção aos fãs mais jovens. Lello quase triplicou vendas em seis meses“

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No “Pergaminho” desta semana…

"O problema do ensino é que é muito aborrecido. Nós mudámos o olhar" http://www.dn.pt/portugal/interior/o-problema-do-ensino-e-que-e-muito-aborrecido-nos-mudamos-o-olhar-5007655.html

“Entrevista a Pepe Menéndez, diretor adjunto da Fundació Jesuïtes Educació, da Catalunha Fazer uma entrevista recheada de gargalhadas sobre uma reforma da educação é coisa que não nos tinha passado pela cabeça. Mas foi assim, e a gravação prova-o. Josep ["chamem-me Pepe"] Menéndez, ex-jornalista, professor de Literatura Espanhola, tem essa energia contagiante de quem põe toda a gente a trabalhar, mesmo os mais céticos e preguiçosos. Lidera a profunda mudança que os colégios jesuítas da Catalunha estão a pôr em prática e traz os primeiros resultados. Esclarece que não é padre, é casado e tem filhos adultos. Participou, em Lisboa, na Conferên-cia sobre Educação Comparada, da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, nos dias 25 a 27 de janeiro. Explique-se desde já: a Ratio Studiorum é a cartilha pela qual o ensino se rege desde que os jesuítas a criaram, no final do século XVI. Esse é o modelo que ainda hoje é aplicado e que muitos pedagogos consideram esgotado e desadaptado da vida atual. Pepe nunca usa a palavra reforma, é sempre de mudança que fala. Qual é a diferença essencial entre o modelo que estão a criar e o tradicional? O provincial dos jesuítas pediu-nos há sete anos que fizéssemos a Ratio Studiorum do século XXI: se os jesuítas foram o motor de um modelo educativo, então agora mudem-no em profundidade. Pareceu-nos um desafio muito motivador. Pode parecer um pouco naïf, mas o modelo é mudar o olhar. Em vez de ver as coisas de perto, abrir os olhos e tentar ver o que no século XXI pode fazer crescer uma pessoa num ambiente de globalização, tecnologia, com tanta incerteza. O filósofo [Zygmunt] Bauman fala de um mundo líquido. Neste contexto, como posso ligar-me ao coração dos alunos, à sua motivação? Sentiam dificuldade com o modelo anterior? A dificuldade essencial era o aborrecimento, a falta de ligação. "Isto não me interessa." A escola é uma obrigação, não é um sítio que me apaixone. Os adolescentes não têm de estar sempre a divertir-se, mas a escola estava a tornar-se uma prisão. Eu ainda fiz o serviço militar obrigatório e digo que a escola obrigatória é igual. Igual! Todos têm de ir porque os pais trabalham, porque a lei obriga, mas o direito à educação não é fechar os miúdos numa escola. É provocar as suas emoções, as suas paixões, potenciar os seus talentos tão diferentes... os talentos dos alunos são muito maiores do que o currículo. Um miúdo ou uma miúda podem pensar - "não presto". Costumo perguntar aos professores onde estão os cantores ou os cozinheiros que um dia vão ser ótimos. E alguns respondem - estão no corredor, foram expulsos. A mudança está em olhar para as coisas de forma diferente: o que queremos? Nós, jesuítas, dizemos: queremos alunos competentes, compassivos, conscientes, comprometidos e criativos. Que sejam capazes de construir o seu projeto de vida, é esse o centro do nosso projeto educativo. É preciso fazer coisas no colégio para que o aluno se vá construindo, e todos os conhecimentos têm de ser metidos dentro do projeto. Não é: "A minha vida é isto e os meus conhecimentos estão noutro lado." Tenho de integrá-los. Estão a trabalhar num universo fechado, dos colégios jesuítas catalães. É possível transpor para uma rede nacional de educação? Cremos que sim. Mas não existe só um modelo. Em Barcelona, na Catalunha, há muita efervescência tanto nas escolas públicas como nas privadas. Em Espanha, e em especial na Catalunha, há muita tradição de a escola privada fazer um acordo com o Estado e receber financiamento. Neste ecossistema, há muitas escolas que estão a fazer coisas. Há inquietação, há desejo de fazer. É importante construir um modelo. Uma pessoa não deve atirar-se: "Segunda-feira vou começar a mudar coisas." Espera aí! Constrói um modelo, um