Em cada um reside a fonte da partilha, e seja ela um dom ou não, deixa-me semear no teu ser o prazer da Música. Ela tem inspirado o Homem no revelar o seu pensamento, o interpretar e sentir o Universo ao longo de milénios. Bem vindo!
30 de Dezembro de 2015

“GOTINHAS… CULTURAIS…”

“A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação.” Fernando Pessoa

No "Gotinhas Culturais..." desta semana...

A não perder! Aqui algumas sugestões culturais a lá dar um salto. ;), e claro, alguns artigos a ler. ;)

Receber o Novo Ano com valsas vindas de um palco ou da televisão

“Em 2016 comemora-se os 75 anos dos Concertos de Ano Novo da Filarmónica de Viena Como em Viena, a música dos Strauss, mas não só, percorre Portugal de norte a sul, passando pela Madeira A acrescer ao brilho do evento em si - não por acaso chamado de "o concerto dos concertos" - o Concerto de Ano Novo da Filarmónica de Viena tem este ano o glamour suplementar de celebrar o jubileu dos 75 anos do evento, recordando a data de 1/1/1941: segundo concerto do género dos Wiener Philharmoniker, mas o primeiro realizado no dia de Ano Novo. A partir das 11.15 locais (10.15 em Lisboa), a Sala Dourada do Musikverein de Viena começará a ser embalada ao som de valsas, polcas e galopes dos vários membros da família Strauss que se dedicaram à composição nestes géneros de salão, bem como de vários autores seus contemporâneos, dirigidos pelo maestro Mariss Jansons.

