“GOTINHAS… CULTURAIS…” “A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa A não perder! Aqui algumas sugestões culturais a lá dar um salto. ;) Biblioteca Pública Municipal do Porto Exposição Em Tempo de Guerra - 1914-1918 de Ter, 15/03/2016 a Ter, 31/05/2016 Horário: Segunda a Sábado, das 10h00 às 18h00 A Primeira Grande Guerra, a primeira guerra à escala mundial, revelou-se como um dos mais devastadores conflitos a que a Humanidade assistiu. Portugal envolveu-se nesta guerra, afectando directamente o País e a população portuguesa. Entre 1914 e 1918 partiram para a Guerra mais de 100 000 soldados portugueses oriundos de todo o País. Combateram em África e na Flandres, onde quase oito mil morreram e outros tantos foram feridos, seis mil ficaram desaparecidos e mais de 7 mil foram feitos prisioneiros. A Exposição Em Tempo de Guerra: 1914-1918 apresenta uma selecção proveniente do acervo documental da B.P.M.P., organizada em torno de dois núcleos. Um, em que a bibliografia, em língua portuguesa e estrangeira, alude aos acontecimentos, em Portugal e no Estrangeiro, e a figuras e políticos. A imprensa periódica da época está representada pela revista Ilustração Portuguesa (1903-1923) que patrocinou de modo categórico as notícias referentes ao Corpo Expedicionário Português e à participação de Portugal na guerra. No outro núcleo, é evocada a participação portuguesa na guerra, em África e na Flandres, essencialmente, através do testemunho memorialístico, materializado em inúmeros livros, da autoria de muitos dos que estiveram envolvidos nas operações militares. Estes autores são os chamados “soldados conhecidos” que integraram a “malta das trincheiras” e entre os quais figuram escritores, pensadores, intervenientes políticos, como Augusto Casimiro, André Brun, Hernâni Cidade, Jaime Cortesão, Carlos Selvagem ou João Pina de Morais.” Saber mais! http%3A%2F%2Fbmp.cm-port… Páscoa na Biblioteca “>> o BIBLIOCARRO - neste período encontra-se estacionado no JARDIM DO PASSEIO ALEGRE << Pesquisar OFICINA DE RECICLAGEM: "PARA ONDE FORAM OS OVOS DA PAULINA?" Oficina de reciclagem: "Para onde foram os ovos da Paulina?" Após a audição da história, as crianças são convidadas a construir a galinha dos “ovos da Paulina”, com materiais recicláveis. Limitação: Limitado a 12 participantes por sessão | Gratuito Crianças dos 6 aos 12 anos Nota: Atividade diária – no momento da inscrição, deve escolher o dia pretendido (dia 21, 22, 23 ou 24 março) Pré-inscrição obrigatória | Inscreva-se aqui INSCRIÇÕES EM CURSO Biblioteca Pública Municipal do Porto Crianças de 21/03/2016 a 24/03/2016 14h30 às 17h00 À DESCOBERTA…PEDDY PAPER À DESCOBERTA…Peddy paper Nestas férias da Páscoa poderás conhecer a Biblioteca e a Galeria Municipal do Porto de uma forma diferente e divertida. Os participantes são convidados a visitar diferentes áreas da Biblioteca, as exposições patentes na Galeria Municipal e pôr à prova os seus conhecimentos sobre a literatura e cidade do Porto. Limitação: mín. 8 crianças; máx. 25 crianças | Gratuito Destinatários:ATL’s (Crianças dos 6 aos 10 anos) Pré-inscrição obrigatória | Inscreva-se aqui ESGOTADO Biblioteca Municipal Almeida Garrett Crianças de 21/03/2016 a 23/03/2016 Data e Horário: 21, 22 e 23 de março | Início às 15h00 e termino às 16h30 O RATINHO POETA: CELEBRAR A POESIA COM A BIBLIOTECA O RATINHO POETA: Celebrar a Poesia com a Biblioteca Para celebrar a Poesia e o início da Primavera, vem ouvir a história do Ratinho Poeta de Luísa Dacosta, em teatro de sombras, e brincar com as palavras que rimam. Com as rimas saem poemas que iremos oferecer às árvores do Palácio de Cristal. Limitação: mín. 8 crianças; máx. 25 crianças | Gratuito Destinatários:Crianças dos 6 aos 10 anos e ATL’s Pré-inscrição obrigatória | Inscreva-se