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31 de Julho de 2017

Ora, vamos a isto!

 

Desta vez, a sugestão para uma atenta leitura de um interessante artigo da revista Visão.

“Aquilo que falamos ou escrevemos diz muito sobre nós. Diz mais sobre nós do que podemos imaginar!”.

 

Não deixem de ler!

Boas leituras!

 

****

 

10 ERROS LINGUÍSTICOS QUE MANCHAM A SUA IMAGEM

(artigo da revista Visão de 28 de Julho de 2017)

por Sandra Duarte Tavares

 

“Aquilo que falamos ou escrevemos diz muito sobre nós. Diz mais sobre nós do que podemos imaginar!

Sempre que cometemos um erro ortográfico ou gramatical, seja em contexto pessoal ou profissional, podemos ser alvo de troça ou discriminação por quem nos rodeia. Erros linguísticos como “tu fostes à reunião?”, “foi uma perca de tempo”, “houveram pessoas que faltaram”, “ninguém se absteu” não só mancham a nossa imagem, como também podem fazer-nos perder, em poucos segundos, um bom emprego, um bom negócio e até um relacionamento!

 

A competência linguística, associada ao domínio da comunicação oral e escrita, assume, inequivocamente, um valor sociocultural relevante, promovendo cada vez mais aceitação, credibilidade e prestígio social.

Vejamos, então, quais os 10 erros linguísticos que, do meu ponto de vista, podem manchar a nossa imagem pessoal profissional.

 

ERRO 1: p[ó]ssamos

Forma correta: possamos

As formas verbais da 1.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo são graves, ou seja, o acento tónico recai na penúltima sílaba: tenhamos, sejamos, possamos.

 

ERRO 2: a gente vamos

Forma correta: a gente vai

Na expressão a gente, o verbo deverá estar sempre no singular, em concordância com essa expressão.

 

ERRO 3: houveram pessoas

Forma correta: houve pessoas

Sempre que é verbo principal, o verbo haver só se conjuga na 3.ª pessoa do singular, porque é um verbo impessoal (há, houve, havia, haverá, haveria, haja...).

 

ERRO 4: ele interviu

Forma correta: ele interveio

O verbo intervir conjuga-se como o verbo que está na sua base – o verbo vir: ele veio; ele interveio.

 

ERRO 5: vocês ha dem

Forma correta: vocês hão de

O paradigma de conjugação do verbo haver no presente do indicativo é: eu hei de, tu hás de, ele há de, nós havemos de, vós haveis de, vocês / eles hão de.

 

ERRO 6: faria-o, se possível

Forma correta: fá-lo-ia, se possível

No futuro do indicativo e no condicional, os pronomes pessoais complemento (-me, -te, -o, -lhe...) colocam-se em posição mesoclítica, isto é, no meio do verbo, antes das terminações de tempo e pessoa.

 

ERRO 7: como deve de ser

Forma correta: como deve ser

Ao contrário do nome dever, o verbo dever não requer a presença da preposição de.

 

ERRO 8: à muito tempo, à 1 semana

Forma correta: há muito tempo, há uma semana

A forma verbal há (verbo haver) pode assumir um valor temporal, podendo ser substituída pela forma verbal faz: faz muito tempo, faz 1 semana. Tem um valor durativo no passado.

 

ERRO 9: tu fostes

Forma correta: tu foste

A forma verbal correspondente à 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo ir ou ser é foste. A forma verbal fostes corresponde à 2.ª pessoa do plural: vós fostes.

 

ERRO 10: Derivado a um vírus

Forma correta: Derivado de um vírus / devido a um vírus

A palavra derivado é acompanhada da preposição de (tal como o verbo derivar); a palavra devido é acompanhada da preposição a (tal como o verbo dever-se).

 

O que podemos fazer para eliminar de vez estes e outros erros que mancham a nossa imagem? Devemos ler muito (e bem!) para que sejamos expostos à palavra bem escrita. Tal como a leitura, a consulta de dicionários é também uma prática que deve ser regular no nosso dia a dia, sempre que tivermos alguma dúvida na grafia e significado de uma palavra.

 

Assim, se pretendemos projetar uma imagem pessoal e profissional credível, a nossa comunicação deve ser clara, relevante e, sobretudo, deve ter um elevado padrão de excelência linguística.

 

Texto de SANDRA DUARTE TAVARES

LINGUÍSTICA PORTUGUESA

 

É mestre em Linguística Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e professora no Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC Lisboa). É consultora linguística e formadora de Comunicação, e colabora ainda com a RTP em programas televisivos e radiofónicos sobre Língua Portuguesa.É autora dos livros “Falar bem, Escrever melhor” e “500 erros mais comuns da Língua Portuguesa” e coautora dos livros “Gramática Descomplicada”, “Pares Difíceis da Língua Portuguesa”, “Pontapés na Gramática”, “Assim é que é falar!”, “SOS da Língua Portuguesa”, “Quem tem medo da Língua Portuguesa?” e de um manual escolar de Português: “Ás das Letras 5”."

 

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