Ver 2015 Wiener Walzer zum Jahreswechsel Ver em www.youtube.com

5 s
A transmissão televisiva é assegurada por 15 câmaras e alcança mais de 90 países em todo o mundo. Durante o intervalo, a ORF (televisão austríaca) transmite um filme de 24 minutos comemorativo dos 200 anos da integração da província de Salzburgo na Áustria. Em Portugal, a RTP 1 transmite o evento a partir das 10.30. Os compositores não-Strauss Este ano, são quatro os autores de fora da família Strauss selecionados por Jansons, incluindo algumas estreias absolutas no quadro destes concertos: se Josef Hellmesberger Sr. (1828-93), de quem se ouve Cena de Baile, é uma inclusão recorrente, o mesmo não se pode dizer dos outros três: Robert Stolz (1880-1975), Carl Michael Ziehrer (1843-1922) e Émile Waldteufel (1837-1915). Do primeiro, ouve-se uma Marcha da ONU (peça que abre o concerto), datada de 1957 e deicada à instituição; de Ziehrer, a valsa Moças de Viena (de 1888) e do francês Waldteufel, a valsa que escreveu em 1886 sobre temas da conhecida Rapsódia para orquestra "España", de Chabrier. Como de costume, duas obras são coreografadas e dançadas por bailarinos do Ballet Estatal de Viena: a polca Ausser Rand und Band, tendo por cenário a Kaiserloge da pista de corridas de cavalos do Parque do Prater - assinalando os 250 anos da abertura ao público deste famoso espaço verde vienense; e a Valsa do Imperador, tendo por apropriado fundo o palácio e os jardins de Schönbrunn. Coreografia e figurinos são, respetivamente, do checo Jiri Bubenicek e da britânica Emma Ryott, que fazem a sua estreia neste evento. Vontade expressa do maestro foi a inclusão dos Pequenos Cantores de Viena (Wiener Sängerknaben) no programa: eles cantam a polca francesa Sängerslust, de Johann Strauss, e a polca rápida Auf Ferienreisen, de Josef Stauss, esta com uma letra escrita propositadamente para este concerto. Um maestro excecional O letão Mariss Jansons, que perfará 73 anos duas semanas depois deste concerto, dirige pela terceira vez a Filarmónica de Viena nesta data, após 2006 e 2012. Jansons é uma das glórias da direção de orquestra das últimas décadas e é regularmente apontado em votações como sendo o mais brilhante maestro em atividade. Filarmónica de Leninegrado/S. Petersburgo (ao longo de 28 anos), Filarmónica de Oslo (durante 21 anos), Filarmónica de Londres, Sinfónica de Pittsburgh, Orquestra do Concertgebouw de Amesterdão (11 anos) e Sinfónica da Rádio da Baviera (há 12 anos, sendo que o contrato, sucessivamente prolongado, já se estende até 2021!) são algumas das orquestras que já o tiveram como titular ou "convidado principal". Mariss estudou em Viena com Hans Swarowsky e em Salzburgo com Karajan (na Rússia, trabalhara com Yevgeny Mravinsky) e dirigiu em 1992 pela primeira vez a Orquestra Filarmónica de Viena. É membro da Sociedade dos Amigos da Música, o outro nome do Musikverein de Viena. Sons de Ano Novo em Portugal Em Portugal, são muitas as oportunidades para ouvir a contagiante música dos Strauss, mas também muitas outras, unidas sob o signo do festivo e do brilhante. Em Lisboa, a Orquestra Metropolitana faz o já tradicional Concerto de Ano Novo "ao estilo vienense", no dia 1 no CCB e, novidade: no dia 3, na Meo Arena (sempre às 17.00), sob a direção de Sebastian Perlowski. No mesmo dia 3 (16.00, TNSC), Sinfónica Portuguesa e Coro do São Carlos fazem o seu, tendo por convidada o soprano Elisabete Matos, responsável pelo programa. Este é uma celebração da opereta através de obras de Offenbach, Joh. Strauss e Lehár, além do clássico Viena, cidade dos meus sonhos, de Sieczinsky. No Algarve, a Orquestra Clássica do Sul ofereceuma dose dupla em Loulé (dia 1, às 16h e às 18h, Cineteatro) e, no dia seguinte, em Tavira (21.30). Dirige a jovem maestrina polaca Patrycja Pieczara. No Porto, a Sinfónica do Porto--Casa da Música toca no dia 2 (às 18.00, Sala Suggia) um popular programa de música de salão, mas de autores russos: é que 2016 será o Ano Rússia na Casa da Música! Dirige o britânico Martin André. Pelo centro e norte, a Filarmonia das Beiras, tendo por convidado André Sardet, faz oito "concertos de ano novo" até 10 de janeiro, passando por Aveiro (dia 1, às 18.00 e dia 5), Viseu (dia 2), S. João d Madeira, Braga (dia 7), Anadia, Oliveira de Azeméis e Oliveira do Bairro. Dirige António Vassalo Lourenço. No Funchal, a Orquestra Clássica da Madeira toca os Strauss no Teatro Baltazar Dias (dia 1, 18.00 e 21.30). Dirige Luís Andrade.”

Ler em… http://www.dn.pt/artes/interior/receber-o-novo-ano-com-valsas-vindas-de-um-palco-ou-da-televisao-4954386.html

Concerto das Nações (15€)

“Orquestra Barroca Casa da Música - [09/01/2016 - sábado | 18:00 | Sala Suggia] - Barroca Na Suite Les Nations, Telemann fez desfilar turcos, suíços, moscovitas e portugueses numa viagem à Europa musical Setecentista. Recorrendo a figuras de retórica, esta peça surpreendente faz alusão ao imaginário das viagens em carruagens puxadas por cavalos e a um universo sonoro que, em alguns casos, procura reproduzir características nacionais. Num programa que dá a conhecer um concerto para fagote extremamente expressivo de Graupner na interpretação de José Gomes, a Orquestra Barroca saúda o Ano Novo com uma Sinfonia de Bach alusiva ao tema, concertos célebres de Corelli e Händel, assinalando igualmente o Ano Rússia com a original homenagem de Telemann aos moscovitas. “Laurence Cummings tornou-se um dos mais destacados especialistas da música barroca da sua geração, quer no teatro de ópera, quer na sala de concertos.” Star Tribune”

Ler mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/01/09-janeiro-2016-orquestra-barroca-casa-da-musica/43160?lang=pt