aqui INSCRIÇÕES EM CURSO Biblioteca Municipal Almeida Garrett Crianças de 21/03/2016 a 23/03/2016 Data e Horário: 21, 22 e 23 de março | Início às 11h00 e termino às 12h30 OFICINA A PARTIR DE "LEILÃO DE JARDIM" Oficina a partir de "Leilão de jardim" Ou isto ou aquilo | texto de Cecília Meireles e ilustrações de Odilon Moraes Quem me compra este caracol? Quem me compra um raio de sol? Um lagarto entre o muro e a hera, Uma estátua da Primavera? Quem me compra este formigueiro? E este sapo, que é jardineiro? Tendo como mote “leilão de jardim”, a criatividade não vai parar, é só olhar à volta, nomear e depois fazer por rimar… Destinatários: crianças a partir dos 6 anos Limite de participantes: mínimo 6, máximo 15 crianças (…)” Saber mais! http%3A%2F%2Fbmp.cm-port… *** Porto - Cultura Uma homenagem a Paulo Cunha e Silva, por extenso Saber mais! http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmailing.cm-porto.pt%2Ffiles%2Fcultura%2F11032016_convite.jpg&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHc4ZLNPudf5Eo5mn1V8O7npOsGww *** Casa da Música – Porto Utopia (7,5€) Espectáculos | Concertos para Todos [22/03/2016 - terça-feira | 21:00 | Sala 2] - Espectáculos ( Público Geral ) Duncan Chapman e Sam Mason direcção artística XI Curso de Formação de Animadores Musicais, Outros interpretação Quinhentos anos após ter sido imaginada, a terra com uma organização social perfeita ainda chama por nós. É o sonho a perseguir. Sempre. É o que nos move, também, num projecto inclusivo que faz da música e do palco lugares de todos. Escrita em 1516, a Utopia do humanista Thomas More pede para ser feita. Chamem-lhe idealismo, poesia, nós chamamos-lhe futuro. Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/03/22-marco-2016-utopia/43481/?lang=pt Lamento e Paixão (15€) Orquestra Barroca Casa da Música - [24/03/2016 - quinta-feira | 21:00 | Sala Suggia] - Clássica, Barroca Orquestra Barroca Casa da Música Alfredo Bernardini oboé e direcção musical Peter Kooj baixo Programa: Johann Christoph Pez Lamento Intrada Jan Dismas Zelenka Lamentatio pro die Mercurii Sancto Ferdinand Zellbell Lamento em Dó menor Antonio Vivaldi Sonata "al Santo Sepolcro", RV 130 Giovanni Benedetto Platti Stabat Mater Dolorosa Alessandro Marcello Concerto para oboé em Ré menor, op.1 Johann Sebastian Bach Cantata “Ich will den Kreutztab gerne tragen”, BWV 56 O aclamado especialista italiano da música antiga Alfredo Bernardini estreia‑se à frente da Orquestra Barroca Casa da Música na dupla qualidade de oboísta e maestro. Num belíssimo programa dedicado ao tema da Morte e Ressurreição, o concerto conta igualmente com um dos nomes de referência na discografia internacional do repertório barroco, o baixo Peter Kooij. O programa inclui obras tão célebres quanto o Concerto para oboé em Ré menor de Marcello, seguramente uma das obras mais conhecidas de todo o repertório concertante, a Sinfonia Santo Sepolcro de Vivaldi ou a cantata BWV 56 de Bach, por entre tesouros mais bem guardados como o surpreendente Stabat Mater de Platti, uma verdadeira preciosidade do Barroco. Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/03/24-marco-2016-orquestra-barroca-casa-da-musica/43182/?lang=pt OJ.COM (4€) Orquestra Jovem dos Conservatórios Oficiais de Música | Ciclo Jazz [25/03/2016 - sexta-feira | 18:00 | Sala Suggia] - Jazz OJ.COM Orquestra de Jovens dos Conservatórios Oficiais de Música Concerto Final do Estágio 2016 Pedro Andrade direcção musical Catarina Rebelo harpa Tschaikowsky “Festival Abertura 1812”– (ca. 16 Minutos) R. Glière Concerto para harpa e orquestra – 1. And. –(ca. 10 Minutos) Prokofiev Excertos da Suite Nr. 1 e Nr. 2 "Romeu e Julieta" Op. 64–(ca. 27 Minutos) Suite Nr. 2:1. the Montagues and the Capulets / 2. Juliet the Young Girl Suite Nr. 