projeto. A nós custou-nos quatro ou cinco anos de trabalho no back-office, e então sim, agora tenho uma ideia e vou começar a pô-la em prática, pouco a pouco. Não estão a fazer tudo ao mesmo tempo? Começámos com os alunos de 3 e 4 anos, e com os de 10, 11, 12 e 13. Porque sobretudo os de 10 a 14 estão numa etapa crítica de desconexão, de tédio. E um aluno quando se aborrece porta-se mal. A disciplina e a motivação são duas faces da mesma moeda: se está motivado, aprenderá, se não, porta-se mal. Em Barcelona, temos escolas em todos os níveis socioeconómicos. Temos escolas com muita imigração, em meios operários, de classe média e média alta. É diferente de Portugal. Não são todos colégios de elites? O acordo de financiamento com o governo permite-nos chegar a todos os estratos sociais. É a vantagem do financiamento do Estado. Em Itália, os jesuítas tinham escolas em bairros pobres mas fecharam-nas, porque sem financiamento é insustentável. Quando nós fazemos trabalho em rede, é igual em todas. É um pequeno sistema educativo. Quantos alunos têm? Temos 13 mil alunos em toda a Catalunha, em oito grandes escolas. E temos 1400 educadores, professores e pessoal administrativo. É quase um país. Temos mais alunos do que Andorra... Trabalhamos muito em conjunto com eles, porque o governo andorrano, que só tem quatro mil alunos, está muito interessado, é muito inovador. Respondendo à pergunta sobre se seria possível transpor o modelo para um sistema nacional, o que acontece é que requer muita energia. Não com os alunos, com os pais um bocadinho, mas com os professores muita energia. Muitos professores querem que haja mudanças mas nunca trabalharam juntos. Um dos elementos estratégicos é ter grupos de alunos de 50 ou 60, com três professores na aula, de diferentes disciplinas, trabalhando em equipa - não é cada um na sua área. Isto agrada aos professores mas exige mais deles. Nunca trabalhámos assim. Eu nunca dei uma aula com outro professor. Como chegaram a este modelo e porquê escolher este e não outro? É uma tradição dos jesuítas. O nosso delegado mundial de educação disse: nós vamos ao supermercado da pedagogia, apanhamos o que nos agrada e com isso fazemos um modelo. O nosso modelo é sincrético. A Ratio Studiorum já foi assim, um pouco daqui, um pouco dali. Fomos conhecendo modelos diferentes, vimos escolas e fomos agarrando o que nos agradou. Fomos construindo um puzzle, mas as peças têm de encaixar, não podem ser... ... incompatíveis? Exato. Aplicamos uma parte da [Teoria] das Inteligências Múltiplas (Howard Gardner, 1985, Harvard), uma parte da aprendizagem baseada em problemas, uma parte do trabalho colaborativo, e fazemos um ecossistema. O nosso modelo baseia-se muito no trabalho interdisciplinar por projetos. Como escolhem os projetos? Primeiro houve uma fase de pegar na tesoura e no currículo e começar a cortar. O currículo é excessivo, demasiado grande, mas não podes perder os elementos essenciais, tens de garantir que o aluno os aprende. Juntámos um grupo de professores e dissemos: têm de estabelecer prioridades nos conteúdos do currículo. Esse trabalho durou dois anos. Não foram dois meses, foram dois anos. Porque começam a priorizar e só cortam uma parte, e é preciso reduzir mais. O mais importante é garantir que os alunos aprendem os conteúdos. Precisamos de mais tempo, porque precisamos de uma metodologia muito mais construtivista. Pode dar-nos exemplos? Estamos a falar de miúdos de 10 anos, do 5.º ano, que têm de aprender os acidentes geográficos - o cabo, o golfo, a península, a ilha. Tradicionalmente, é assim: "Uma ilha é um pedaço de terra..." ... rodeado de água por todos os lados... Exato. Neste modelo, o professor reúne-os em grupos e diz: vamos aprender acidentes geográficos, a ilha, a península. Aos 10 anos, eles já ouviram estas palavras, já as viram muitas vezes. Dizemos: em grupo, vão escrever uma ilha por palavras vossas, sem ir ver a lado nenhum. Uma menina dizia - não sei explicar o que é uma montanha. E fazia um gesto que ilustrava a ideia de montanha. Escreve isso. Uma coisa que sobe. Uma coisa, não, terra. Terra