Trata-se de um dos maiores mitos do Mundo da Música: ouvir música clássica, de grandes compositores como Mozart, Bethoveen ou Bach, faz de nós pessoas mais inteligentes? Por todo o mundo, há muitas a pessoas a recorrer a este tipo de música enquanto estuda ou leem algo complexo, confiantes de que só assim conseguem melhorar o seu desempenho e alcançar o melhor resultado.
Porém, será que isto é mesmo verdade?
Este mito é tão popular que já recebeu um nome: chama-se o Efeito Mozart e tem sido alvo de várias investigações ao longo dos últimos anos. Na década de 90 começou a sentir-se com mais força, especialmente quando milhares de pais começaram a expor os seus filhos a longas sessões de música clássica. Mais bizarro ainda foi o caso de alguns criadores de gado que compraram álbuns de Mozart para… induzir os seus rebanhos a produzir leite com melhor qualidade!
Uma das primeiras investigações sobre este efeito tinha como base um grupo de estudantes que se submeteu a vários testes mentais depois de ouvir músicas de relaxamento. Uma vez terminado o exercício, ficaram em silêncio e escutaram logo de seguida uma sinfonia de Mozartdurante 10 minutos. Conclusão? Os investigadores perceberam que os estudantes que ouviram música tiveram um melhor desempenho na hora de fazer um teste que envolvia formas geométricas.
Isto foi suficiente para que as composições de Mozart começassem a ser usadas por todo o mundo, sempre com o objetivo de melhorar o desempenho de quem precisa de estudar ou fazer um trabalho difícil.
Porém, investigações mais recentes demonstraram que ouvir música não nos torna necessariamente mais inteligentes, como se pressupunha. No entanto, é verdade que exercem um fator positivo sobre a nossa habilidade para manipular formas geométricas mentalmente. E atentem bem no que escrevemos: já não estamos a falar de música clássica mas sim de música em geral. Não precisamos de ouvir Mozart para que a nossa atividade cerebral seja estimulada e refinada, por assim dizer. Basta ouvirmos alguma coisa que nos agrade.
Músicas, poesia, o som da chuva e outros barulhos da natureza: todos os sons são válidos para melhorar a nossa capacidade cognitiva… desde que gostemos de os ouvir! Aliás, de acordo com a BBC, este efeito pode ir além da música: também pode ser alcançado quando fazemos qualquer coisa que nos deixe felizes.
Só nos resta então perguntar: então afinal não há como usar a música para ficarmos mais inteligentes?
Uma investigação realizada no Canadá sugere que aprender a tocar um instrumento musical pode melhorar o nosso desempenho cerebral, e que um ano de aulas de piano combinadas com práticas regulares podem aumentar de facto o nosso QI em até três pontos.
Olá! Sê bem vindo.
Após uma pausa de Verão, o Musikes está de volta às suas publicações.
Se bem te lembras, fizemos uma pequena pausa na descoberta da vida e obra de Anton Bruckner, compositor do século XIX.
Avancemos em direcção, e já quase a terminar, a fabulosa obra deste músico, professor e compositor.
Boas audições!
*****
GRANDES MÚSICAS… GRANDES ÉPOCAS!...
Séc. XIX - O Romantismo
(1810-1910)
Anton Bruckner
(1824-1896)
“(…) Sabemos hoje que não é assim. E pode-se tentar uma aproximação entre Schubert e Bruckner.
Nos dois, tem-se uma inspiração melódica puríssima que lembra o ar das montanhas da Áustria. Mas, o que é mais importante, sonatas de Schubert e sinfonias de Bruckner não podem ser avaliadas pelos padrões da forma clássica. (…” (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000200025)
Anton Bruckner: Symphony No. 7 in E Major, WAB 107: III. Scherzo. Sehr schell (3º and.)
Anton Bruckner: Symphony No. 8 in C Minor, WAB 108: IV. Finale (4º and.)
Franz Schubert - Sonata in B-Flat Major for Piano, D 960: I. Molto moderato (1º and.)
Franz Schubert - Sonata in A Minor for Arpeggione and Piano, D. 821: I. Allegro moderato (1º and.)
*****
“(…) A forma sonata que Beethoven recebeu de Haydn e Mozart oferece uma oportunidade admirável para a arquitetura sonora. É uma forma tripartite: exposição, desenvolvimento, reexposição, a que costuma juntar-se uma coda. Isso pode ser visto com nitidez numa obra como a Quinta Sinfonia de Beethoven. Também se poderia aplicar essa visão a uma sinfonia de Brahms. Em todos esses casos, é convincente a lógica arquitetônica. Vemos uma estrutura que tem começo, meio e fim, e que atende às necessidades de um princípio dramático: criar tensão para depois resolvê-la. (…)” (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000200025)
L. V. Beethoven - Symphony Nº 5 In C Minor Op. 67 - Allegro con brio(1º and.)
Anton Bruckner: Missa Solemnis in B flat minor
Anton Bruckner: Messe No. 4 in f-Moll, Wab 29
Anton Bruckner: Symphony no. 2 inC Minor, WAB 102: II. Andante (2º and.)
***
“Grandes Músicas... Grandes Épocas...” do romantismo do século XIX, é o que nos aguarda para ouvir, conhecer e partilhar!
Passa por lá!
Por isso!...
Não percas o próximo post… porque nós… também não!
GRANDES MÚSICAS… GRANDES ÉPOCAS!...