1:5. Máscaras / 6. Romeu e Julieta / 7. Morte de Tybalt Gershwin Abertura Cubana–(ca. 11 Minutos) Luís de Freitas Branco Suite Alentejana Nr. 1–(ca. 22 Minutos) Arturo Márquez Danzón Nr. 2–(ca. 10 Minutos) A Orquestra Jovem dos Conservatórios Oficiais de Música é um projecto de carácter anual, desenvolvido desde 2002, que tem como objectivo proporcionar um estágio de orquestra sinfónica aos alunos das escolas públicas do ensino especializado da música. Em 2016 a escola responsável pelo estágio é o Conservatório de Música do Porto e a Casa da Música acolhe o seu concerto final dando a conhecer uma promissora geração de músicos em Portugal. Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/03/25-marco-2016-ojcom/44343/?lang=pt Billy Cobham Band (16€) Ciclo Jazz - [27/03/2016 - domingo | 21:00 | Sala Suggia] - Jazz Billy Cobham bateria Jean-Marie Ecay guitarra Michael Mondesir baixo Steve Hamilton piano, teclados Camelia Ben Naceur teclados Billy Cobham é um baterista incontornável do jazz de fusão, conhecido especialmente como membro da formação original da Mahavishnu Orchestra, com John McLaughlin, na primeira metade da década de 70. Ainda antes, ficaram para a história as suas colaborações com Miles Davis, no álbum Bitches Brew, e a participação na banda Dreams junto de Randy e Michael Brecker. Desde o seu primeiro álbum em nome próprio, Spectrum, Cobham já assinou mais de três dezenas de discos e forjou um estilo arrojado e complexo, que influenciou em grande medida a abordagem dos bateristas de jazz que se lhe seguiram. O seu trabalho mais recente inspirado em sonoridades da world music serve também como espírito congregador desde novo grupo, que junta músicos de forte personalidade vindos de França e Inglaterra. Saber mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/03/27-marco-2016-billy-cobham-band/43183/?lang=pt ******* E agora… as notícias de cultura. Beethoven por Harnoncourt: testamento vital http://observador.pt/especiais/beethoven-harnoncourt-testamento-vital/ “Um grande maestro despede-se com as Sinfonias n.º4 e 5 de Beethoven e dá ensejo para reflectir nas mudanças ocorridas na interpretação musical no último meio século. A 5 de Dezembro passado, na véspera do seu 86.º aniversário, o maestro Nikolaus Harnoncourt, por “sentir a energia física a abandoná-lo”, anunciou o abandono, dos palcos e da direcção do Concentus Musicus Wien, o agrupamento que fundou e dirigiu durante 62 anos. Nikolaus Harnoncourt Nikolaus Harnoncourt Johann Nikolaus de la Fontaine und d’Harnoncourt nasceu em Berlim em 1929 em família nobre (o pai era conde de Harnoncourt-Unverzagt, a mãe, condessa de Méran e baronesa de Brandhoven), mas o clima insalubre que se instalou na Alemanha em 1933 com a ascensão de Hitler a chanceler levou os pais a decidir a mudança para a mansão familiar em Graz, na Áustria. Harnoncourt estudou música em Viena e em 1952 foi escolhido por Herbert von Karajan, entre 40 candidatos, para violoncelista na Orquestra Sinfónica de Viena, onde se manteria até 1969. Não foi pelo seu papel na Sinfónica de Viena que Harnoncourt granjearia um lugar na história da música: foi por, em 1953, com a esposa, a violinista Alice Harnoncourt, e alguns colegas da orquestra, ter fundado o Concentus Musicus Wien, um agrupamento pioneiro na interpretação “em instrumentos de época”. A designação pode induzir em erro, por sugerir que o recurso a instrumentos contemporâneos da composição das obras basta para lhes conferir um cunho de “autenticidade”. Por esta razão, há quem prefira a expressão “interpretação historicamente informada”, que comporta outros factores decisivos para uma interpretação tão próxima quanto possível das intenções do compositor: estudo do manuscrito originais, cotejo de várias edições da partitura, recuperação