que sobe. A certa altura estão apaixonados, não se aborrecem, falam uns com os outros. Quando o professor diz: vamos saber o que os livros dizem, os alunos já estão a trabalhar mentalmente com a imaginação. É mais lento mas é mais profundo. Pode dar mais exemplos? A volta ao mundo em 80 imagens. Este grupo fica com a América, aquele com a Europa, outro com a África. O que queremos saber? A língua que falam, se têm religião, como é o país - é montanhoso, tem mar, tem rios? Vão dizendo coisas e o professor vai escrevendo no quadro. O professor está ali para o caso de eles se esquecerem de alguma coisa. Por exemplo, um grupo não falava da língua - não seria interessante saber como falam? Mas os alunos já estão a trabalhar. O que significa um país, de que vive? Eles não vão dizer "que economia têm", e se não pensaram nisso, se achavam que o que comem cai do céu, vão ter de pensar como se ganha a vida. Em vez de explicar tudo, em vez de ser o professor que fala, fala, fala, são os alunos que falam, que partilham. A dada altura, o professor diz: procurem na internet - têm computadores à disposição, pesquisem. Quantos quilómetros quadrados, quantos habitantes? E descobrem: não tínhamos pensado nisto, não tínhamos pensado que é importante saber quantas pessoas ali vivem, e se os que lá vivem são todos desse país ou se têm muita imigração. Tudo vai sendo construindo em volta disto. Aprendem também a pensar, é isso? Vejam terceiro exemplo, para mim essencial porque, como disse, o que interessa é o projeto de vida. Os alunos começam o dia sentados na sala, nuns estrados em degraus, como se fosse uma praça pública. Sentam-se todos juntos, os 50 ou 60, e partilham como começamos o dia. Todos têm cadernos iguais, o caderno do projeto de vida. O caderno é de cada um e de mais ninguém, dizemos aos pais que não o podem ler, e não os podem mostrar aos companheiros. Eles vão escrevendo sobre o que lhes chama a atenção. Por vezes começam com uma oração, mas muitas vezes escrevem sobre o que se passou, se houve uma notícia sobre refugiados, ou alguma notícia desportiva, por exemplo se o Barça perdeu, o que nunca acontece... se o Barça perdeu há de haver alguém que pergunta mas o que é isso, a derrota, o que significa? Ao fim do dia, a mesma coisa. Qual é o objetivo? Vamos pôr os alunos mais tranquilos, mais predispostos a aprender. Quando a semana começa, muitas vezes o professor diz: vamos fazer isto. Porque os alunos não sabem o que se vai passar na semana. Não há horários, não há um plano obrigatório. Isto tem uma utilidade: a um aluno de 10 ou 11 anos, situá-lo para lá de uma semana é muito tempo. O próximo mês parece-lhe o próximo século. Como dizia Santo Inácio [de Loyola], é preciso apelar às emoções de uma pessoa para que ela aprenda, para que tenha predisposição para aprender. No fim de contas, todas as atividades estão viradas para o efeito que queremos ter. Um aluno que dos 10 aos 18 anos começou e terminou cada dia no colégio pensando, interiorizando, no futuro, sem se dar conta, na sua vida pessoal vai pensar, vai dizer - como vou começar hoje o dia, como o acabo? No final, é adquirir um hábito, o que é muito educativo. Esta é a nossa atitude. Há projetos de trabalho para lá de um ou dois dias, de uma semana? Não damos aos professores projetos fechados, mas antes um quadro geral. Esta é a ideia geral, agora desenvolvam-na. Porque se o professor não se apropria, não funciona. Imaginamos diferentes tipos de projetos. Os projetos ocupam 60% do tempo. Treze por cento é dedicado à reflexão, ao fim da semana, ao fim do dia. E o resto, 20 e tal por cento, é dedicado a algumas tarefas que não se fazem por projetos. Por exemplo, alguns conceitos de matemática são muito complexos. Então o professor dá-os em meia hora, três quartos de hora. Os professores de Inglês disseram-nos que os verbos irregulares de inglês têm de ser memorizados. Há áreas que não podem ser trabalhadas em projetos, e estão nesse caso a segunda língua estrangeira - todos estudam Francês ou Alemão - a música e a educação física. Não estamos satisfeitos por termos separado estas