Em cada um reside a fonte da partilha, e seja ela um dom ou não, deixa-me semear no teu ser o prazer da Música. Ela tem inspirado o Homem no revelar o seu pensamento, o interpretar e sentir o Universo ao longo de milénios. Bem vindo!
A 10ª edição do Festival Porta-Jazz ocupa seis espaços do Teatro Rivoli de 7 a 9 de fevereiro e na bagagem traz projetos novos e nomes veteranos. São 16 concertos com músicos de 12 nacionalidades.
Junto ao número 305 da Rua João das Regras, no Porto, a música ouve-se no passeio. Se para uns estes acordes são uma novidade, para outros é uma companhia habitual, já que a Porta-Jazz, que ali tem a sua morada principal, costuma ter concertos todas as semanas. Desta vez é diferente: ensaia-se para o festival homónimo que este ano completa dez anos de vida.
Um ponto de encontro para o jazz que se faz no Porto e no mundo
Criada para ser um polo agregador dos músicos de jazz na cidade, que até 2010 estavam dispersos, a Associação Porta-Jazz cresceu, consolidou-se e construiu pontes para apoiar, estimular e incentivar a criação artística. “Se na primeira edição do festival o propósito era formar uma comunidade local, agora é a confirmação de que essa comunidade não é apenas local, é um movimento que ultrapassa os músicos do Porto”, começa por explicar João Pedro Brandão, fundador e diretor da Porta-Jazz.
Prova disso é o número de parcerias, colaborações e residências, onde além do trabalho nasce quase sempre uma amizade. “Desafiamos os músicos a saírem da sua zona de conforto, a não tocar só com o vizinho, mas também com o artista que está longe e que, de certa forma, admira.” Ao proporcionar esses encontros, João Pedro acredita que está a “enriquecer o meio”, uma vez que este tipo de experiências “trazem um efeito real no futuro”.