Continuemos, então, a entrevista que propõe uma visão bem diferente e pertinente, dirigida a todos aqueles que ainda têm em sim mesmos o desejo de continuar a aprender.
Em entrevista à VISÃO, Barbara Oakley, professora da Universidade de Washington e especialista em aprendizagem explica o que a faz acreditar que todos podemos aprender, seja o que for, e deixa algumas dicas. (Parte II)
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14.10.2018 às 19h50)0)
“(...)Tem 62 anos, mas isso não inibiu o Wall Street Journal de considerá-la revolucionária na sua área. Aos pais, recomenda que o melhor é que saibam, o mais possível, sobre a forma como os filhos aprendem, para os poderem ajudar. E não resiste a uma piscadela de olho: “Esta entrevista já pode dar uma ajuda.”
Porque precisamos de aprender a aprender?
Se tentarmos usar um martelo num parafuso, não fazemos um uso muito efetivo dos nossos utensílios. Tal como esses, temos ainda ferramentas mentais que podem ajudar-nos na nossa aprendizagem. Porém, como não somos ensinados a usá-las, isso faz com que não sejamos muito eficientes e fiquemos frustrados. Hoje, há tanta informação sobre a aprendizagem, vinda das neurociências, que se torna muito mais fácil aprender.
O que a faz acreditar que todos podemos aprender, seja o que for?
Bom, é preciso ter algum cuidado com essa ideia. Poderá ser um bocadinho demais pedir a um nonagenário, que não tenha conhecimentos básicos em Ciência, que compreenda a Teoria Quântica. E, claro, certas condições, como a de um acidente vascular cerebral, também não ajudam à aprendizagem, dependendo do tamanho da região do cérebro que foi afetada. Dito isto, todas as pessoas podem aprender muitas coisas – mesmo aquelas que pensamos que nunca iriam conseguir. Sempre detestei Matemática e Ciências, enquanto estava a crescer. Não me dediquei, de todo, a esses tópicos até aos 26 anos. Hoje, sou professora de Engenharia. Se foi possível para mim, também o é para qualquer outra pessoa – mudar por completo aquilo que se sente ser capaz de aprender. O truque é começar num nível básico e ir aprofundando o tema devagarinho. (...)"
Continua em breve…
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"Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas. Goethe"