áreas, mas estamos a começar. Por vezes a música integra-se. Há projetos que duram, no máximo, duas semanas, outros uma semana ou três dias. Depende. Os mais fortes duram duas a três semanas. Por exemplo, a volta ao mundo em 80 imagens dura duas semanas. E temos o Projeto Leitor, para promover a leitura livre. Como fazem isso? Este Projeto Leitor é muito bonito. O que diz o currículo oficial é que a escola deve promover o gosto pela leitura. Não é ler três livros e fazer um teste. Como fazer? Dando-lhes mais liberdade e ampliando o número de livros. Os alunos têm 100 livros, e têm de ir lendo. Há alunos que leem 10, 12, 14. Outros leem quatro ou cinco, é o mínimo por ano. Num ambiente digital, os alunos partilham o que leem. Escrevem: li isto, gostei por isto ou aquilo, e isso é partilhado entre três colégios. Temos alunos de um colégio que influem muito nos alunos de outro. Todos os alunos têm de ir escrevendo sobre o que leem. Como o professor não dedica tanto tempo a explicar, o que faz é observar e ler o que eles escrevem. Um professor consegue sempre intuir - estás a copiar tudo, tudo o que escreveste foi copiado, porque eu conheço-te e sei que isto não tem nada a ver contigo. Tem tempo para lhe dizer - vamos lá... Ou tem tempo para dizer a um companheiro - vamos tentar que fulano leia mais. O resultado que observamos é que os alunos leem, uns na sala de aula, outros no chão, outros no sofá, outros no salão. E leem. Não há disciplina para ler, não estão todos sentados. Os alunos vão lendo e escrevendo e os professores não fazem exames sobre os livros, fazem debates. Vamos falar sobre este livro. Ou sobre este quadro. E fazem debates. Como avaliam essa evolução? Primeiro, observamos quantos livros leem. E depois quando terminam as férias e regressamos à escola, fazemos uma espécie de focus group: quantos livros leram no verão? No verão não é obrigatório. Eu, nenhum. Eu, dois. Eu, quatro. Ao fim de três anos, saberemos se há alguma relação entre o que fazemos e o que leem no verão. Se lerem mais é porque gostam de ler. É uma aposta de longo prazo. O currículo nacional é uma ferramenta ou um obstáculo? O currículo é um elemento muito importante de referência. Queixamo-nos de que o currículo é demasiado extenso, mas muitas das partes estão bem selecionadas. E os alunos têm de ser avaliados segundo as competências nacionais. Mas é muito importante estabelecer prioridades e evitar as repetições. Quando os professores trabalham sozinhos, há coisas que acontecem naturalmente. Um gosta muito de um tema e repete-o de ano para ano. Pelo contrário, há um tema do currículo que nunca foi tratado. Tentamos ter um olhar transversal do currículo, dos seis aos 16 anos, e garantirmos que adquirem os conhecimentos das competências. O currículo é um obstáculo se eu quiser cumpri-lo todo, se não for capaz de criar prioridades e trabalhar com os outros professores. "O nosso modelo escolar é do séc. XVIII e não está adaptado à realidade" Fazem exames, provas finais? Não há provas finais. Há testes pequenos durante a avaliação, até porque os currículos dizem que tem de haver avaliação contínua. Substituímos a ideia de um exame final escrito pela apresentação e defesa de projetos. Se estive três semanas a trabalhar num projeto em que adquiri algumas competências, em que assimilei alguns conceitos, tenho de ser capaz de defendê-los quando o apresento diante de um professor. O professor faz testes, por exemplo sobre os verbos irregulares de inglês... Há testes de problemas de matemática. O que não há é um exame no fim da avaliação que determina a nota. O boletim que se baseia nas oito competências do currículo nacional - matemática, linguística, âmbito social, aprender a aprender, digital, social e cidadã, trabalho em equipa. Ao aluno, mostramos a avaliação com o símbolo da bateria do telemóvel - quanto mais cheia está a bateria, mais ele conseguiu. E depois há as notas oficiais - os professores traduzam a avaliação em notas. E como calculam as notas? Pela observação. Há uns gráficos onde vão tomando notas, fazem algumas provas, há a apresentação dos