de formas de tocar e práticas de ornamentação entretanto perdidas ou alteradas, afinação pelo diapasão em vigor no tempo e local da composição da obra, uso de efectivos análogos aos empregues na época de composição, etc. Como Harnoncourt frisaria em entrevistas, para ele o facto de os instrumentos serem “de época” (ou suas réplicas modernas) era menos importante do que as cabeças dos seus executantes serem “de época”, isto é, devidamente industriadas nas práticas musicais de antanho. O primeiro concerto A interpretação historicamente informada dava então os primeiros passos – em 1953, Gustav Leonhardt fazia as suas primeiras gravações, com as Variações Goldberg e A Arte da Fuga – pelo que não havia ainda “instruções” ou “fórmulas” para o delicado processo de remoção de séculos de patine às obras do barroco. Harnoncourt e o Concentus Musicus tiveram, pois, que estudar afincadamente durante quatro anos (e vasculhar lojas de antiguidades em busca de instrumentos de outras eras) antes de darem o primeiro concerto e precisaram de mais cinco para gravarem o primeiro disco, com as Fantasias de Henry Purcell, em 1962, para a Telefunken (com Harnoncourt na viola da gamba, instrumento olvidado, cuja reemergência só começaria na década de 1970). (…)” O que aprendemos com as canções de Marco Paulo http://observador.pt/especiais/aprendemos-as-cancoes-marco-paulo/ “O artista anteriormente conhecido por João Simão da Silva está a celebrar 50 anos de carreira. Talvez não tenhamos dado por isso, mas moldou, como muito poucos, a cultura popular do último meio século. 1“Ninguém, Ninguém” (1978) 2“Eu Tenho Dois Amores” (1980) 3“Morena, Morenita” (1984) 4“Maravilhoso Coração Maravilhoso” (1991) 5“Taras E Manias” (1991) 6“Amante, Irmão, Amigo” (1993) Há quem o ache romântico; há quem o ache foleiro; há quem o ache perturbadoramente parecido com a família Aveiro. Há quem ache muita coisa, mas, no fim, sobram os factos: Marco Paulo é um nome maior da música popular portuguesa. Qualquer residente em solo nacional com idade compreendida entre o professor Eduardo Lourenço e a filha mais nova da Carolina Patrocínio que diga que não o conhece, mente. Mente vergonhosamente. (…) Marco nunca foi um nome consensual, mas o tempo tem-lhe sido generoso: a era do pimba recortou-lhe uma aura de bom gosto; a ascensão do clã Carreira pôs-lhe em evidência o dom quase sobrenatural do vozeirão. Ele anda aqui há muito tempo e todos crescemos com ele. Eis seis canções incontornáveis de Marco Paulo e outras tantas coisas que aprendemos com elas. 1 “Ninguém, Ninguém” (1978) Ensinamento: O mundo é o que é e não és tu quem vai fazer alguma coisa em relação a isso Muitos não saberão, mas, antes de mergulhar no romantismo puro e duro, Marco andou perto da canção de intervenção. Em 1978, no lado B do single de “Canção Proibida” (outro exemplar muito estimável), estava “Ninguém, Ninguém”. Além de apresentar a velocidade verdadeiramente sobre-humana a que o nosso herói é capaz de disparar – e sempre com dicção irrepreensível – mancheias de palavras por segundo, revela-nos Marco, o conservador. Atente-se no refrão: “Ninguém ninguém Poderá mudar o mundo Ninguém ninguém É mais forte que o amor Ninguém, ninguém, ninguém” Certo, habita já na canção certa vocação sentimental; porém, ninguém lhe pode negar o travo político. Numa época em que a poeira da revolução ainda mal tinha assentado, é preciso admirar a coragem do posicionamento filosófico: escusam de se pôr com coisas, ninguém vai mudar o mundo. Mais o solipsismo destemido, em tempos em que tudo era cooperativa e colectividade: “De quem fui, de quem sou, onde vou Só eu sei mais ninguém sabe” Pessimista, relativista, pragmático, conservador, reaccionário, chamem-lhe o que quiserem – Marco era já um homem