Solistas da Orquestra Barroca Casa da Música

“Música de Câmara no Salão Árabe do Palácio da Bolsa [06/01/2016 - quarta-feira | 21:30 | Palácio da Bolsa – Salão Árabe ] Solistas da Orquestra Barroca Casa da Música Huw Daniel violino Reyes Gallardo violino Filipe Quaresma violoncelo Miguel Jalôto órgão Arcangelo Corelli Sonata a 3 op.3 nº 1 Michel-Richard De Lalande Noëls en trio avec un Carillon Johann Pachelbel/J. S. Bach Prelúdios Corais & Fughetas Heinrich Biber A Natividade Dietrich Buxtehude Sonata a 3 BuxWV271 – Johann Schmelzer Sonata Pastorale Louis-Claude Daquin Noël en musette Dietrich Buxtehude Prelúdio Coral “Wie schön leuchtet der Morgenstern” Anónimo alemão séc. XVII Sonata “Wie schön leuchtet der Morgenstern” J. S. Bach Pastorella BWV590 “

Ler mais! http://www.casadamusica.com/pt/agenda/2016/01/06-janeiro-2016-solistas-da-orquestra-barroca-casa-da-musica-palacio-da-bolsa/2130?lang=pt

Livros - Os melhores e os piores de 2015

“De todos os livros que foram publicados ao longo do ano em Portugal e no mundo, quais são os que deve ler e quais deve manter a milhas? Nove colaboradores e críticos do Observador respondem. Este ano publicaram-se muitos livros bons — e muitos livros maus. Oito colaboradores do Observador foram à estante buscar o que leram ao longo de 2015 e revelam agora as suas escolhas. Nos elogios, temos livros sobre os campos de concentração, sobre Angola, sobre um editor que gostava de provocar ou sobre um santo. Nas críticas, temos obras que contêm filosofia para costureirinhas, que se baseiam em clichés ou que são tijolos datadíssimos. (…)”