projetos. Os projetos são uma fonte de informação. Se o professor não dedica tanto tempo a falar, tem mais tempo para dizer: construíste muito bem o problema mas enganas-te muito nas operações de cálculo, ou és desorganizado a trabalhar; ou esta equipa - há avaliação individual e da equipa - não se estrutura bem. Os alunos têm papeis - de secretário, de diretor - e quem está no papel de diretor pode não estar a dirigir. E isso vai mudando? Os grupos não são sempre os mesmos? Claro. Nem os grupos são sempre com os mesmos alunos, nem os papeis são sempre os mesmos. Não têm exames nacionais? Na Catalunha, os exames são feitos pelo Governo Autónomo e fazemos. Mas esses exames são cada vez mais por competências e menos de memória. Isso ajuda-nos a levar os alunos às competências. Ainda tem pouco tempo de aplicação do vosso modelo, já o podem avaliar? Estamos no segundo ano e trabalhamos com duas avaliações. A nossa, interna, de uma equipa onde não estão os professores envolvidos. Esta avaliação está feita, temos um documento de 150 páginas. Fizemos um acordo com duas universidades, uma catalã e outra latino-americana - a FLACSO - para termos uma avaliação externa. Em outubro teremos a primeira avaliação. Da observação que temos, podemos concluir que o elemento que mais mudou é a atitude dos alunos. A atitude é muito mais proativa, interessada, alegre. Reduziu-se a conflitualidade, os problemas dentro da aula, os alunos que tinham diagnóstico de TDA (distúrbio de défice de atenção), hiperatividade, estão muito mais confortáveis. Os mais tímidos também, porque o olhar não é do professor sobre os alunos, é mais global. O professor pode captar de imediato se há bullying, está a observar. É tudo mais transparente. E como estão a reagir os professores, depois destes dois anos? Os professores dizem: exigiu-me muito esforço, intensidade, energia, mas não voltaria atrás. Há um que diz: podia ter-me reformado e teria ficado feliz, mas agora que encontrei esta nova maneira de trabalhar reencontrei a minha vocação educativa, aquilo que tinha sonhado afinal é possível. Esta é uma das ideias fundamentais: é possível. Tínhamos muitos anos de debate, sabia-se que era preciso mudar, mas não havia uma mudança global, sistémica. Quando vão generalizar a mudança ao conjunto dos oito colégios e em todos os anos? No próximo ano, outros colégios vão aplicar e em 2020 teremos a mudança em todos os cursos de alguns colégios. Na totalidade dos colégios será lá para 2025 Alguns colégios terão mudado tudo em 2020, outros metade, mas nos próximos dois anos todos os colégios terão começado. As famílias estão na expectativa. Há um elevado nível de confiança nos jesuítas. É curioso, porque por vezes há mais confiança por parte dos níveis mais altos da sociedade, e nos colégios de zonas mais populares há mais desconfiança - será que os jesuítas estão a fazer a experiência para nos pôr à prova, como se fossemos cobaias? Mas nós estamos a fazer num colegio de Lleida e noutro de Barcelona, de classe média, média-alta, e num colégio de classe operária. Se se sabe há tanto tempo que o modelo tradicional está esgotado, por que demora tanto a decisão de mudar? Porque a mudança mete medo. Sou professor e vejo que não funciona, vejo que se chateiam na aula, mas o que posso fazer diferente? Os sindicatos também têm medo. Isto não afeta as condições laborais mas leva-as ao limite, porque tens de meter muita energia e intensidade. Quando explicamos isto, há gente de outros países que nos diz: foram muito corajosos. Nós temos pequenos conflitos, mas há que liderar. Não com autoritarismo mas com sedução. A educação é uma arma política, e creio que acontece o mesmo em Portugal, como dizia o professor Joaquim Azevedo há dias no vosso jornal. Um partido conservador muda a lei, vem o outro e muda tudo, e quando o conservador regressa, volta a mudar. Em Espanha tem sido assim, entre os socialistas e o PP. A educação é uma arma política mais no sul da Europa e não no norte. A política procura sempre resultados a curto prazo, e a educação é uma questão de longo prazo. Temos de ser generosos.”