de barba rija. (…)” Prémio de artes Paulo Cunha e Silva http://www.porto.pt/noticias/paulo-cunha-e-silva-sera-nome-de-premio-internacional-de-artes-visuais_2 “Paulo Cunha e Silva, o vereador da cultura que o Porto perdeu tragicamente em novembro, vai dar nome a um prémio internacional de artes visuais, de que a Fundação Millennium será mecenas. Destinada a jovens artistas portugueses e estrangeiros até aos 35 anos, a distinção foi ontem anunciada por Rui Moreira, durante a homenagem que a Câmara do Porto fez ao ex-vereador através da exposição "P. - Uma Homenagem a Paulo Cunha e Silva, por extenso", ontem inaugurada na Galeria Municipal do Porto. Rui Moreira, presidente da Câmara e responsável pelo pelouro da cultura da autarquia, acompanhado por vários vereadores do seu executivo e pelo presidente da Fundação Millennium, lembrou que foram muitas as propostas para que, rapidamente, a Câmara homenageasse Paulo Cunha e Silva, mas que quis esperar: "Sentimos que uma homenagem ao Paulo teria de constituir um gesto de grande coerência, porque era um acto de uma enorme responsabilidade", disse, acrescentando: "entendi que a homenagem que lhe prestaríamos teria que ser um projecto artístico, que acrescentasse, e teria de ser desenvolvido no tempo, no espaço e através do formato certos".” ***** No “Pergaminho” desta semana… Más notas: o ciclo vicioso que é preciso romper http://www.educare.pt/noticias/noticia/ver/?id=109882 “Alunos imigrantes, de famílias com baixos rendimentos, com pelo menos um ano de retenção ou a viver com um único progenitor são mais suscetíveis de obterem maus resultados na escola, diz a OCDE. Muitos alunos, por todo o mundo, caem num ciclo vicioso de maus resultados e desmotivação. Más notas geram desinteresse pela escola. Pior: têm consequências negativas para toda a vida. “Nos alunos de 15 anos, as dificuldades escolares são um risco acrescido de abandono”, lê-se num relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), apresentado no início de fevereiro, que analisa os últimos classificados nos testes do PISA. “Porque parte da população não dispõe das competências necessárias, o crescimento económico nacional a longo prazo está gravemente comprometido”, alerta a OCDE. De acordo com os resultados do PISA 2012, nos países da OCDE, mais de um em cada quatro alunos, com 15 anos de idade, não alcançam o nível limiar de competências em pelo menos um dos três domínios avaliados. A saber: matemática, literacia e ciências. Significa que nos 64 países e economias parceiras que realizaram o PISA 2012, cerca de 13 milhões de alunos são de baixo rendimento a pelo menos uma matéria. Os dados preocupam a OCDE, que entende a redução dos maus desempenhos não só como um objetivo em si, mas como um meio eficaz de melhorar o resultado global dos sistemas educativos e a sua equidade. Uma vez que os alunos com piores classificações no PISA provêm de famílias desfavorecidas ao nível socioeconómico. Alguns países são apontados pela OCDE como exemplo por terem conseguido contrariar os fracos desempenhos desde a penúltima avaliação. Portugal, Brasil, Rússia, Itália, Alemanha, México, Polónia, Tunísia e Turquia reduziram o número de alunos com classificações negativas a Matemática entre 2003 e 2012. Segundo os investigadores, o facto de países com características tão diferentes, quer cultural quer economicamente, terem conseguido o mesmo feito mostra como é possível inverter os números. Como? “Todos os países podem melhorar os seus resultados desde que adotem as políticas corretas.” Exceções à regra de que os alunos oriundos de famílias de baixos rendimentos apresentam taxas de sucesso baixas foi o que um estudo sobre desigualdades socioeconómicas e resultados escolares encontrou em Portugal. A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEEC) analisou os percursos de sucesso dos alunos do 3.