baseados na tradição oral de ambos países demonstrando que, nas terras de Arribas do Douro, as fronteiras se diluem.
Cai a tarde, é uma sexta-feira de maio, e Paulo e Luis preparam-se para um concerto no teatro de Bermillo de Sayago, no lado espanhol.
Paulo chega desde Miranda do Douro (Portugal) e Luis desde Zamora. Um fala mirandês – o segundo idioma oficial de Portugal – e o outro espanhol, mas compartilham a linguagem universal da música.
“Tocamos de um lado e outro da raia. Vão ver o quão fácil é partilhar música com os moradores do outro lado”, começa Luis.
“Entendem mirandês, certo?”, continua Paulo. E o público responde-lhe com um “siiiiiiiiim” fechado. Não há fronteiras.