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As escolas estão a tornar-se "desonestas" e "batoteiras", acusa psicólogo https://www.publico.pt/sociedade/noticia/as-escolas-estao-a-tornarse-desonestas-e-batoteiras-acusa-psicologo-1721847

“Eduardo Sá defendeu a existência de exames nacionais e considerou que "mau é mudar as regras a meio do jogo", como fez o actual ministro da Educação, ao anunciar, este mês, que aquelas provas já não se realizavam este ano lectivo. Aumentar “70% das respostas dos alunos duram menos de cinco segundos e resumem-se a isto: Não sei”., constatou especialista inglês ADRIANO MIRANDA

Ministro da Educação diz que era “urgente corrigir danos” provocados pelos exames Foi um retrato impiedoso para as escolas e para o sistema educativo o que o psicólogo Eduardo Sá traçou esta sexta-feira numa conferência promovida pelo Instituto de Avaliação Educativa (Iave), o organismo responsável pela elaboração e aplicação dos exames nacionais, que teve como tema Avaliar para aprender. “Uma escola que acha que tem de avaliar, embrulhando os testes e os exames num clima de alarme, é uma escola que diz às crianças que o importante é ter bons resultados e não aprender (…) E uma escola assim é desonesta”, comentou este especialista em psicologia da criança e do adolescente, lembrando que muitos alunos são afastados das escolas onde estão precisamente devido à sede destas em garantirem bons resultados nos exames nacionais. Para o psicólogo e psicanalista, temos nas escolas de hoje “turmas de primeira e de segunda, disciplinas de primeira e de segunda, alunos de primeira e alunos de segunda”. “São formas estranhas com que temos convivido e que já mereceram aval ministerial. Mas uma escola assim transforma-se numa escola amiga do apartheid e uma escola assim avalia, mas não educa”, criticou. Eduardo Sá, autor de livros como Queremos Melhores Pais! e Hoje Não Vou à Escola!, não se ficou por aqui. Disse que as escolas e as famílias são também “batoteiras” nas avaliações que fazem das crianças porque não lhes dão “o direito de errar”. “É estranho que não se acarinhe o erro, porque uma criança que não pode livremente errar ganha uma imunodeficiência adquirida ao erro e à dor”. O que tem como consequência, advertiu, “tornarem-se competitivos e presunçosos, quando diante do conhecimento deviam ser rebeldes”. “Crianças assim pensam pior”, acrescentou. A favor dos exames Quer isto dizer que Eduardo Sá é contra a avaliação e os exames? A resposta é negativa e tem como alvo o actual ministro da Educação, que no início do mês anunciou que, já este ano lectivo, não se realizarão exames no 4.º e 6.º ano por considerar que estes têm efeitos “nocivos” para as crianças. “Se as crianças não aprendem a conviver com o medo de serem avaliadas ficam mais frágeis, com menos garra e menos brio”, comentou o psicólogo, acrescentando que “não é mau que destilem medo face aos exames, porque o medo traz também audácia”. “Mau é mudar as regras a meio do jogo. Mau é discutirmos as avaliações antes das aprendizagens”, acusou, antes de afirmar o contrário do que foi dito pelo ministro Tiago Brandão Rodrigues. “Quanto mais tarde as crianças tiverem provas nacionais, mais tarde reúnem os recursos para as vencer”, disse Eduardo Sá. Antes já tinha frisado que “os exames não magoam as crianças, o que as magoa é a forma como os pais e as escolas acabam por usar” esta avaliação. Todo um conjunto de razões que levaram este especialista a considerar que o tema da conferência do Iave deveria ser invertido: em vez de Avaliar para aprender “devíamos assumir que tem de se Aprender para avaliar”. “Será que a escola que avalia reconhece os seus erros?”, questionou a propósito, com a resposta já pronta: “Raramente”. Eduardo Sá considerou ainda que a educação “tem sido objecto de uma tremenda demagogia política” e estranhou que nenhum dos candidatos presidenciais se tivesse proposto promover “um pacto para a educação para 20 anos”. O tempo dos professores Antes, Gordon Stobart, professor do Institute of Education, University College London, alertara que as formas de aprender necessárias no século XXI “não são compatíveis com o modelo de exames que se impôs no Reino Unido e nos EUA”. “Temos fechado centenas de escolas por ano por não terem conseguido bons resultados nos exames nacionais. Não nos importamos sobre qual o tipo de cidadãos vamos ter, mas apenas com os resultados dos exames”, acusou. Mas Gordon Stobart também não poupou a “pedagogia” que se tornou predominante nas escolas. Com base num inquérito realizado no Reino Unido, resumiu assim o que acontece nas salas de aula: “os professores falam 70% a 80% do tempo; fazem 200 a 300 perguntas por dia; 60% do seu tempo é passado a rever a matéria e 20% em procedimentos – onde puseste o lápis? O que fizeste ao caderno? –; e só menos de 5% é dedicado à discussão em grupo de ideias com significado, o que é assustador porque esta é uma forma poderosa de aprender”. Não por acaso, o professor inglês acrescentou ainda mais este retrato – “70% das respostas dos alunos duram menos de cinco segundos e resumem-se a isto: Não sei”. Aos professores presentes na conferência, Gordon Stobart perguntou se sabiam qual a razão da popularidade dos programas de culinária. “É que precisamos de ver antes de fazer. É o que se passa também nas salas de aula”, disse. “