º ciclo de mil escolas públicas e concluiu que, ao nível distrital, fatores locais, como a cultura da escola ou o dinamismo dos professores, ajudavam a inverter cenários previsíveis de insucesso. Perfis de sucesso e insucesso Diferenças socioeconómicas, demográficas e escolares dos alunos explicam 15% da variação de prevalência de maus desempenhos no mercado de trabalho. A OCDE identifica uma espécie de perfil do aluno com sucesso escolar: pertence a uma família de classe média, é do sexo masculino, vive com os dois pais numa zona urbana e este matriculado um ano no pré-escolar. Alunos com estas características têm apenas 10% de probabilidade de virem a ter maus resultados. No entanto, alertam os autores do estudo, basta uma mudança no perfil para inverter o cenário. Se o mesmo aluno da classe média for uma rapariga, oriunda de uma família monoparental imigrante, a viver numa zona rural, sem dominar a língua falada na escola, sem um ano de ensino pré-escolar e com um chumbo, a probabilidade de insucesso aumenta para os 76%. Outros dados mostram ainda que quase 28% dos estudantes dos países da OCDE estão abaixo do limiar de competência em pelo menos uma das três principais áreas de avaliação do PISA (capacidade de leitura, matemática e ciências). A percentagem de alunos com fraco aproveitamento na matemática é mais elevada (23%) do que na leitura e nas ciências (18% cada). Cerca de 12% dos estudantes têm um mau desempenho em todas as três disciplinas, e 3% deles estão abaixo do nível 1 de competências. De notar que o PISA utiliza uma escala de 1 a 5 em que os níveis mais baixos representam conhecimentos básicos e os mais elevados conhecimentos mais complexos. Existem quase 4 milhões de estudantes com idades entre 15 anos com fracas competências ao nível da matemática e quase 3 milhões ao nível da leitura e ciências. Mas há boas notícias, incluindo para o sistema educativo português. Entre o PISA 2003 e o 2012, nove países reduziram as suas percentagens de maus resultados nas avaliações de matemática. Em quatro deles (Brasil, México, Tunísia e Turquia), esta melhoria é reflexo da redução da percentagem de estudantes que atingiu apenas o nível 1, enquanto nos outros cinco (Alemanha, Rússia, Itália, Polónia e Portugal), é explicado pela redução simultânea da percentagem de alunos de nível 1 e dos que ficaram abaixo desse limiar. Fatores de risco Seja qual for o país da OCDE, a conclusão é uma: “Os estudantes provenientes de contextos socioeconómicos desfavorecidos são mais propensos aos maus resultados do que os mais favorecidos”. Os investigadores revelam que “o efeito cumulativo de outros fatores de risco, que contribuem para o mau desempenho, é maior no primeiro do que no segundo grupo.” O relatório “Low-Performing Students – why they fall behind and how to help them succeed” [Alunos com baixos resultados – porque ficam para trás e como ajudá-los no sucesso] mostra quem são os grupos de maior risco. As conclusões não surpreendem. Os alunos de origem imigrante que não falam a mesma língua falada na escola correm 2,5 mais riscos de obter maus resultados. As diferenças entre rapazes e raparigas mostram que elas são mais propensas aos maus resultados em matemática do que eles. No entanto, é mais comum os rapazes terem maus na leitura e nas ciências. Persistem as desigualdades entre o campo e a cidade. A percentagem de alunos com fraco aproveitamento é maior entre os estudantes que vivem em áreas rurais. O mesmo sucede entre os alunos provenientes de famílias monoparentais. Confirmando o que já tem sido verificado noutros estudos internacionais, os alunos repetentes, ou seja, que tenham chumbado pelo menos uma vez, têm sete vezes