Ler mais! http://observador.pt/especiais/livros-os-melhores-os-piores-2015/

A atualidade do legado de Charlie Chaplin

“Charlie Chaplin em Tempos Modernos (1936): um retrato das contradições do progresso O ano de 2016 vai trazer, por certo, um renovado interesse pela figura lendária de Charles Spencer Chaplin, ou apenas Charlie Chaplin, como ele assinava os seus filmes - ou ainda: Charlot. Assim, na Primavera, o Museu Chaplin será, finalmente, uma realidade. Anunciado como um empreendimento que cruzará as memórias de uma obra universal com as componentes da mais moderna tecnologia de preservação, divulgação e estudo das matérias cinematográficas, o museu resulta da adaptação da propriedade de Manoir de Ban, na Suíça, próximo do lago Léman, onde Chaplin viveu os últimos 25 anos da sua existência. (…) Dir-se-ia que a sua figura lendária atrai os números redondos das efemérides. Lembremos que o homem que criou o mais célebre vagabundo da história da humanidade, nos deixou numa data simbólica, entre todas: faleceu no dia de Natal de 1977, contava 88 anos. 2015 foi o ano em que se assinalou a passagem de um século sobre a produção de The Tramp (O Vagabundo), precisamente a curta-metragem que consolidou essa personagem que, através das suas aventuras e desventuras, se inscreveu no imaginário coletivo como a encarnação de uma lógica de sobrevivência sempre enredada com as grandezas e misérias da condição humana. O ano que está a chegar envolve uma especialíssima efeméride: passam 80 anos sobre a estreia (em Nova Iorque, a 5 de fevereiro de 1936) de Tempos Modernos, por certo a longa-metragem de Chaplin cuja simbologia, tanto ética como política, há muito transcendeu qualquer barreira histórica ou ideológica. A eterna metáfora Fábula sobre a desumanização ligada a muitas formas de desenvolvimento industrial, Tempos Modernos representa o encerramento daquilo que poderíamos designar como o "ciclo clássico" do seu criador. Desde logo, porque se trata do derradeiro filme em que surge a personagem do vagabundo, identificado no genérico como "trabalhador fabril". Charlot é uma figura anónima no interior de uma gigantesca cadeia de produção, vivendo um dia a dia de horários austeros e rotinas severas que, em última instância, foi formatando os seus gestos - a sequência em que tenta manter o ritmo imposto pelas máquinas, repetindo movimentos que transformaram o seu corpo num bizarro autómato, consolidou-se como metáfora deliciosamente burlesca dos excessos da industrialização. O projeto de Tempos Modernos surgiu durante uma digressão mundial de 18 meses (1931-32), tendo como objetivo principal a promoção de Luzes da Cidade, cuja estreia americana ocorrera nos primeiros dias de 1931. O conhecimento da crise económica na Europa, contaminada pelos sinais de ascensão das forças nacionalistas, levou Chaplin a estudar com afinco as convulsões da economia, defendendo publicamente a sua visão de uma sociedade utópica em que a liberdade humana nunca seria condicionada pelo progresso tecnológico. Numa entrevista dada ainda em 1931, condensou tal visão, afirmando: "O desemprego é a questão vital. A maquinaria deve beneficiar a humanidade, não gerar uma tragédia em que os seres humanos não têm trabalho." Curiosamente, Tempos Modernos ficaria também como derradeira expressão da resistência estética de Chaplin à mais radical evolução técnica do próprio cinema: o advento do som que, convém lembrar, se impusera no mercado quase uma década antes (O Cantor de Jazz, com Al Jolson, surgira em 1927). Sem ser exatamente um filme mudo, Tempos Modernos distingue-se por uma banda sonora em que as vozes escasseiam e quase tudo se exprime através de ruídos e música. Nele encontramos "Smile", uma das mais célebres canções compostas por Chaplin, ao longo das décadas recriada por nomes como Nat King Cole, Tony Bennett ou Barbra Streisand - Robert Downey Jr. interpreta-a no filme biográfico Chaplin (1992), realizado por Richard Attenborough. Ecoando também o gosto de Chaplin pelo cinema como um evento a que, no limite, basta o som da música, a divulgação da sua obra para os espectadores do século XXI está a passar por muitos "filmes-concerto". Consultando o seu site oficial, podemos verificar que, da Suíça a Hong Kong, há cerca de 40 concertos agendados para o primeiro semestre de 2016 - A Quimera do Ouro (1925), Luzes da Cidade e Tempos Modernos são os filmes mais frequentemente projetados em tais espetáculos. Edição surpreendente Na sequência da reposição de vários títulos de Chaplin em magníficas cópias restauradas, o ano que agora termina foi também particularmente rico no espaço específico dos livros. A edição mais surpreendente terá sido Charlie Chaplin - L'Album Keystone: L'Invention de Charlot (Xavier Barral, Paris), uma memória iconográfica dos primeiríssimos títulos rodados por Chaplin, para os estúdios Keystone, ao longo do ano de 1914. Os fotogramas desses pequenos filmes foram recolhidos e preservados, durante a década de 40, por H. D. Waley. Entretanto, na sua série de álbuns gigantes dedicados a grandes referências cinematográficas, a editora Taschen publicou The Charlie Chaplin Archives, com coordenação de Paul Duncan, integrando documentos cedidos pelos herdeiros de Chaplin. Em Luzes da Ribalta (1952), respondendo às angústias da bailarina Terry (Claire Bloom), o envelhecido palhaço Calvero (Chaplin), dizia-lhe: "Há uma coisa tão inevitável como a morte - é a vida." Tendo em conta que esse filme possui o fôlego de um genuíno testamento artístico, podemos condensar a herança do homem que inventou Charlot nesse paradoxo: a frieza do destino não exclui a energia da vida. Ou ainda: o riso e as lágrimas são apenas duas faces da mesma moeda.”

Ler em… http://www.dn.pt/artes/interior/a-atualidade-do-legado-de-charlie-chaplin-4953647.html

Por aqui me fico… e claro, com o desejo de um fantástico ano de 2016!  Na companhia de amigos, familiares, conhecidos e até desconhecidos… boas leituras!

Até ao próximo click!
publicado por Musikes às 18:15 link do post
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