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Ao virar da página…

LEGO - Quer ver a Torre de Belém em Lego? http://observador.pt/2016/01/31/quer-ver-torre-belem-lego/

“1.010 peças para uma réplica da Torre de Belém ou 2.336 para um loja de brinquedos, são as propostas de dois portugueses que precisam de 10 mil votos para conseguirem ver o projeto aprovado pela Lego. Milhares de peças coloridas para reproduzir a Torre de Belém ou um elétrico do Porto foram usadas por fãs da Lego, que vivem agora na esperança de ver os seus modelos lançados e à venda no mercado. Rui Branco, de Portimão, tem 49 anos e pretende que a sua Torre de Belém em Lego passe do cenário virtual para o real, enquanto Estela Freire, residente em Lisboa e com 40 anos, ambiciona ver a sua loja de brinquedos de inverno (Winter Toy Shop) em produção na fábrica destes brinquedos, na Dinamarca. A hipótese de uma construção passar de uma imagem virtual para um modelo real e oficial é dada pela própria empresa, que disponibiliza uma página na Internet — ideas.lego.com — para os fãs submeterem à votação da comunidade os seus projetos, mediante determinadas regras. “Sempre tive interesse por estas construções que apelam à concentração e criatividade ilimitada”, disse à Lusa Rui Branco, explicando o motivo pelo qual submeteu para aprovação da comunidade, e depois da Lego, a sua Torre de Belém. (…)

10 sites úteis que vai querer guardar nos marcadores e partilhar com os amigos http://observador.pt/2016/01/30/10-sites-uteis-vai-querer-guardar-nos-marcadores-partilhar-os-amigos/

“São gratuitos e úteis. Vão ajudá-lo a fazer pequenas coisas que nem se tinha apercebido que lhe faziam tanta falta. O Observador fez uma lista de dez sites que vai querer saber que existem. A Internet pode ser uma “faca de dois gumes”. Se, por um lado, é uma importante ferramenta para a realização de tarefas e para facilitar a comunicação entre as pessoas, também pode contribuir para a procrastinação e perda de concentração. Não, não é necessário escolher um dos lados, basta ter conhecimento de que existem diversos recursos à distância de um clique para serem usados de acordo com os hábitos e necessidades dos utilizadores. O Observador faz aqui uma nova lista de páginas na Internet que, acreditamos, vão tornar-se imprescindíveis para si. Clique na fotogaleria e fique a conhecer algumas sugestões que vai querer guardar nos seus marcadores. E partilhar com os seus amigos.”

Precisa de uma desculpa para voltar a brincar com Lego? Aqui tem várias http://observador.pt/2016/01/29/precisa-desculpa-voltar-brincar-lego-varias/

“Guarde os lápis e vá buscar os Lego. Depois dos livros para pintar, uma nova obra quer provar que os velhinhos blocos de construir não são apenas uma brincadeira de crianças. Como esclarece o título, As Figuras que Fazes reúne “ideias fantásticas para os adultos fãs de Lego”, e embora não haja promessas de passatempos anti-stress, há propostas capazes de matar as saudades dos mais nostálgicos. Garrafeiras em forma de robô, bases para copos que parecem disquetes, um conjunto de secretária dos Space Invaders e um porta-lápis que podia ter saído de um filme de George A. Romero (muito, muito antes do primeiro episódio da série The Walking Dead ter ido para o ar) são apenas algumas das construções explicadas passo a passo e divididas em três níveis de dificuldade, sempre com indicação do formato e da quantidade de peças necessárias para as erguer. Capa As Figuras que Fazes A capa do livro Da autoria de David Scarfe, o livro é apresentado como “100% não oficial” — o que significa que não é uma criação da marca dinamarquesa que começou a vender os primeiros blocos em 1949 e tem atravessado a infância de várias gerações — mas não podia ser melhor homenagem. Título: As Figuras que Fazes: Ideias Fantásticas para os Adultos Fãs de Lego Autor: David Scarfe Editora: Vogais Páginas: 128 Preço: 14,99€”

Por aqui me fico… e claro, com o desejo de um fantástico ano de 2016!  Até ao próximo click! :)
publicado por Musikes às 12:25 link do post
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