mais probabilidade de obterem maus resultados que os colegas que nunca chumbaram de ano. Frequentar o ensino pré-escolar é uma forma de garantir melhores resultados no futuro. A probabilidade de más notas é três vezes maior entre os alunos sem pré-escolarização por comparação com os que frequentam pelo menos um ano de educação antes do ensino primário. Em 2012, o foco do PISA voltava-se para a matemática. Neste relatório mostram-se também alguns dados que indicam quais os alunos com mais dificuldades nesta matéria. Cerca de 40% dos alunos matriculados em programas de formação profissional estão neste grupo, contra 20% dos alunos matriculados em cursos de ensino geral. O estudo diz ainda que os alunos com maus resultados a matemática tendem a mostrar um menor nível de perseverança, motivação e autoconfiança. No que diz respeito à assiduidade, os estudantes que faltaram à escola pelo menos uma vez, durante as duas semanas anteriores à avaliação do PISA, são três vezes mais suscetíveis de terem fracos desempenhos a matemática. Como ajudar os alunos a obterem melhores resultados? A resposta requer a “implementação de uma abordagem multifacetada”, recomendam os investigadores, num capítulo onde se apontam algumas soluções para contrariar os maus desempenhos. A primeira passa pela criação de ambientes estimulantes de aprendizagem, com apoio escolar específico. Mas também pela repartição equitativa de recursos entre estabelecimentos de ensino. Pais e comunidade local podem contribuir nesta luta. “É preciso incentivar os alunos a aproveitarem ao máximo as oportunidades educacionais disponíveis para eles”, urge a OCDE. Diz, também, que são necessários programas específicos para combater o insucesso entre os alunos imigrantes ou falantes de línguas minoritárias e os que vivem em zonas ruais. “Há um longo caminho a percorrer na luta contra os estereótipos de género e na generalização do acesso à educação pré-escolar”, conclui o relatório.” ***** Ao virar da página… Pastel de nata é das melhores sobremesas de Londres http://boasnoticias.pt/noticias_pastel-de-nata-e-das-melhores-sobremesas-de-londres_23807.html “"O que é nacional é bom" e o pastel de nata não é exceção, mesmo para quem está lá fora. O pastel de nata foi eleito, pela agência noticiosa Bloomberg, uma das 15 melhores sobremesas que se podem comer na capital inglesa. (…)” Google inaugura pequeno Laboratório de Música virtual http://boasnoticias.pt/noticias_google-inaugura-pequeno-laboratorio-de-musica-virtual_23808.html “A nova página Chrome Music Lab promete fazer as delícias de quem tem o 'bichinho' da música. Neste laboratório virtual criado pela Google é possível encontrar vários instrumentos e ferramentas para aprender música. (…)” Tio Patinhas e Pato Donald estão de volta http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Media/Interior.aspx?content_id=5068017 “A Disney acaba de divulgar a primeira imagem da nova série de animação que traz de volta ao pequeno ecrã as aventuras de Pato Donald, Tio Patinhas e dos sobrinhos-netos Huguinho, Zezinho e Luisinho. A nova versão de "Ducktales" já está a ser produzida mas só tem data de estreia marcada para 2017. A série de animação foi originalmente transmitida entre 1987 e 1990, num total de duas temporadas e 100 episódios. O êxito da trama, que entre nós foi emitida na RTP, no "Clube dos Amigos Disney", levou o gigante da animação a produzir um filme em 1990 sobre as peripécias do Tio Patinhas e dos três sobrinhos-netos. Criada por Carl Barks, Jymn Magon e Fred Wolf, a trama segue a ida de Huguinho, Zezinho e Luisinho para a mansão do Tio Patinhas, onde ficam aos seus cuidados depois de Pato Donald voltar para a marinha. (…)” Por aqui me fico… e claro, com o desejo de… boas leituras! Até ao próximo click! )