“A memória dos homens não é a sua menor fraqueza”
(Laurinda Alves - artigo do jornal Observador)
“Recuperar obras antigas, descobrir inéditos, revelar tesouros incríveis a partir dos quais se pode estudar, aprender e ensinar é humanizar a própria Humanidade. O MPMP faz isto mesmo há quase dez anos
Todos estamos presos no mesmo movimento: os séculos passam e as civilizações também; o mármore esculpido torna a ser pedra e toda a construção pode voltar ao pó num dia só. Vimos isso agora quando ardeu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, mas vemos isso de muitas outras maneiras. Nas memórias que ficam para sempre perdidas porque ninguém cuidou de as guardar; nas esculturas involuntariamente amputadas e nos impérios voluntariamente decapitados; nos acervos que apodrecem em lugares frios e escuros, sem luz que os ilumine; nos documentos em que ninguém toca por estarem reservados a sábios; nos escritos e manuscritos que se acumulam em arquivos à espera de mestres de leitura, tradução e transposição.
A memória dos homens não é a sua menor fraqueza, diria Yourcenar. Há ainda maiores e piores, mas a memória, sempre tão frágil e tão efémera, merece ser restaurada, libertada, reconhecida e exposta ao ar. O esquecimento é próprio da condição humana e também por isso cuidar da memória histórica, resgatando património cultural e musical, eleva a nossa condição. Recuperar obras antigas, descobrir inéditos, revelar tesouros incríveis a partir dos quais se pode estudar e investigar, aprender e ensinar é humanizar a própria Humanidade.
O MPMP, Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa, faz isto mesmo há quase dez anos. Hoje é uma rede incrível que se estende por vários países e se tornou uma plataforma constituída por centenas de músicos do espaço lusófono, mas em 2009, começou por ser o sonho de um grupo de jovens amigos, todos alunos do Conservatório Nacional, quando se deram conta de que havia muitíssima música portuguesa de excecional qualidade que não era tocada nem conhecida. (…)”
Entre familiares, amigos e conhecidos, irão gostar do Musikes.
Partilha no Facebook, no Twitter e agora também no Padlet.com!
"Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia,
ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.”
Goethe