Séc. XIX - O Romantismo
(1810-1910)
Anton Bruckner
(1824-1896)
“(…) Outra aproximação com Bach: o órgão, que ele começou a tocar aos 14 anos, e em que seria o maior improvisador do seu tempo (visitas memoráveis a Londres e a Paris confirmaram essa opinião). O primeiro momento importante na sua trajetória de criador é um Réquiem em ré menor escrito em 1849. Haydn e Mozart ainda são os seus modelos - em especial o Réquiem de Mozart. Mas já se vê, ali, uma gravidade, uma majestade que anunciam o Bruckner maduro. E sente-se muitas vezes o órgão por trás da sua música instrumental. Como escreveu o seu biógrafo Gollerich,
a estatura posterior de Bruckner como sinfonista só pode ser plenamente compreendida se voltarmos a essa época de crescimento e amadurecimento no grande órgão de Sankt Florian. (…)” (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000200025)
Anton Bruckner: Symphony No. 6 in A Major, WAB 106: I. Majestoso (1º and.)
Anton Bruckner: Symphony No. 6 in A Major, WAB 106: II. Adagio - Sehr feierlich (2º and.)
Anton Bruckner: Symphony No. 6 in A Major, WAB 106: III. Scherzo - Nicht schnell (3º and.)
***
“Grandes Músicas... Grandes Épocas...” do romantismo do século XIX, é o que nos aguarda para ouvir, conhecer e partilhar!
Passa por lá!
Por isso!...
Não percas o próximo post… porque nós… também
O período do romantismo leva-nos, por assim dizer, a navegar por imensas paisagens sonoras. Foram momentos da História da Música Ocidental que marcaram gerações ao longo dos tempos.
Ouvir para conhecer, partilhar para divulgar, é este o primordial prazer deste blogue..
E claro, a tua cumplicidade é o nosso gramafone.
Boas audições!
*****
“Só o que sonhamos é o que verdadeiramente somos, porque o mais, por estar realizado, pertence ao mundo e a toda a gente.” Fernando Pessoa
GRANDES MÚSICAS… GRANDES ÉPOCAS!...
Séc. XIX - O Romantismo
(1810-1910)
Frédéric Chopin
(1810-1849)
“(…) Em 1825, apresentou-se para o czar Alexandre I e publicou aquele que seria seu Opus 1: o Rondó em dó menor.
Quando terminou o liceu, no ano seguinte, entrou no Conservatório de Varsóvia, onde iniciou seus estudos de harmonia e contraponto com o renomado compositor Joseph Elsner.
Fryderyk não se entusiasmou muito com o formalismo clássico do professor, mas impôs seu talento: “aptidões admiráveis, gênio musical”, anotou Elsner no relatório do final do curso. (…)” (…)” (http://www.portalsaofrancisco.com.br/biografias/frederic-chopin)
Frédéric Chopin: Rondo, Op. 1 In C Minor
Frédéric Chopin: Nocturne Nº 2 In E Flat Major, Op. 9,
Frédéric Chopin: Prelude Nº 14 In E Flat Minor, Op. 28
Frédéric Chopin: Prelude Nº 12 In G Sharp Major, Op. 28
Frédéric Chopin: Etude Nº 12 In C Minor, Op. 25
Frédéric Chopin: Etude Nº 9 In G Flat, Op. 25
Frédéric Chopin: Etude Nº 6 In G Sharp Minor Op. 25
*****
“(…) O jovem Chopin compunha muito nesta época. Os dois concertos para piano, sua primeira sonata, o único trio de câmara, são peças do período. No entanto, a que chamou mais a atenção dos contempôraneos foi o conjunto das Variações sobre Là ci darem la mano, op. 2, para piano e orquestra.
O tema utilizado é o do dueto homônimo do Don Giovanni de Mozart, e não poderia ser diferente: Chopin gostava muito de ópera e mais ainda de Mozart.
Robert Schumann, em seu primeiro artigo na Nova Gazeta Musical de Leipzig, faria enormes elogios à obra e proclamaria: “Tirem os chapéus, cavalheiros! Trata-se de um gênio!”.
Parecia claro tanto para Fryderyk como para seus pais que ele não poderia ficar em Varsóvia; seu gênio precisava aparecer ao mundo. Em 1830, resolveu partir para Viena, a mesma cidade de Haydn, Mozart e Beethoven. Ele deixou Varsóvia no dia 2 de novembro. Em 29 de novembro, eclodiria a Revolução Polonesa, contra a ocupação russa. (…)” (http://www.portalsaofrancisco.com.br/biografias/frederic-chopin)
Frédéric Chopin: Etude Nº 12 In C Minor, Op. 10
Frédéric Chopin: Etude Nº 9 In F Minor, Op. 10
Frédéric Chopin: Etude Nº 6 In E Flat, Op. 10
Frédéric Chopin: Waltz Nº 3 In A minor, Op. 34
Frédéric Chopin: Waltz Nº 5 In A Flat Major, Op. 42
Frédéric Chopin: Piano Concerto Nº 1 In E Minor, Op. 11 (1º and.)
Frédéric Chopin: Piano Concerto Nº 1 In E Minor, Op. 11 (2º and.)
Frédéric Chopin: Piano Concerto Nº 1 In E Minor, Op. 11 (3º and.)
***
A riqueza das formas e sonoridades, a diversidade temática e sua densidade emotiva, creio que são o perfeito pretexto para não perderes as próximas publicações.
Também no Facebook e Twitter, em qualquer dispositivo.
Passa por lá!
Por isso!...
Não percas o próximo post… porque nós… também não!